Alkindar de Oliveira é palestrante, escritor e consultor de empresas radicado em São Paulo.
Profere palestras e ministra, em todo o Brasil, treinamentos comportamentais para líderes focados principalmente na visão sistêmica, na comunicação interna e na cultura do diálogo.
Dentre seus clientes estão empresas como Petrobras, McDonald´s, Volkswagen e Mahle. Suas teses e artigos estão expostos em renomados veículos de comunicação, como as revistas Você S/A e Bons Fluidos, da Editora Abril; Pequenas Empresas Grandes Negócios, da Editora Globo; revista Venda Mais, da Editora Quantum; além dos jornais Valor Econômico e O Estado de S.Paulo.
Alguns de seus artigos
I) O expositor espírita não pode transferir aos mentores espirituais o esforço e o preparo que lhe cabem;
II) O expositor espírita deve, de preferência, dedicar diariamente parte do seu tempo para:
– ler bons livros;
– meditar;
– fazer elaborações mentais;
– tirar conclusões;
– coletar frases e textos que sirvam como futuras fontes de referência ou de inspirações às suas palestras;
III) O expositor espírita deve se preocupar em ter exemplar conduta e esmerar-se por colocar em prática o que prega;
IV) O expositor espírita deve:
– conscientizar-se que mesmo sendo imperfeito e vacilante, em relação à sua evolução moral e espiritual, a Doutrina Espírita necessita de sua pregação;
– entender que o pouco que está fazendo em prol da Doutrina e da evolução é muito, considerando-se que foi dado o primeiro passo, pois, como disse Emmanuel: "Quando uma centésima parte do Cristianismo de nossos lábios conseguir expressar-se em nossos atos de cada dia, a Terra será plenamente libertada do mal";
V) O expositor espírita deve:
– evitar emitir opiniões pessoais contraditórias, sem sustentação doutrinária;
– lembrar-se sempre que a Doutrina tem sua base filosófica e religiosa codificada nos livros de Allan Kardec, que devem servir como sustentação maior em suas palestras;
– preocupar-se menos com a letra dos conceitos evangélicos e mais com os conceitos evangélicos da letra.
VI) O expositor espírita deve ter a certeza de que, no momento de sua fala, a ajuda espiritual não lhe faltará, estando intensamente presente e atuante se o orador fizer a parte que lhe cabe:
– desenvolvendo sua expressividade e técnicas retóricas;
– estudando e preparando previamente o tema;
– compreendendo a importância do momento, dedicando-se mentalmente às vibrações de amor, paz, humildade e caridade;
VII) Mesmo em conversas pessoais e informais, o expositor espírita deve autoeducar, pois, como disse André Luiz: "No estado atual da educação humana, é muito difícil alimentar, por mais de cinco minutos, conversação digna e cristalina, numa assembléia superior a três criaturas encarnadas";
VIII) O expositor espírita deve, quando for ditar normas de conduta, incluir-se como pessoa também necessitada, isto é:
– em vez de dizer: "Vocês precisam se preocupar com a evolução moral"; dizer: "Nós precisamos nos preocupar com nossa evolução moral";
IX) O expositor espírita deve:
– ser um homem do seu tempo;
– falar com constância em suas palestras sobre Deus, Jesus e a Doutrina Espírita;
– viver intensamente o sublime momento da palestra, agradecendo ao Mestre e aos mentores espirituais pela felicidade de ser humilde instrumento das palavras de Deus;
X) O expositor espírita deve ser simples e humilde, pois, como disse Padre Vieira: "Nada há tão grande como a humildade". E, com humildade e simplicidade, o orador deve se sentir motivado para proferir contínuas palestras, tendo a certeza da ajuda do Mestre e a convicção de que a rosa perfuma primeiro o vaso que a transporta.
Currículo do autor:
Alkindar de Oliveira, Palestrante, Escritor e Consultor de Empresas radicado em São Paulo-SP, profere palestras e ministra treinamentos comportamentais em todo o Brasil.
Juntamente com sua equipe de consultores, tem seu foco de atuação em diversas áreas de treinamento, como VISÃO SISTÊMICA, CULTURA DO DIÁLOGO, ORATÓRIA, LIDERANÇA, COACHING, RELACIONAMENTO, MOTIVAÇÃO, COMUNICAÇÃO ESCRITA, COMUNICAÇÃO VERBAL, CRIATIVIDADE, HUMANIZAÇÃO DO AMBIENTE EMPRESARIAL, VENDAS, FINANÇAS, EFICAZ COMUNICAÇÃO INTERNA, NEGOCIAÇÃO, PRODUÇÃO/CHÃO DE FÁBRICA, ETC.
Suas teses e artigos estão expostos em renomados veículos de comunicação, como: as revistas Você S/A e Bons Fluidos, da Editora Abril; revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, Editora Globo; revista "Venda Mais", Editora Quantum; e os jornais Valor Econômico, O Estado de São Paulo e Jornal do Brasil, etc.
É autor dos seguintes livros:
- O PODER DO DIÁLOGO, Editora Planeta/Academia
- DESENVOLVIMENTO ESPÍRITA, Editora Truffa
- APRIMORAMENTO ESPÍRITA, Editora Truffa
- DIALOGANDO, Editora Leon Denis (co-autoria com Cezar Braga Said)
- LIDERANÇA SAUDÁVEL, Editora Planeta
- O ESPÍRITA DO SÉCULO XXI, Editora EBM
- TORNE POSSÍVEL O IMPOSSÍVEL, Editora Butterfly
- VIVER BEM É SIMPLES, NÓS É QUE COMPLICAMOS, Editora Didier
- ESPIRITUALIDADE NA EMPRESA, Editora Butterfly
O título deste artigo parece estar errado. Pois será que existem "tipos" de ética? Será que a própria palavra ética, pela sua abrangência, não abarca o seu sentido pleno. Será que ela – a palavra – precisa de um complemento para ser ainda melhor entendida e definida?
Vamos discorrer sobre este assunto.
Imagine uma pequena empresa que esteja passando por séria crise financeira, e o seu proprietário tem o seguinte pensamento: "Não vou demitir pessoas que ajudaram a empresa a crescer. Passaremos juntos por esta dificuldade". Esta é uma atitude ética. É a denominada "ética da convicção", também conhecida por "ética dos princípios".
Decorridos alguns meses esta mesma empresa chega a uma situação insustentável, e o proprietário muda de pensamento: "Vou ter que demitir meus funcionários mais antigos (que tem melhores salários), para poder manter a empresa. Se eu não fizer isto a empresa vai à falência e terei que demitir todos os funcionários". Esta também é uma atitude ética. A denominada "ética da responsabilidade".
E agora? Como ficamos? Nos dois exemplos citados verificamos que, em momentos de crise na empresa, demitir é uma atitude ética, e também não demitir é uma atitude ética! Mas como? Será que a ética, como se diz no interior, "dança conforme a música"? Nestes exemplos, sim. Nestes casos a ética é circunstancial.
Mas será que não existe um tipo de ética inalterável? Isto é, uma ética que impõe a mesma atitude não obstante diferentes sejam as circunstâncias?
Felizmente existe este "tipo de ética" inalterável. E o objetivo deste artigo é reforçar qual é este especial "tipo" de ética. Antes, dois relatos:
O primeiro relato:
(*) Na primeira década deste milênio a valorização dos funcionários passou a ter discurso e procedimentos mais adequados. Empresas conscientes passaram a agir com maior responsabilidade social e comunitária. Um exemplo: alguns anos antes da crise mundial de 2008, a Volkswagen do Brasil precisou demitir 3.000 funcionários. Houve retração no mercado automobilístico e não havia ocupação para esse número de colaboradores. Num gesto solidário a Volkswagen criou um grupo de trabalho e um sistema para dar todas as garantias possíveis aos futuros demitidos. Estes seriam preparados para ocuparem vagas em outras empresas. Enquanto o novo emprego em nova empresa não surgia, haveria por tempo determinado treinamentos gratuitos, pagamentos de salários (sem estarem trabalhando!). Enfim, foi uma das idealizações mais perfeitas visando o bem estar do funcionário desempregado. A Volkswagem foi ética, utilizou-se da ética da responsabilidade.
O segundo relato:
Óbvio que, no exemplo anterior, não obstante todos esses esforços, nem todos os empregados conseguiram colocação no mercado, mas isto não era problema da Volkswagen. Ela estava fazendo sua parte. Se o empregado, com todo esse esforço de preparação prévia, não conseguisse emprego novo, o problema passava a ser do funcionário. A Volkswagen podia "lavar suas mãos". Tinha feito sua parte. Não obstante a atitude diferenciada da Volkswagen (que merece respeito, pois poucas empresas assim agem) ela não enxergou cada funcionário como um indivíduo, isto é, ela não enxergou que os funcionários que ficaram desempregados são pessoas, com família, com filhos e com necessidades próprias e, por isto, cada um dos funcionários merece amplo respeito e a devida valorização, desde que o funcionário, lógico, faça por merecer, pela sua integridade e comprometimento com a empresa.
Vejamos outro caso de demissões de funcionários:
Há alguns poucos anos uma pequena empresa da cidade de Sorocaba-SP, de nome Aster Produtos Médicos, precisou demitir 30 funcionários. Era uma empresa com apenas 100 funcionários e, como houve retração no mercado, não havia mais espaço para esses 30 colaboradores. Mas, felizmente, seus líderes faziam parte do ainda seleto grupo que aplica o tipo de ética inalterável. Qual foi a atitude dos líderes? Fizeram mais do que a Volkswagen fez. Primeiramente demitiram os 30 funcionários e com isto passaram a ter uma empresa enxuta e lucrativa com 70 funcionários, mas – aqui está a diferença – abriram uma nova empresa com um novo foco de mercado e contrataram os 30 funcionários que tinham sido demitidos!
O interessante é que esta nova empresa não surgiu para aproveitar uma oportunidade de mercado. Na realidade o mercado era restritivo. Essa nova empresa surgiu, principalmente, para gerar empregos aos 30 demitidos. O que ocorreu com este procedimento? Os 70 funcionários da primeira empresa motivaram-se pela decisão dos líderes, sentiram-se seguros, perceberam que podiam confiar em seus líderes, pois seus colegas tinham sido demitidos, mas uma nova empresa foi aberta principalmente para abrigá-los; por outro lado os 30 funcionários da recém-criada empresa, também se motivaram, sentiram-se valorizados e perceberam que podiam confiar nos seus líderes.
Conclusão, passados alguns anos, as duas empresas duplicaram o número de funcionários e passaram a ter expressiva penetração no mercado nacional.
Vimos que a Volkswagen do Brasil utilizou-se da ética da responsabilidade, que, não obstante tenha criado condição para muitos funcionários arrumarem novos empregos (em outras empresas), teve o seu lado negro, pois deixou centenas de pessoas desempregadas; a Áster Produtos Médicos, que arrumou nova colocação a todos os empregados demitidos, adotou a ética recomendada por Bezerra de Menezes, que afirma: "(**) (esta) é a etapa da fraternidade, na qual a ética do amor será eleita como meta essencial, e a educação como passo seguro na direção de nossas finalidades".
Portanto, nesta nova etapa da humanidade as excludentes éticas dos princípios e da responsabilidade, que saltitam distantes uma da outra, passam a dar as mãos para seguirem um só caminho. Doravante não mais princípios de um lado e responsabilidade do outro, mas, sim, ambos juntos formando a base da ética inalterável que vai nortear esta nova era: a ética do amor ou a ética de Jesus.
(*) Livro "Liderança Saudável", Editora Planeta, Alkindar de Oliveira
(**) Livro "Seara Bendita", Editora Dufaux, psicografia de Wanderley Soares de Oliveira e Maria José Soares de Oliveira, diversos espíritos.
Currículo do autor: Alkindar de Oliveira, Palestrante, Escritor e Consultor de Empresas radicado em São Paulo-SP, profere palestras e ministra treinamentos comportamentais em todo o Brasil. Juntamente com sua equipe de consultores, tem seu foco de atuação em diversas áreas de treinamento, como VISÃO SISTÊMICA, CULTURA DO DIÁLOGO, ORATÓRIA, LIDERANÇA, COACHING, RELACIONAMENTO, MOTIVAÇÃO, COMUNICAÇÃO ESCRITA, COMUNICAÇÃO VERBAL, CRIATIVIDADE, HUMANIZAÇÃO DO AMBIENTE EMPRESARIAL, VENDAS, FINANÇAS, EFICAZ COMUNICAÇÃO INTERNA, NEGOCIAÇÃO, PRODUÇÃO/CHÃO DE FÁBRICA, ETC.
Suas teses e artigos estão expostos em renomados veículos de comunicação, como: as revistas Você S/A e Bons Fluidos, da Editora Abril; revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, Editora Globo; revista "Venda Mais", Editora Quantum; e os jornais Valor Econômico, O Estado de São Paulo e Jornal do Brasil, etc.
É autor dos seguintes livros:
- O PODER DO DIÁLOGO, Editora Planeta/Academia
- DESENVOLVIMENTO ESPÍRITA, Editora Truffa
- APRIMORAMENTO ESPÍRITA, Editora Truffa
- DIALOGANDO, Editora Leon Denis (co-autoria com Cezar Braga Said)
- LIDERANÇA SAUDÁVEL, Editora Planeta
- O ESPÍRITA DO SÉCULO XXI, Editora EBM
- TORNE POSSÍVEL O IMPOSSÍVEL, Editora Butterfly
- VIVER BEM É SIMPLES, NÓS É QUE COMPLICAMOS, Editora Didier
- ESPIRITUALIDADE NA EMPRESA, Editora Butterfly
Alkíndar de Oliveira
Uma das melhores médiuns de todos os tempos, Yvonne A. Pereira, até hoje altamente referenciada no meio espírita, passou o seguinte depoimento pessoal no seu livro Devassando o invisível (FEB): "No ano de 1.915, no correr de memorável sessão a que assistiram nossos pais, em seu próprio domicílio, na cidade de São João Del-Rey, em Minas Gerais, e na qual servia o médium Silvestre Lobato, já falecido – o melhor médium de incorporação por nós conhecido até hoje – o Espírito do Dr. Bezerra Menezes anunciou o advento do Rádio e da Televisão, asseverando que este último invento (ou descoberta) facultaria ao homem, mais tarde, captar panoramas e detalhes da própria vida no Mundo Invisível, antecipando, assim, que a Ciência, mais o que a própria Religião, levaria os espíritos muito positivos a admitir o mundo dos Espíritos (...)."
Em 1.926, onze anos depois da reunião mediúnica de 1915, o mundo conhecia os primeiros experimentos da televisão que, de tão rudimentar (apresentava traços apenas) ainda não merecia este nome. Hoje a televisão é uma realidade, e a comunicação do Mundo Invisível citada no depoimento da Médium Yvonne Pereira, já ocorre de forma experimental (por ora "traços" apenas).
O depoimento acima evidencia a importância da divulgação do Espiritismo para que, quando for realidade o que Yvonne Pereira preconizou, este acontecimento não seja visto como algo sobrenatural. Este é um dos motivos que reforçam que precisamos dar passos mais rápidos para que o Espiritismo possa chegar de forma ostensiva à televisão. Como popularizar o Espiritismo sem utilizarmos da força da televisão? Popularizar o Espiritismo?
Em Obras Póstumas, disse Allan Kardec (em seu Projeto 1.868): "Dois elementos devem concorrer para o progresso do Espiritismo; estes são: o estabelecimento teórico da Doutrina e os meios para popularizá-la. Uma publicidade, numa larga escala, feita nos jornais mais divulgados, levaria ao mundo inteiro, e até aos lugares mais recuados, o conhecimento das idéias espíritas, faria nascer o desejo de aprofundá-los, e, multiplicando os adeptos, imporia silêncio aos detratores que logo deveriam ceder diante do ascendente da opinião".
Percebeu que Allan Kardec falou em "popularizar a Doutrina"?
E o que é popularizar?
Certamente popularizar a Doutrina não é ter Centros Espíritas apenas para alguns poucos escolhidos. Percebeu que Allan Kardec também falou em "uma publicidade, numa larga escala, feita nos jornais mais divulgados". Você já leu alguma publicidade espírita nos jornais "Folha de São Paulo", "Estadão", "O Globo", que são os jornais mais divulgados do país? Estamos sendo espíritas "fazedores" ou espíritas "faladores"?
Outra pergunta: se na época em que viveu Allan Kardec houvesse televisão será que ele não teria dito "uma publicidade, numa larga escala, feita nos jornais mais divulgados e nos canais de televisão de maior audiência"? Certamente que sim, pois a Doutrina Espírita é evolutiva.
Você já viu alguma publicidade de dois minutos por semana nos intervalos do Jornal Nacional explicando, de forma didática e criativa, o que é o Espiritismo?
Mas isto é caríssimo. Certo. Mas nada além do que a criatividade e a união de todas as associações espíritas representativas não pudessem resolver. A solução é união e criatividade.
Dois minutos por semana na televisão, em horário nobre, durante seis meses, faria todos conhecerem o que é o verdadeiro Espiritismo. E as igrejas que falam inverdades sobre nossa doutrina teriam que explicar para seus seguidores tudo o que falaram de impropriedades. Seria uma revolução cultural. Além do que aumentaria substancialmente os seguidores do Espiritismo.
Mas o que se vê no meio espírita? Forças aglutinando-se para terem atitudes "fazedoras"? Não. O que se vê, com raras exceções, são instituições e associações representativas do Espiritismo geralmente trabalharem dentro de quatro paredes, sem abrirem os olhos para a necessidade do trabalho espírita lá fora, no mundo que circunda suas quatro paredes. Os líderes espíritas precisam fazer um curso de criatividade.
No livro Reflexões Espíritas (Editora Leal, psicografia de Divaldo Pereira Franco), disse o espírito Vianna de Carvalho: "Na hora da informática com os seus valiosos recursos, o espírita não se pode marginalizar, sob pretextos pueris, em que se disfarça a timidez, o desamor à causa ou a indiferença pela divulgação, porquanto o único antídoto à má Imprensa, na sua vária expressão, é a aplicação dos postulados espíritas".
Certo amigo espírita disse-me "Alkíndar, nós estamos falando para nós mesmos". E é verdade. Enquanto Jesus divulgava sua doutrina procurando atingir um público cada vez maior, nós nos contentamos com nossos fechados congressos e com nossas palestras para nosso pessoal.
Vejamos se programas espíritas dão IBOPE: A Federação Espírita do Paraná comprou o espaço de 1 hora em uma das Rádios FM de Curitiba-PR para colocar no ar um programa espírita. Resultado: líder do horário. Em Itajubá-MG há na Rádio local um programa semanal espírita de 30 minutos, também líder do horário. A Rádio Espírita do Rio de Janeiro transmite aos domingos pela manhã um programa espírita de 1 hora, também líder do horário.
Por que não seguirmos estes modelos?
Por que não utilizamos da força da televisão?
Se Jesus voltasse à Terra que mídia será que utilizaria para atingir o maior público possível? Será que não seria a televisão?
O capítulo 5 do livro "Boa Nova" ( de Humberto de Campos, psicografado por Francisco Cândido Xavier, FEB ), trasnscreve as normas de ação que Jesus passou aos seus discípulos para que realizassem a concretização dos ideais cristãos. Em dado momento Jesus falou aos seus discípulos: "O que vos ensino em particular, difundi-o publicamente; porque que o que agora escutais aos ouvidos será o objeto de vossas pregações de cima dos telhados" (Vide Mateus, capítulo 10, versículo 27, "Os doze e sua missão"). Numa interpretação atual, será que a expressão "vossas pregações de cima dos telhados" não poderia ser uma antevisão da necessidade da divulgação através da televisão? Pois, o que hoje vemos em cima dos telhados são antenas de televisão. Não é?
Mais uma pergunta: Por que, o Estado de São Paulo, o mais rico estado do país não tem na televisão com maior audiência um programa espírita num bom horário?
Para quem não sabe, num dos livros de Divaldo Pereira Franco o espírito João Cleofas informa que há Sanatórios na espiritualidade que têm como principal clientela espíritas desencarnados arrependidos. Espíritas que não entenderam, quando na terra, o que é "ser espírita".
Diz Allan Kardec no capítulo XVIII do livro "A Gênese":
"Pelo seu poder moralizador, por suas tendências progressistas, pela amplitude de suas vistas, pela generalidade das questões que abrange, o Espiritismo é mais apto, do que qualquer outra doutrina, a secundar o movimento de regeneração".
Se o Espiritismo é, como diz Kardec, a Doutrina mais apta a secundar o movimento de regeneração (que se avizinha), será que devemos deixar só para nós – seguidores do Espiritismo - este vastíssimo conhecimento que a Doutrina Espírita proporciona?
Uma importante observação:
Não pense, caro leitor, que este empenho em despertar a importância da divulgação da Doutrina Espírita seja porque creio que todos devam ser espíritas. Não é isso. Penso que a Terceira Revelação não pode caminhar timidamente como está ocorrendo. Afinal de contas é a "Terceira Revelação". As pessoas não precisam ser espíritas, mas os postulados espíritas precisam ser conhecidos por todos.
Alguém já disse que o Espiritismo não será a religião do futuro, mas sim, o futuro das religiões. E isso é tudo.
Currículo do autor:
Alkindar de Oliveira, Palestrante, Escritor e Consultor de Empresas radicado em São Paulo-SP, profere palestras e ministra treinamentos comportamentais em todo o Brasil. Juntamente com sua equipe de consultores, tem seu foco de atuação em diversas áreas de treinamento, como VISÃO SISTÊMICA, CULTURA DO DIÁLOGO, ORATÓRIA, LIDERANÇA, COACHING, RELACIONAMENTO, MOTIVAÇÃO, COMUNICAÇÃO ESCRITA, COMUNICAÇÃO VERBAL, CRIATIVIDADE, HUMANIZAÇÃO DO AMBIENTE EMPRESARIAL, VENDAS, FINANÇAS, EFICAZ COMUNICAÇÃO INTERNA, NEGOCIAÇÃO, PRODUÇÃO/CHÃO DE FÁBRICA, ETC.
Suas teses e artigos estão expostos em renomados veículos de comunicação, como: as revistas Você S/A e Bons Fluidos, da Editora Abril; revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, Editora Globo; revista "Venda Mais", Editora Quantum; e os jornais Valor Econômico, O Estado de São Paulo e Jornal do Brasil, etc.
Seus livros, abaixo, poderão ser adquiridos pelo site www.editoratruffa.com.br
- DESENVOLVIMENTO ESPÍRITA, Editora Truffa (último lançamento, OUT/09)
- APRIMORAMENTO ESPÍRITA, Editora Truffa
- DIALOGANDO, Editora Leon Denis (co-autoria com Cezar Braga Said)
- O PODER DO DIÁLOGO, Editora Planeta
- LIDERANÇA SAUDÁVEL, Editora Planeta
- O ESPÍRITA DO SÉCULO XXI, Editora EBM
- TORNE POSSÍVEL O IMPOSSÍVEL, Editora Butterfly
- VIVER BEM É SIMPLES, NÓS É QUE COMPLICAMOS, Editora Didier
- ESPIRITUALIDADE NA EMPRESA, Editora Butterfly
Alkíndar de Oliveira
[O texto abaixo faz parte do livro "Desenvolvimento Espírita", Editora Truffa]
É muito comum os dirigentes dos Centros Espíritas reclamarem do pequeno número de verdadeiros trabalhadores, aqueles que arregaçam as mangas e labutam arduamente, e prazerosamente, a favor do próximo. Os dirigentes costumam dizer, com razão: "São sempre os mesmos que trabalham, e em número sempre menor do que nossa necessidade". Acredito que em todo empreendimento é preciso haver projetos, planos. É possível a execução de um trabalho sistemático e organizado para aumentar o número de trabalhadores voluntários nas casas espíritas.
O dirigente deve adotar oito procedimentos para aumentar o número de voluntários atuando em sua instituição:
Primeiro procedimento:
Vá depressa, em relação à sua mudança comportamental. Na sua condição de dirigente, procure adaptar-se rapidamente a esse mundo de transformações. Se sua atuação como dirigente está boa, não se contente, ela precisa ser excelente, não basta ser boa.
Segundo procedimento:
Vá devagar, em relação à expectativa de mudança comportamental dos outros. Quem nos dá esse conselho é Oded Grajew, presidente do Instituto Ethos, ex- presidente da Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente, especialista com uma vasta experiência, que alerta: "O melhor conselho, em todos os casos [de voluntariado], é esse: comece devagar. É a maneira mais prudente de se construir uma relação de confiança com o trabalho voluntário".
Esperar que a mudança do seu pessoal vá acontecer de uma hora para outra é a receita certa para frustrar-se. Uma pessoa só muda seu comportamento quando tiver vontade, e a vontade, assim como o pensamento, é totalmente livre. Cada um é dono de sua vontade. O que a instituição poderá fazer para atenuar, consideravelmente, essa realidade, é adotar técnicas que estimulem a motivação (leia o artigo-7, anterior a este, Motivar é Possível?) e o surgimento de um ambiente de trabalho apropriado. Em relação à motivação, existem três tipos de pessoas:
1 - O primeiro tipo é aquela pessoa que por si só se automotiva. Ela não necessita de estímulo exterior. Seus pensamentos são naturalmente motivadores. Esse tipo de pessoa é extremamente útil ao meio espírita, pois ela caminha por si. É o tipo mais raro.
2 - O segundo tipo é aquela pessoa que precisa do estímulo exterior para se auto-motivar. Ela precisa sempre receber a influência positiva do ambiente de trabalho, precisa ser elogiada pelos seus acertos, precisa sentir-se valorizada. Essa pessoa necessita muito que a instituição espírita adote técnicas de motivação, ensinadas no capítulo Motivar é Possível?. Esse tipo de pessoa existe em maior número.
3 - O terceiro e último tipo é aquela pessoa que anda devagar, quase parando, ou parando mesmo. É aquela que nenhuma técnica de estímulo motivacional funciona, pois ela não quer ouvir e nem saber de nada. Mesmo com toda pressão, ela não sai do lugar. É o tipo de pessoa que precisa ser atropelada, para depois se arrepender e mudar seu comportamento, talvez em outra encarnação!
Este tipo de pessoa também é bastante raro. Lendo essa afirmação, algum dirigente pode fazer o seguinte comentário: "Esse tipo de pessoa não é tão raro assim, muito pelo contrário". Contudo, pela minha experiência na área de treinamento comportamental, posso afirmar que esse tipo de pessoa realmente é muito raro de se encontrar. O que ocorre, é que existe o falso "anda devagar, quase parando". São aquelas pessoas que pertencem ao segundo tipo, necessitam de estímulo exterior para se automotivarem, mas nunca tiveram esse estímulo, o que fez delas, temporariamente, pessoas recalcadas e de mal com o mundo. É possível realizar verdadeiros milagres com essas pessoas, basta aplicar técnicas de motivação.
Terceiro procedimento:
Fragmente seu plano de ação.
Ter um projeto audacioso deve ser a meta de todo líder nestes tempos de mudança. Não dá mais, no meio espírita ou em qualquer outro ambiente, caminhar como há dez anos. Precisamos pensar grande para podermos agir de maneira coerente com a grandeza de nossa Doutrina. Lembremo-nos sempre que o Espiritismo é a Terceira Revelação, é o Cristianismo redivivo.
Uma vez tendo um projeto, para desenvolvê-lo é necessário ter um consistente plano de ação. Para funcionar a contento, todo plano de ação precisa ser fragmentado em pequenas partes. Acompanhe o que diz o escritor Robert J. O’ Reilly, no livro O Poder do Pensamento Dinâmico, da Ed. Cultrix:
"Alguém certa vez perguntou a um ilustre líder civil como foi que ele conseguiu realizar tanta coisa.
– Tenho um segredo – respondeu o líder. É simplesmente este: dou muito valor aos pequenos objetivos. A maioria dos projetos nunca vai para frente porque eles são de proporções demasiadamente grandes. É melhor executar uma pequena parte da tarefa, executá-la bem, do que ter uma grande ideia planejada no papel. Quando tal parte estiver terminada, comece a seguinte. Faça aquilo que você pode.
Podemos aplicar a mesma técnica aos nossos fins. Se, por exemplo, você estiver planejando algo importante, não o encare como se fosse um vasto projeto. Divida-o em unidades executáveis.
Frank Billerbeck, diretor de vendas da praça Nova York, adorou esse procedimento ao construir, no campo, uma residência de verão. Uma vez que ele próprio estava realizando a maior parte dos trabalhos – em suas horas vagas de fim de semana –, sabia que levaria vários anos até que a casa viesse a ficar pronta para ser ocupada. E ele esperava que surgisse de repente toda sorte de pequenos problemas. Mas, em vez de desanimar ante a vastidão do projeto e a extensão do tempo envolvido, Frank preferiu mostrar-se esperto. Começou a encarar o empreendimento sob o aspecto de suas partes componentes: limpeza de terreno; desenho das plantas; regularização dos pormenores legais; escavação da terra e assentamento dos alicerces; construção do madeiramento; etc. Passaram-se os anos, mas nos fins de semana atuais você encontrará Frank e sua esposa descansando entre as comodidades da casa que construíram com orgulho.
Nenhuma grande realização jamais se dá de um dia para outro. Mesmo a vida propriamente dita não é um fluxo contínuo de tempo, mas, antes, uma série de incidentes e projetos individuais. E é importante planejarmos nossos objetivos do mesmo modo".
Quarto procedimento:
Estabeleça etapas e prazos para suas metas. Sobre esse procedimento lembremo-nos da frase do escritor Og Mandino (1923-1996): "Ter metas, sem estabelecer etapas e prazos, é como não tê-las".
Quinto procedimento:
Crie oportunidades de trabalho voluntário, respeitando a vontade do trabalhador.
De repente você convence o seu voluntário a servir em determinado asilo, sabendo que o trabalho ali seria extremamente necessário. Mas o voluntário gostaria muito mais de estar prestando serviço a um orfanato! Ele se sente melhor trabalhando com crianças do que com idosos. Certamente esse voluntário agirá mais por obrigação do que pelo prazer de ajudar. Em outras palavras, ele não irá realizar-se. Para não correr esse risco, faça pesquisa para descobrir os anseios de seu voluntário.
Para que você tenha parâmetros nesse estudo, veja alguns dados da Pesquisa Datafolha, realizada em todo o Brasil, em 19 de dezembro de 1997:
92% dos entrevistados disseram ser importante o trabalho solidário de ajudar voluntariamente o próximo.
80% nunca participaram de atos voluntários de ajuda ao próximo;
61% das pessoas não realizam atos de voluntarismo por falta de tempo.
Não conheço pesquisa mais recente sobre o tema, mas a da Datafolha serve como ponto de partida para comprovar que a maioria quase absoluta da população brasileira valoriza a importância do trabalho voluntário. Conclui-se, então, que se houver um trabalho motivacional de qualidade, as pessoas que ainda não atuam voluntariamente a favor do próximo tendem a iniciar esta jornada.
Para motivar o freqüentador espírita a atuar no trabalho voluntário, leia o texto "Abandone o vazio existencial", apresentado a seguir; acompanhado da pesquisa "Favor responder o questionário", que vai propiciar conhecimento maior sobre os freqüentadores de seu Centro Espírita e, ao mesmo tempo, conseguir nomes de pessoas interessadas em trabalhar voluntariamente. Para que esses dois textos surtam melhor efeito, sugiro agir da seguinte forma:
I) Escolha um determinado dia para desenvolver palestra sobre os temas: "servir ao próximo", "caridade" e "trabalho voluntário";
II) Depois da prece de abertura, e antes da palestra, distribua cópias do texto "Abandone o vazio existencial" (Leia-o nas páginas seguintes);
III)Leia o texto para as pessoas do auditório. Para não ficar cansativo para o público, reveze a leitura com outras pessoas. Cada um lendo uma pequena parte, ficará mais estimulante para o ouvinte. Atenção: escolha pessoas que leiam bem em público, avise-as com antecedência para que possam treinar;
IV) Após a leitura do referido texto, inicie a palestra sobre o tema caridade. Importante: deve ser uma palestra curta, pois além da leitura do texto já mencionado haverá um próximo passo a ser dado.
V) Após a palestra, distribua canetas e cópias da pesquisa com o título "Favor responder o questionário abaixo" (veja-o nas páginas seguintes). Explique que a pessoa só precisará se identificar caso opte por trabalhar voluntariamente. Observação: O objetivo maior do preenchimento dessa pesquisa é conseguir pessoas que queiram trabalhar voluntariamente no Centro Espírita.
VI)Realize esse procedimento pelo menos três vezes por ano. Não esqueça que cabe ao Centro Espírita gerar contínuas oportunidades a quem se dispõe a trabalhar voluntariamente.
Muito importante: Arrume trabalho para todas as pessoas que voluntariamente se manifestarem. Faça isso mesmo que tenha o trabalho de organizar novos departamentos e novas atividades voluntárias. Faremos um grande mal, à pessoa e à causa, se não atendermos, rapidamente, os anseios de quem quer trabalhar a favor do próximo. Nunca poderemos deixar para o futuro o aproveitamento de alguém que quer trabalhar hoje.
Observação: O primeiro texto, "Abandone o vazio existencial" é para ser distribuído antes da palestra sobre caridade/trabalho voluntário; o segundo texto, "Favor responder o questionário abaixo", é para ser distribuído depois da referida palestra. A seguir o mencionado texto.
Abandone o vazio existencial
Prezado (a) irmão (a) espírita,
Este Centro Espírita, por meio de nosso Departamento de Trabalho Voluntário, está propiciando oportunidades para quem procura um sentido para a vida.
A expressão "vazio existencial" foi primeiramente utilizada, há décadas, por Viktor Frankl (1905-1997), psiquiatra fundador da Logoterapia (a terapia dos sentidos). Sobrevivente dos campos de concentração da Segunda Guerra Mundial, durante toda a sua vida, Frankl foi um entusiasta, defensor da necessidade humana de se procurar um sentido para a vida. Alertou-nos, em seus escritos, que o vazio existencial é um dos maiores males da humanidade. Em seu livro Um Sentido para a Vida, Ed. Santuário, Frankl, mencionando as palavras do filósofo alemão Nietzsche: "Quem tem por que viver aguenta quase todo como viver", demonstrou que a vida só tem sentido se a pessoa tiver alguns motivos fortes por quais viver.
Nesse mesmo livro, Viktor Frankl passa-nos as seguintes pesquisas:
a) American Council on Education, pesquisa com 171.509 estudantes: 68,1% deles declararam que o objetivo mais elevado de suas vidas era "o desenvolvimento de uma filosofia de vida rica de significado";
b)Universidade Johns Hopkins, pesquisa patrocinada pelo Instituto Nacional de Higiene Mental (EUA), com 7.948 alunos de 48 faculdades: 16% declararam que seu objetivo principal era ganhar muito dinheiro; 78% declararam "encontrar um objetivo e um sentido para a vida".
Por tudo isso, fica claro que a maioria das pessoas almeja ter um sentido para a vida. Também defendendo essa tese, mas utilizando-se de outras e mais fortes palavras, Martin Luther King (1929-1968), líder norte-americano na defesa dos direitos humanos, disse: "Se um homem não descobriu algo por que morrer, ele não está preparado para viver". Por outro lado, é bastante difundido e conhecido o princípio espírita: "Fora da caridade não há salvação".
Contribuindo com essa questão, este Centro Espírita, por meio de nosso Departamento de Trabalho Voluntário, está propiciando oportunidade para quem procura um sentido para a vida.
Importante:
Não estamos obrigando-lhe a servir ao próximo. O trabalho, neste caso, é totalmente voluntário. Estamos, sim, por meio deste convite, propiciando-lhe uma oportunidade, que cabe a você aceitá-la ou não.
VANTAGENS DO TRABALHO VOLUNTÁRIO:
Primeira vantagem do trabalho voluntário:
Propicia-nos um sentido para a vida.
A frase "Só merece a felicidade quem acorda todos os dias disposto a conquistá-la" retrata, com fidelidade, que a felicidade não cai do céu, ela é uma conquista. E, como qualquer conquista, depende de nosso esforço. No caso do trabalho voluntário, será um esforço prazeroso servir ao próximo, pois essa é uma das mais benditas ferramentas para ajudar a visualizarmos, com clareza, um sentido para a vida.
Segunda vantagem do trabalho voluntário:
Torna-nos mais produtivos em nossa atividade profissional.
Peter Drucker (1909-2005), considerado o guru da gestão moderna nas empresas, há décadas já dizia que o funcionário que presta serviços voluntários, por ser solidário à dor do próximo, é mais produtivo.
Uma matéria da Exame traz o seguinte depoimento: "Eu parei de reclamar, tornei-me mais otimista e melhorei meu índice de satisfação", revela Leolino Clementino Barbosa Júnior, controlador de manufatura da 3M, após um ano de trabalho voluntário na Federação das Entidades Assistenciais de Campinas (FEAC), em São Paulo.
Pode-se concluir que a pessoa que se aproxima do sofrimento alheio vê os seus problemas pessoais numa outra dimensão, torna-se mais resignada, menos ansiosa. Como consequência, irá reclamar menos, entenderá melhor os outros, aprenderá a ouvir mais. Atributos estes que, além de tornarem você uma pessoa mais realizada, o transforma em um funcionário mais produtivo.
Terceira vantagem do trabalho voluntário:
Passamos a ter mais saúde.
Segundo pesquisa realizada com 2.700 pessoas, durante um período de dez anos, pela Universidade de Harvard, EUA, chegou às seguintes conclusões:
a) Ajudar o próximo faz bem para o coração;
b) Ajudar o próximo faz bem para o sistema imunológico. Análises clínicas evidenciaram que no sangue do trabalhador voluntário há um aumento de imunoglobulina-A, um anticorpo que ajuda a defender o organismo contra infecções respiratórias;
c) Ajudar o próximo aumenta a expectativa de vida e a vitalidade de maneira geral;
d) Enfim, ajudar o próximo traz benefícios à saúde.
Após a palestra entregue ao pessoal cópia do questionário a seguir.
Favor responder o questionário abaixo:
Só identifique-se, ao final deste questionário, se tiver interesse em realizar trabalho voluntário. De qualquer forma, é importante que você responda este questionário, pois ele servirá como importante fonte de pesquisa.
Atenção:
Mesmo que já tenha preenchido este questionário alguma vez, pedimos-lhe a gentileza de respondê-lo novamente, assim teremos informações sempre atualizadas.
1) Acha importante o trabalho de ajudar o próximo?
[ ] SIM [ ] NÃO
2) Já realizou algum trabalho solidário?
[ ] SIM [ ] NÃO
3) Em caso positivo, como participou?
[ ] Trabalho voluntário [ ] Doação [ ] Trabalho e doação
4) Em caso negativo, por que nunca participou?
[ ] Falta de tempo
[ ] Excesso de voluntários no centro que frequenta
[ ] Distância de sua casa
[ ] Restrição de idade
[ ] Não se adaptar ao grupo
[ ] Não se adequar às normas da entidade
[ ] Outros: ___________________________________________________
5) Caso tenha interesse em realizar trabalho voluntário, qual área escolheria:
Obs.: Pode ser marcada mais de uma opção.
[ ] Saúde [ ] Educação [ ] Mediunidade [ ] Social
[ ] Evangelização [ ] Outro:_______________
6) Prefere trabalhar voluntariamente com público de que faixa de idade?
Obs.: Pode ser marcada mais de uma opção.
[ ] Não tenho preferência
[ ] Infantil
[ ] Jovem
[ ] Meia idade
[ ] Terceira idade
7) Atualmente faz algum trabalho voluntário?
[ ]SIM [ ]NÃO Caso a resposta tenha sido SIM, onde?_______________________________________________________
Em que dia e horário da semana? __________________________________
8) Em relação à Doutrina Espírita você:
[ ] Não é espírita
[ ] É simpatizante
[ ] É espírita
9) Se você é espírita, escreva os nomes dos dois principais livros espíritas que você leu:
Obs.: Essa solicitação é apenas para efeito de pesquisa.
1)____________________________________________________________
2)____________________________________________________________
Caso queira participar de nosso trabalho voluntário, solicitamos que preencha os espaços abaixo.
Nome: __________________________________________________________________
Endereço: ________________________________________________________________
_________________________, número: _____, complemento: __________, bairro: ___________
Cidade:_______________________________ CEP: ___ ___ . ___ ___ ___ - ___ ___ ___
Telefone:___________________________ E-mail: _______________________________
RECADO?
Atenção:
Caso não tenha telefone, favor deixar o número de telefone de alguma pessoa do seu relacionamento com quem possamos deixar recado: Nome de quem receberá o recado: ____________________________________________
Telefone: ______________________________________________
Obs.: Se não tiver telefone pessoal e nem telefone para recados, procure nosso Departamento de Trabalho Voluntário.
Observação: Repetindo e reforçando parte dos tópicos mencionados, o primeiro texto, Abandone o vazio existencial, é para ser distribuído antes da palestra sobre caridade/trabalho voluntário; o segundo texto, Favor responder o questionário abaixo, é para ser distribuído depois da referida palestra.
Sexto procedimento:
Prepare seu voluntário. Faça palestras com o objetivo de reforçar a importância do trabalho voluntário. Dê aulas, com especialistas, sobre como ser voluntário.
Uma dica importante: Em São Paulo, instituições como a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente) e o Hospital do Câncer procuram "formar" voluntários, organizando aulas, palestras e atividades práticas. Conheça os trabalhos de formação de voluntariado dessas instituições e adapte-os ao seu Centro Espírita.
Sétimo procedimento:
Divulgue a oferta do trabalho de voluntariado: a) Em palestras, com um número expressivo de participantes, distribua a pesquisa que faz parte do quinto procedimento. Na folha, deixe espaço para a pessoa colocar seus dados pessoais – conforme modelo descrito acima -, visando à possibilidade futura de ser convidada a prestar serviço voluntário. Lembre-se de distribuir canetas;
b) Em algumas palestras, procure enfocar o tema trabalho voluntário, solicitando ao palestrante para enfatizar que voluntariado não é obrigação, afinal ninguém gosta de fazer algo por simples obrigação. Reforce que não é obrigação, é realização pessoal;
c) Evite "vender" a idéia de que "o Centro Espírita está precisando de voluntários." Diga que: "O Centro Espírita, por meio do seu trabalho de voluntariado, está propiciando oportunidades para quem procura dar um sentido à vida".
Oitavo procedimento:
Descubra grupos de pessoas que possam ajudar a ampliar o número de voluntários. Existem quatro grupos de pessoas que propiciam, aos Centros Espíritas, excelentes meios de atender a crescente demanda por trabalho voluntário. Dos quatro grupos, dois tendem a ser voluntários no futuro, e os dois restantes, no presente:
Grupo I: Os novos visitantes dos Centros Espíritas (prováveis voluntários do futuro)
Atenda muito bem os novos visitantes do Centro Espírita. Agindo assim, além de ajudar o novo freqüentador a se "encontrar", o Centro Espírita estará aumentando o número de futuros candidatos ao voluntariado.
É comum o novo freqüentador não receber atenção nenhuma no Centro Espírita e, devido a essa ausência de boa receptividade, ausência de calor humano, ele tende a não voltar mais. Para corrigir esse erro, procure:
a) Deixar sempre na porta de entrada pessoas mais antigas, que já conhecem o público, para recepcionar bem àqueles que vêm pela primeira vez;
b) Não entregar, na entrada do Centro, textos de divulgação do Espiritismo que soem prepotentes a quem comparece pela primeira vez ao centro e não é espírita. Evite, por exemplo, frases como: "O Espiritismo é a Terceira Revelação", "O Espiritismo é o Cristianismo redivivo", "O Espiritismo é a única Doutrina que fornece respostas às perguntas mais instigantes da humanidade", etc.;
c) Ao recepcionar o novo visitante entregue uma cópia do texto a seguir. E não se esqueça de indicar no formulário, os nomes das pessoas que o visitante poderá procurar para se orientar:
É uma grande satisfação tê-lo (a) aqui, conosco,
Seja bem-vindo (a). Estamos muito contentes com a sua presença. Que Jesus lhe abençoe. Se você está vindo a este local pela primeira vez, passamos-lhes três informações iniciais:
a) Saiba que qualquer que seja sua religião, a respeitamos. Acreditamos que existem muitas faces da verdade e que todas as religiões são de Deus;
b) Em nenhum momento, iremos pedir para você se tornar espírita. O Espiritismo respeita e valoriza muito o livre-arbítrio. Cada pessoa deve ser totalmente livre para tomar suas decisões. Se um dia você se tornar espírita será, tenha certeza, pela sua exclusiva vontade;
c) Os adeptos da Doutrina Espírita não utilizam velas e também não realizam trabalhos de oferendas. O culto espírita, ao contrário do que muita gente imagina, não tem a ver com bebidas, talismãs, danças ritualísticas, vestes especiais, defumadores, etc. O Espiritismo é confundido com determinadas religiões afro-brasileiras que, em verdade, não são Espiritismo.
O culto espírita é feito no próprio coração. É o culto de sentimento puro, do amor ao semelhante, do trabalho constante em favor do próximo.
Repetindo, se você está vindo a este local pela primeira vez, dê-nos o prazer de uma conversa particular e individual, procure, se assim quiser, uma das seguintes pessoas:
_______________________ ou _______________________ou___________________ou
________________________ ou _______________________ou ___________________.
Por meio de um rápido diálogo, será agendada uma entrevista, dentro de seu tempo disponível, na qual você poderá expor seus problemas, seus anseios e receberá as informações necessárias para conhecer melhor a Doutrina Espírita.
Se a denominação "espírita" perturbou-o, acalme-se. Isso acontece com a maioria dos que ainda não conhecem o Espiritismo.
As denominações "espírita", "espiritista" ou "Espiritismo" assumiram conotações que não correspondem à real essência da Doutrina.
Outras pessoas, assim como você, também não acreditavam ou tinham uma opinião deturpada do Espiritismo.
William Crookes (1832-1919), extraordinário pai da Física contemporânea, o homem que descobriu o tálio, a matéria radiante, a quem se deve o prenúncio da Física Nuclear,chegou a dizer: "Eu era um materialista absoluto e, depois de investigar em profundidade científica os fenômenos mediúnicos, eu afirmo que eles já não são possíveis, eles são reais!".
Também nos recordamos de César Lombroso (1835-1909) depois de examinar a mediunidade de Eusápia Paladino (1854-1918): "Quando me lembro de que eu e meus colegas zombávamos daqueles que acreditavam no Espiritismo, coro de vergonha, porque hoje eu também sou um espírita! A evidência dos fatos dobrou a minha convicção negativa".
E ainda o engenheiro Cromwell Varley (1828-1883), que lançou sobre o mundo as linhas da telegrafia e da telefonia internacional, os cabos transoceânicos, teve a coragem de dizer: "Somente negam os fenômenos espíritas, aqueles que não se deram o trabalho de estudá-los. Eu não conheço um só exemplo de alguém que os haja estudado, que não se tenha rendido à sua evidência".
O número de sábios e de cientistas que concluíram pela realidade do fenômeno mediúnico depois de examinar a Doutrina Espírita é muito expressivo. Neste momento, é a ciência do psiquismo, dos internacionalmente conhecidos doutores Morris e Netkerton, da Califórnia, EUA, que demonstram que o indivíduo já teve uma vida anterior a essa e que várias das patologias psiquiátricas apresentadas nesta vida, somente são explicáveis por meio da reencarnação.
Mas o que é o Espiritismo?
Espiritismo é uma Doutrina revelada pelos Espíritos Superiores, por meio de médiuns, e organizada (codificada) a partir de 1857 por um educador francês, conhecido por Allan Kardec (1804-1869). Surgiu na França, há mais de um século.
O Espiritismo é ciência, porque estuda, à luz da razão e dentro de critérios científicos, os fenômenos mediúnicos, provocados pelos Espíritos. Não existe o sobrenatural no Espiritismo: todos os fenômenos, mesmo os mais "estranhos", têm uma explicação científica. São, portanto, de ordem natural.
O Espiritismo é uma Filosofia, porque, a partir dos fenômenos espíritas, dá uma interpretação da vida, respondendo questões como: "De onde você veio", "O que faz neste mundo" e "Para aonde vai após a morte". Toda Doutrina que dá uma interpretação da vida, uma concepção própria do mundo, é uma filosofia.
Dizemos também que o Espiritismo é religião, porque ele tem por fim a transformação moral do homem, com base nos ensinamentos de Jesus Cristo, para que sejam aplicados na vida diária de cada um. Revive o Cristianismo primitivo na sua verdadeira expressão de amor e caridade.
Grupo II: Terceira idade (prováveis voluntários do presente)
Crie em seu Centro Espírita o Departamento dos Trabalhadores voluntários da Terceira Idade. A criação desse departamento é uma forma de valorizar mais idoso. E quem se sente valorizado, executa o trabalho com mais empenho e prazer.
No meio espírita, é comum o trabalho voluntário estar disseminado junto às pessoas que nem estão no grupo de jovens nem no grupo da terceira idade. São aquelas pessoas da faixa intermediária que, talvez assim possamos dizer, fazem parte do grupo da meia idade.
Não atuando de forma estimuladora para ter trabalhadores voluntários entre jovens e idosos, os Centros Espíritas erram em seus planos de ação, pois estão deixando de lado os grupos que mais crescem em nosso país. Incentivar só o pessoal de meia idade a trabalhar voluntariamente significa optar, justamente, pelo grupo com menor número de integrantes. Assim sendo, por que não valorizar todos os grupos de pessoas, sejam eles compostos por jovens, pessoas de meia idade ou pelo pessoal da terceira idade?
Existem espíritas da terceira idade que estão com muita vontade de serem úteis ao próximo. Também é verdade que, nesse grupo, existem aqueles que ainda não despertaram para essa atividade. No entanto, o surgimento de um ambiente estimulador no Centro Espírita, fará com que eles vislumbrem um novo mundo: o mundo da caridade, o mundo da ação em favor do próximo.
Muitos Centros Espíritas não estimulam essas pessoas a atuarem caritativamente. Esses Centros, assim como a sociedade em geral, veem os idosos como pessoas a serem ajudadas, ao em vez de considerá-las indivíduos úteis e capazes de ajudar, esquecendo-se que essas pessoas com mais experiência de vida são mais pacientes, mais resignadas, mais amorosas e, o que também é muito importante, têm mais tempo livre, pois muitas já se aposentaram.
Um questionamento que cabe a todo dirigente de Centro Espírita fazer é: "Como podemos deixar de utilizar em nosso trabalho voluntário pessoas pacientes, resignadas, amorosas e com mais tempo livre?".
Esse é um equívoco que precisamos deixar de cometer. Portanto, criemos e estimulemos o Departamento dos Trabalhadores Voluntários da Terceira Idade.
Grupo III: Os jovens (prováveis voluntários do presente)
Crie no Departamento da Juventude de seu Centro Espírita o setor "Voluntariado Jovem".
"Esses jovens são um problema".
"Não adianta fazer algo para o jovem, são muito entusiasmados no início, mas depois desistem com facilidade".
"Decidi que é melhor não ter um Departamento da Juventude".
Desculpe-me a franqueza, mas fazer um desses comentários é assinar um atestado de incompetência no relacionamento com os jovens. Em pesquisas que fiz para escrever este texto, descobri que os Centros Espíritas, não todos, mas muitos deles, ferem a auto-estima dos jovens. Pode ser que venha daí a razão do já mencionado insucesso.
Nessa fase de auto-afirmação, que todos os jovens passam, seria lógico considerá-los pessoas importantes à Doutrina. Como realmente são. No entanto, geralmente passam a eles serviços ou atividades que menosprezam sua grande capacidade. Como esperar que eles mantenham o entusiasmo? Logo, aparece o natural desinteresse.
O Centro Espírita que hoje não tem uma relação produtiva com os jovens, falha, e está assinando o seu atestado de óbito. Pois, uma realidade que ninguém contesta é a de que os líderes espíritas do futuro são os jovens de hoje. Por que deixar de cuidar dessa semente?
É próprio do meio espírita não aceitar a irreverência e a inconstância dos jovens. Interessante é que qualquer organização com os olhos voltados para o futuro quer ter pessoas irreverentes e inconstantes. São justamente essas pessoas que são criativas por natureza. E sabemos que ser criativo é fundamental para se dar bem diante dos desafios do mundo moderno.
Temos medo da audácia dos jovens. Na resposta da pergunta 932 de O Livro dos Espíritos está implícito que precisamos ser audaciosos! Já imaginou, caro leitor, se Allan Kardec tivesse retornado à Terra e hoje fosse um desses jovens audaciosos e irreverentes? Será que os Centros Espíritas iriam aceitá-lo para ser um dos trabalhadores voluntários?
É óbvio que é preciso ter parâmetros. As regras são úteis para estabelecer os necessários padrões de comportamento. Mas existem alguns parâmetros e algumas regras que além de inúteis, prejudicam o desenvolvimento do movimento espírita. E é justamente aí que devem entrar os jovens.
Quer ter jovens estimulados ao trabalho voluntário no seu Centro Espírita? Então acabe com aqueles cursos professorais, crie um grupo de estudos onde eles próprios tenham a oportunidade de se auto-organizarem, utilize-se de técnicas adequadas para melhorar a auto-estima deles. Então verdadeiros milagres irão acontecer.
Você, dirigente de Centro Espírita, evite comportar-se como o "dono da verdade". Não queira dar passos pelos jovens. Deixe-os encontrarem o seu caminho, mesmo que isso signifique vê-los errar e acertar. E, lembremo-nos, por uma questão da lógica espírita, os jovens de hoje tendem a ser espíritos mais velhos e mais evoluídos do que nós, os adultos.
Dê autonomia, mesmo que relativa, aos jovens. Essa autonomia vai gerar conflitos? Ainda bem, pois são dos conflitos que surgem novas ideias. Se tudo estiver calmo no seu Centro Espírita, se todos sempre concordarem com você, cuidado, alguma coisa está errada. Os conflitos, quando bem administrados, são instrumentos de enorme valor para o desenvolvimento do movimento espírita. Lembre-se que Jesus disse: "Bem aventurados os aflitos". E os conflitos trazem-nos a bem-vinda aflição, que irá nos obrigar a fazer as tão necessárias perguntas: "Onde estou errando?", "Como posso fazer ainda melhor?".
A pessoa que não tem aflição, que caminha num mar de rosas, não cresce, pois não sente necessidade de trilhar novos caminhos. Em síntese, o problema não está nos jovens, estes, sim, fazem parte da solução. O problema está no sistema ou no estilo de liderança adotado pelo Centro Espírita. Hoje há Centros Espíritas que, inteligentemente, inserem os jovens em todos os departamentos, fazendo com que eles convivam com pessoas de todas as idades. Por outro lado, há Centros Espíritas que os deixam confinados no Departamento da Juventude. É importante que esse departamento exista, pois os jovens gostam de conviver com pessoas de sua idade, mas que esse departamento seja apenas um local de referência, pois precisamos incentivar os jovens a estarem presentes em todos os setores do Centro Espírita.
Aproveitemos o enorme potencial dessa geração nova.
Grupo-IV: As crianças (prováveis voluntárias do futuro)
Crie em seu Centro Espírita um verdadeiro e estimulante ambiente educacional para as crianças. Não precisamos de educadores autoritários, que confundem a necessária disciplina com opressão. Precisamos, sim, de educadores que conquistem autoridade.
Os professores autoritários tendem a nos advertir: "Disciplina, disciplina e disciplina, eis os três caminhos que nos passou Emmanuel por meio de Chico Xavier". Se um dia ouvirmos tal afirmação, precisamos, primeiramente, saber que sem disciplina não iremos a lugar nenhum, mas podemos complementar dizendo: "A lição que recebemos foi „disciplina, disciplina e disciplina‟ e não „opressão, opressão e opressão‟, que são coisas bem diferentes". Que as crianças precisam aprender a ter limites todos nós sabemos, mas não se pode chamar de pedagogia o ato de ensiná- las com a ausência da liberdade. Não precisamos de educadores que imponham respeito. Precisamos, sim, daqueles que conquistem respeito.
Alguém pode dizer: "É fácil falar, mas as crianças de hoje estão muito indisciplinadas. E a disciplina é fundamental em qualquer sistema educacional".
Concordo com essas três informações:
De fato: é fácil falar.
De fato: as crianças de hoje estão muito indisciplinadas.
De fato: a disciplina é fundamental em qualquer sistema educacional.
Mas, por que as crianças estão muito indisciplinadas? Será que nosso sistema educacional dentro do Centro Espírita não é falho?
Alguns fatos são incontestáveis no quesito educação: as crianças não podem ser tratadas como adultos; as crianças não podem se sentir oprimidas; as crianças precisam cultivar a alegria e merecem a felicidade. Se no sistema educacional do Centro Espírita não estamos atingindo esses objetivos, então, é óbvio que estamos falhando.
Sabemos que é na fase infantil que se molda a personalidade. Por essa razão, não podemos brincar de educadores. No trato com as crianças, é preciso ter sempre pessoas especializadas. Não necessariamente uma pessoa formada. Existem pessoas não formadas na área pedagógica que trabalham até melhor do que outras que têm "teoricamente" a formação adequada. Essas pessoas especializadas e sem formação certamente conseguiram sua formação em vidas passadas e já nascem sabendo como educar crianças. Mas, além disso, é preciso gostar de conviver e relacionar-se com crianças.
Currículo do autor: Alkindar de Oliveira, Palestrante, Escritor e Consultor de Empresas radicado em São Paulo-SP, profere palestras e ministra treinamentos comportamentais em todo o Brasil.
Juntamente com sua equipe de consultores, tem seu foco de atuação em diversas áreas de treinamento, como VISÃO SISTÊMICA, CULTURA DO DIÁLOGO, ORATÓRIA, LIDERANÇA, COACHING, RELACIONAMENTO, MOTIVAÇÃO, COMUNICAÇÃO ESCRITA, COMUNICAÇÃO VERBAL, CRIATIVIDADE, HUMANIZAÇÃO DO AMBIENTE EMPRESARIAL, VENDAS, FINANÇAS, EFICAZ COMUNICAÇÃO INTERNA, NEGOCIAÇÃO, PRODUÇÃO/CHÃO DE FÁBRICA, ETC.
Suas teses e artigos estão expostos em renomados veículos de comunicação, como: as revistas Você S/A e Bons Fluidos, da Editora Abril; revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, Editora Globo; revista "Venda Mais", Editora Quantum; e os jornais Valor Econômico, O Estado de São Paulo e Jornal do Brasil, etc.
Livros de Alkíndar de Oliveira:
- O PODER DO DIÁLOGO, Editora Planeta
- DESENVOLVIMENTO ESPÍRITA, Editora Truffa
- APRIMORAMENTO ESPÍRITA, Editora Truffa
- DIALOGANDO, Editora Leon Denis (co-autoria com Cezar Braga Said)
- LIDERANÇA SAUDÁVEL, Editora Planeta
- O ESPÍRITA DO SÉCULO XXI, Editora EBM
- TORNE POSSÍVEL O IMPOSSÍVEL, Editora Butterfly
- VIVER BEM É SIMPLES, NÓS É QUE COMPLICAMOS, Editora Didier
- ESPIRITUALIDADE NA EMPRESA, Editora Butterfly
Alkíndar de Oliveira
[O texto abaixo faz parte do livro "Desenvolvimento Espírita", Editora Truffa]
Qualquer Centro Espírita tem aquele grupo de pessoas "não insatisfeitas", ou seja, não reclamam das atividades que realizam nem deixam de cumprir suas metas. Contudo, não estar insatisfeito, necessariamente, não significa estar satisfeito ou motivado. Frederick Herzberg (1923-2000), professor emérito da Universidade de Harvard, EUA, em um artigo que se tornou lendário nas páginas da revista Harvard Business Review Book, entrevistou 1.685 funcionários para chegar à seguinte conclusão: a ausência de insatisfação não significa necessariamente a presença da satisfação e da motivação. Mas como motivar uma pessoa?
É preciso fazer que ela sinta prazer por aquilo que faz, sentindo-se realmente realizada.
Portanto, essa é uma ferramenta motivacional importante no Centro Espírita.
Está aí à razão de alguns Centros Espíritas destacarem-se em relação a outros, pois eles têm como meta fazer o trabalhador sentir prazer pelo que executa. Nenhuma pesquisa, nenhum estudo derrubou essa tese. Portanto, se na teoria motivacional "evitar a insatisfação" é o pilar de barro (apesar de necessário), a "busca do prazer" é o pilar de ferro.
É importante evitar a insatisfação do trabalhador, contudo, isso não significa que teremos trabalhadores motivados. Mas, se adotarmos determinadas técnicas para não deixá-lo insatisfeito, teremos dado um grande e significativo passo. Para isso, são necessários os seguintes procedimentos:
a) Fazer com que o trabalhador espírita tenha as informações necessárias para realizar seu trabalho;
b) Estabelecer canais de comunicação de fácil entendimento;
c) Procurar saber das necessidades pessoais do trabalhador;
d) Ter uma mudança de política administrativa, do Centro Espírita, que seja clara, abrangente e bem definida.
Agindo assim, teremos trabalhadores satisfeitos e motivados?
Não necessariamente. Mas, pelo menos, teremos pessoas não insatisfeitas. Mas como alcançar a motivação?
É o que veremos a seguir.
Como o Centro Espírita deve proceder para que o trabalhador sinta prazer com o seu trabalho e, naturalmente, sinta-se motivado?
Sabemos que todo trabalho voluntário é naturalmente motivador. Ajudar o próximo proporciona grande prazer interior, torna-nos mais pacientes e dá-nos um sentido à vida. Portanto, todo o Centro Espírita já tem essa enorme vantagem motivacional: levar o trabalhador a sentir prazer por estar executando um trabalho voluntário. E é possível fazer com que a motivação do voluntário mantenha-se sempre presente, podendo até mesmo aumentar. Acompanhe cinco técnicas que vão estimular a motivação de seus trabalhadores:
Primeira técnica (fundamental):
Implantar visão compartilhada
O trabalhador deve ter plena consciência e concordância dos objetivos buscados pelo Centro Espírita. A "visão do Centro Espírita" não pode ser fruto apenas dos pensamentos, sonhos, análises e intuições dos integrantes da diretoria. O trabalhador, qualquer que seja seu cargo ou função, deve se sentir parte necessária e integrante do Centro. Por essa razão, os dirigentes do Centro devem solicitar ideias aos trabalhadores, envolvendo-os nas decisões a serem tomadas. Segunda técnica:
O trabalhador deve ser visto como o personagem principal do seu trabalho
Se o trabalhador sentir que simplesmente cumpre regras, que não tem possibilidade de mobilizar ou de sugerir mudanças, ele não sentirá prazer no que faz. O trabalhador deve sentir que tem poder e autonomia, mesmo que relativos, em relação à sua função.
Terceira técnica:
Propiciar condição para que o trabalhador execute tarefas com grau de dificuldade um pouco acima de suas atuais habilidades É necessário delegar ao trabalhador determinada atividade que exigirá esforço e dedicação para ser realizada, permitindo que ele desenvolva habilidades que talvez nem imaginasse ter. Ao sentir que o dirigente do Centro, ou o responsável pelo Departamento, confia nele, passando-lhe um serviço que vai além do que ele sabe fazer, o trabalhador sente-se orgulhoso pela confiança depositada nele. Contudo, para evitar possíveis frustrações, deve-se tomar um cuidado no momento de delegar a tarefa: não pode haver uma diferença muito grande entre a habilidade do trabalhador e a dificuldade do serviço.
Quarta técnica (muito especial):
Estabelecer o bom humor no Centro Espírita
Os líderes devem evitar a carranca, a cara fechada, e sorrir mais. Devem criar condições para que o bom humor faça parte da cultura do Centro Espírita. Uma grande vantagem adicional desta técnica é que a pessoa bem-humorada, além de motivar-se com maior facilidade, é mais criativa.
Quinta técnica (muito estimulante):
Propiciar condições para que o trabalhador seja elogiado pelas suas realizações O líder deve demonstrar alegria ao perceber que o trabalhador cumpriu muito bem seu projeto ou tarefa, elogiando seus esforços em cada etapa. Algumas das formas de elogiar o trabalhador:
– Cumprimentar pessoalmente o trabalhador por um trabalho bem-feito;
– Escrever uma mensagem ao trabalhador, elogiando seu desempenho;
– Reconhecer publicamente um trabalho bem-feito;
– Promover reuniões destinadas a comemorar o sucesso do grupo;
A partir da execução desses cinco procedimentos, iremos descobrir que:
MOTIVAR É POSSÍVEL.
Currículo do autor: Alkindar de Oliveira, Palestrante, Escritor e Consultor de Empresas radicado em São Paulo-SP, profere palestras e ministra treinamentos comportamentais em todo o Brasil.
Juntamente com sua equipe de consultores, tem seu foco de atuação em diversas áreas de treinamento, como VISÃO SISTÊMICA, CULTURA DO DIÁLOGO, ORATÓRIA, LIDERANÇA, COACHING, RELACIONAMENTO, MOTIVAÇÃO, COMUNICAÇÃO ESCRITA, COMUNICAÇÃO VERBAL, CRIATIVIDADE, HUMANIZAÇÃO DO AMBIENTE EMPRESARIAL, VENDAS, FINANÇAS, EFICAZ COMUNICAÇÃO INTERNA, NEGOCIAÇÃO, PRODUÇÃO/CHÃO DE FÁBRICA, ETC.
Suas teses e artigos estão expostos em renomados veículos de comunicação, como: as revistas Você S/A e Bons Fluidos, da Editora Abril; revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, Editora Globo; revista "Venda Mais", Editora Quantum; e os jornais Valor Econômico, O Estado de São Paulo e Jornal do Brasil, etc.
Livros de Alkíndar de Oliveira:
O PODER DO DIÁLOGO, Editora Planeta
DESENVOLVIMENTO ESPÍRITA, Editora Truffa
APRIMORAMENTO ESPÍRITA, Editora Truffa
DIALOGANDO, Editora Leon Denis (co-autoria com Cezar Braga Said)
LIDERANÇA SAUDÁVEL, Editora Planeta
O ESPÍRITA DO SÉCULO XXI, Editora EBM
TORNE POSSÍVEL O IMPOSSÍVEL, Editora Butterfly
VIVER BEM É SIMPLES, NÓS É QUE COMPLICAMOS, Editora Didier
ESPIRITUALIDADE NA EMPRESA, Editora Butterfly
Alkíndar de Oliveira
[O texto abaixo faz parte do livro "Aprimoramento Espírita", Editora Truffa]
"Ide a pregai a palavra divina. É chegada a hora em que deveis sacrificar, em favor da sua divulgação, hábitos, trabalhos, ocupações fúteis. Ide e pregai: os Espíritos elevados estão convosco." Erasto, Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 20 - Os Trabalhadores de Última Hora - Missão dos Espíritas.
As palavras do espírito protetor Erasto, não só ressaltam a importância do espírita consciente em divulgar o Espiritismo, como nos faz refletir sobre um outro ângulo da necessária divulgação. Leva-nos, as palavras de Erasto, a indagar: "Será que esse „Ide e pregai‟ significa pregar as palavras divinas nas casas espíritas, apenas?"
"Será que Erasto não estava se utilizando de uma amplitude maior, imaginando a importância de pregarmos as palavras divinas não somente nas casas espíritas?"
Creio que é importante conscientizarmo-nos de que a divulgação das palavras consoladoras do Espiritismo precisa ter como foco todas as pessoas, não somente os espíritas. Não teremos dúvida quanto a essa dedução se atentarmos à seguinte frase contida no texto "Missão dos Espíritas": "Certamente falareis com pessoas que não quererão ouvir a palavra de Deus (...)". Se o espírito Erasto disse que falaríamos a quem não quer ouvir a palavra de Deus, certamente não estava se referindo aos freqüentadores da Casa Espírita. A boa lógica leva-nos a concluir que nossa missão vai além do que hoje estamos fazendo. Precisamos começar uma verdadeira cruzada a favor da divulgação de nossa Doutrina. O culto ao bezerro de ouro precisa ser combatido com todas as forças.
Cruzada?
Combater o culto ao bezerro de ouro?
Ao leitor que se assustou com as expressões "cruzada" e "combater o culto ao bezerro de ouro", atenção: essas palavras não são do autor desse artigo. Elas estão no Evangelho Segundo o Espiritismo, nosso guia de vida. Essas palavras são de Erasto, que disse: "(...) parti em cruzada contra a injustiça e a maldade. Ide e aniquilai esse culto ao bezerro de ouro, que se expande dia após dia. Ide, Deus vos conduz!"
Talvez o leitor pense: "Será que essas novas atitudes não implicariam em pisarmos em terreno perigoso?"
Caro leitor, Jesus e Kardec, não pisaram em terrenos perigosos? Se Jesus e Kardec foram audaciosos, pisando em terreno "minado", sendo maltratados, criticados e ultrajados, por que nós espíritas devemos, tranqüilos, continuar sendo levados ao sabor do vento calmo?
Há um grande risco no ar: somos humanos. Isso significa dizer, somos falhos. E, de repente, ansiosos por seguirmos a sugestão de Erasto, ansiosos por sermos audaciosos, como foram Jesus e Kardec, podemos errar. Podemos colocar os pés pelas mãos. A nossa palavra, não obstante revestida da boa vontade, pode criar polêmicas inúteis. Pode desrespeitar as demais instituições, pode projetar uma imagem negativa do que é ser espírita, e do que é o Espiritismo. Por tudo isto, é importante que saibamos que, para fazer parte do grupo que divulgue o Espiritismo além das quatro paredes do Centro Espírita, é preciso que o espírita- divulgador tenha algumas especiais qualidades, dentre elas:
a) Seja um profundo conhecedor da Doutrina Espírita;
b) Seja espírita praticante;
c) Não faça proselitismo;
d) Respeite e valorize todas as instituições religiosas;
e) Não entre em polêmicas inúteis;
f) Faça prevalecer, nas eventuais discussões, o direito de escolha religiosa;
g) Tenha como foco agir sempre com brandura e bom senso.
Sabemos que encontrar pessoas que reúnam todas as qualidades citadas não é impossível, mas, também, não é fácil. A tendência natural é que acatem essa missão, os espíritas que mais abraçam as palavras do que os atos. E o ideal seria que estivessem à frente dessa cruzada, aqueles espíritas que mais valorizam os atos do que as palavras. E geralmente, obviamente com exceções, falta a esses por demais sensatos e grandiosos espíritas uma qualidade extremamente necessária no mundo de hoje: falta audácia.
Temos aí um dilema! Os que, por direito adquirido (por serem espíritas exemplares) podem cumprir com essa missão, tendem a não cumprir. Os que, ainda não adquiriram o direito de cumprir com essa missão, querem cumpri-la.
Uma observação: a afirmação de que os espíritas exemplares tendem a não cumprir com essa missão, talvez leve a interpretações de que esses não trabalham a favor do Espiritismo. Não é isso. Todos sabemos que cada vez mais os espíritas estão atuando a favor do Espiritismo, que cada vez mais surgem compêndios e livros esclarecedores, que cada vez mais a união e a unificação têm sido meta de muitas casas espíritas. Fácil fica entender a afirmação de que "os espíritas exemplares tendem a não cumprir com essa missão", se o leitor não esquecer que esse artigo faz referência à um outro ângulo da divulgação, que é a missão de levar o Espiritismo para fora da casa espírita. Caro leitor, esse artigo que você está lendo deixa de ter sentido caso você já tenha visto em sua cidade, através de cartazes, e também nos principais jornais, bem como no rádio e na televisão, a divulgação de uma palestra espírita, dirigida aos não espíritas, cujo tema seria (por exemplo) Conheça o Espiritismo e acabe com seu preconceito. Aí vem a pergunta: é comum ocorrerem palestras espíritas dirigidas aos não espíritas de sua cidade? A resposta, quase que geral, é "não". Se assim é, estamos bem fazendo nossa parte em relação ao "Ide e Pregai"?
Não podemos postergar essa nossa missão de levar o Espiritismo além das quatro paredes do Centro Espírita.
O desafio aí está!
Joanna de Ângelis, de forma explícita, também reforça a necessidade de levarmos, a outros cantos, a essência da Doutrina Espírita. Nas páginas 175 e 176 do livro psicografado por Divaldo Franco, Jesus e o Evangelho à luz da psicologia profunda, Leal Editora, 1a edição, Joanna de Ângelis diz "cabem neste momento graves compromissos que não podem e nem devem ser postergados". Essa tão querida educadora espiritual passa-nos os quatro procedimentos que cabem aos espíritas E que, repetindo, "não podem e nem devem ser postergados":
I – Proclamar a Era Nova;
II - Demonstrar a existência do mundo causal (causa e efeito);
III – Demonstrar a anterioridade do Espírito ao corpo;
IV – Demonstrar os incomparáveis recursos saudáveis oriundos da conduta correta, dos pensamentos edificantes, da ação do bem ininterrupto.
Joanna de Ângelis esclarece que os procedimentos acima devem ser demonstrados "pela lógica e pelo bom senso, assim como através da mediunidade dignificada". Alerta-nos ainda, que esses procedimentos devem ser executados pelos "espíritas conscientes das suas responsabilidades – aqueles mesmo que se equivocaram e agora recomeçam em condições melhores –". E ainda complementa, devemos agir "sem qualquer desconsideração pelos diferentes credos religiosos e filosofias existentes."
Como espíritas, não nos esqueçamos:
de nossa missão, segundo Erasto, e dos nossos graves compromissos, segundo Joanna de Ângelis.
Mãos à obra!
Sejamos espíritas audaciosos: sem proselitismo e sem desrespeitar as demais instituições religiosas, levemos, além de nossas quatro paredes, as palavras consoladoras de nossa amada Doutrina.
Currículo do autor: Alkindar de Oliveira, Palestrante, Escritor e Consultor de Empresas radicado em São Paulo-SP, profere palestras e ministra treinamentos comportamentais em todo o Brasil. Juntamente com sua equipe de consultores, tem seu foco de atuação em diversas áreas de treinamento, como VISÃO SISTÊMICA, CULTURA DO DIÁLOGO, ORATÓRIA, LIDERANÇA, COACHING, RELACIONAMENTO, MOTIVAÇÃO, COMUNICAÇÃO ESCRITA, COMUNICAÇÃO VERBAL, CRIATIVIDADE, HUMANIZAÇÃO DO AMBIENTE EMPRESARIAL, VENDAS, FINANÇAS, EFICAZ COMUNICAÇÃO INTERNA, NEGOCIAÇÃO, PRODUÇÃO/CHÃO DE FÁBRICA, ETC.
Suas teses e artigos estão expostos em renomados veículos de comunicação, como: as revistas Você S/A e Bons Fluidos, da Editora Abril; revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, Editora Globo; revista "Venda Mais", Editora Quantum; e os jornais Valor Econômico, O Estado de São Paulo e Jornal do Brasil, etc. Livros de Alkíndar de Oliveira:
O PODER DO DIÁLOGO, Editora Planeta
DESENVOLVIMENTO ESPÍRITA, Editora Truffa
APRIMORAMENTO ESPÍRITA, Editora Truffa
DIALOGANDO, Editora Leon Denis (co-autoria com Cezar Braga Said)
LIDERANÇA SAUDÁVEL, Editora Planeta
O ESPÍRITA DO SÉCULO XXI, Editora EBM
TORNE POSSÍVEL O IMPOSSÍVEL, Editora Butterfly
VIVER BEM É SIMPLES, NÓS É QUE COMPLICAMOS, Editora Didier
ESPIRITUALIDADE NA EMPRESA, Editora Butterfly
Alkíndar de Oliveira
(www.alkindar.com.br)
[Extraído do livro APRIMORAMENTO ESPÍRITA, Editora Truffa]
Estamos vivendo um momento de júbilo no movimento espírita: vê-se há anos, no jornal de maior circulação do país, uma coluna periódica assinada por um dos mais renomados espíritas que o Brasil já conheceu. Frise-se: não é um jornal espírita. Fazer uma coluna periódica num jornal espírita é algo fácil e corriqueiro, mas conseguir espaço no jornal comercial de maior circulação do país, é trabalho somente para o espírita que sabe fazer acontecer.
Essa coluna de grande repercussão nacional vêm ao encontro do desejo de Kardec, que em "Obras Póstumas" – Projeto 1.868, diz "...Uma publicidade, numa larga escala, feita nos jornais mais divulgados, levaria ao mundo inteiro, e até aos lugares mais recuados, o conhecimento das idéias espíritas, faria nascer o desejo de aprofundá-los, e, multiplicando os adeptos, imporia silêncio aos detratores que logo deveriam ceder diante do ascendente da opinião".
Percebeu, caro leitor, que Kardec, valorizando a importância da divulgação, reforça a necessidade de "uma publicidade, numa larga escala, feita nos jornais mais divulgados"? Felizmente, isso está ocorrendo. Estamos divulgando nossa Doutrina no jornal de maior circulação do país.
Você, caro leitor, talvez esteja perguntando "mas onde está essa coluna espírita, que não a vejo?", "qual é esse jornal, a Folha de São Paulo? O Estado de São Paulo?", "quem é esse renomado colunista espírita?"
São reflexões coerentes e lógicas. Mas, por mais que você não viu essa coluna espírita em nenhum jornal de grande circulação nacional, a informação acima é verdadeira. Ou melhor, foi verdadeira. É preciso deslocarmo-nos no tempo e no espaço para que essa informação passe a ser realidade:
Na cidade do Rio de Janeiro, nas últimas décadas do século XIX, o jornal de maior circulação do país chamava-se "O País". Naquela época Bezerra de Menezes teve, nesse jornal de grande circulação, uma coluna espírita periódica por vários anos seguidos. Era uma coluna de grande repercussão nacional.
A triste realidade de hoje é que o feito de Bezerra de Menezes não está se repetindo. Não temos mais colunas espíritas periódicas no jornal de maior circulação do país. Será que não está faltando em nosso movimento espírita o espírito empreendedor de um Bezerra de Menezes, de um Eurípedes Barsanulfo, de um Cairbar Schutel?
Tive, caro leitor, que utilizar do artifício acima para relembrar, a todos nós espíritas, alguns itens fundamentais para o pleno desenvolvimento do nosso movimento:
a) Kardec deixou-nos, dentre outras, a missão de divulgarmos o Espiritismo nos jornais de maior circulação do país;
b) Essa missão, deixada por Kardec, tornou-se realidade em fins do século XIX;
c) Na atualidade, não estamos cumprindo com a missão deixada por Kardec..
Além de Kardec, André Luiz, no livro "Conduta Espírita", diz "Divulgar em cada programa de rádio, televisão, ou programas outros de expansão doutrinária, conceitos e páginas das obras fundamentais do Espiritismo. A base é indispensável em qualquer edificação".
Sobre o mesmo tema – divulgação – diz o espírito Vianna de Carvalho em seu livro "Reflexões Espíritas": "Na hora da informática com os seus valiosos recursos, o espírita não se pode marginalizar, sob pretexto pueris, em que se disfarça a timidez, o desamor à causa ou a indiferença pela divulgação..."
Mas como voltarmos a cumprir com a missão deixada por Kardec? Como passarmos a divulgar, semanalmente, por exemplo, uma coluna periódica no jornal Folha de São Paulo, no Estadão e em outros jornais de grande circulação? A resposta todos nós sabemos: somente com muito dinheiro conseguiremos tal intento, pois, inserções periódicas num jornal de grande porte, é um investimento muitíssimo alto (e necessário, se quisermos seguir a orientação passada por Kardec).
Mas como conseguirmos dinheiro, se os espíritas, em relação a esse tema (dinheiro), são extremamente conservadores? Isto é, sabemos que qualquer sugestão de como conseguirmos dinheiro, que fuja da ineficiência atual, é categoricamente rechaçada.
Como criarmos uma nova ordem, novos procedimentos, para aproveitarmos da força do dinheiro?
A resposta a essas perguntas é dada pelos Espíritos quando Kardec, no O livro dos Espíritos, na pergunta 932 questionou: "Por que no mundo, os maus tão freqüentemente sobrepujam os bons em influência?" Resposta dos espíritos: "Pela fraqueza dos bons, os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos. quando estes o quiserem dominarão."
Numa dedução lógica podemos concluir que falta a nós, espíritas, audácia. Precisamos ser audaciosos. No tocante a como arrecadar dinheiro, somos muito de apenas aperfeiçoar processos que já existem. Isto é erro estratégico. Ao mesmo tempo em que se aperfeiçoa o que precisa ser aperfeiçoado, é preciso dedicar tempo a novas idéias. Quem gasta energia aperfeiçoando apenas os seus processos e produtos, perde o tempo que deveria estar sendo dedicado a novas idéias. Júlio Ribeiro em seu livro "Fazer Acontecer", Editora Cultura, diz que "alguém pode até aperfeiçoar a vela, deixá-la mais translúcida, deixá-la com maior poder de luminosidade, mas ela nunca substituirá a lâmpada". Em outras palavras, aperfeiçoar o que deu certo e o que foi bom no passado é - geralmente - perda de tempo. Nós espíritas, em relação, a como arrecadar dinheiro, estamos aperfeiçoando a vela. Esquecemos que estamos na era das lâmpadas!
Quando Herculano Pires disse "Se os espíritas soubessem o que é o Centro Espírita, quais são realmente a sua função e a sua significação, o Espiritismo seria hoje o mais importante movimento cultural e espiritual da terra", deixou de forma implícita que estamos alongando nossa estrada. Estamos deixando de fazer obras de vulto para a divulgação do Espiritismo. E, em qualquer obra terrena, o dinheiro tem importância especial.
Sem ferir a ótica e a ética espíritas, saber utilizar com inteligência e criatividade dos recursos que nosso mundo oferece, despirmo-nos de preconceitos, sermos audaciosos, conscientizarmo-nos de nossa grande responsabilidade, são as formas de fazermos do Espiritismo o mais importante movimento cultural e espiritual da terra.
E para isto precisamos da força do dinheiro.
Os Centros Espíritas geralmente não têm estrutura financeira para, entre outras coisas, fazerem-se mais presentes na comunidade. Passamos – sem querer – a ser omissos. Essa omissão dos espíritas, essa nossa falta de audácia, propicia espaço para que muitas pessoas ainda acreditem em Adão e Eva, para que muitas pessoas ainda vejam Deus como um ser antropomorfo, para que muitas pessoas ainda creiam que Deus castiga, para que muitas pessoas ainda valorizem mais o culto exterior do que o culto interior, para que muitas pessoas, como disse André Luiz, valorizem mais a letra do evangelho do que o evangelho da letra.
Costumo dizer que "ser espírita é a arte de sonhar com um mundo angelical, mas saber viver - sem ferir a ética espírita – num mundo de expiação e provas".
Quando fizermos parte de um mundo angelical, ou mesmo de um mundo de regeneração, não precisaremos da força do dinheiro para levarmos à frente nossos projetos no campo espiritual, mas por enquanto, ele, o dinheiro, é a ferramenta que Deus nos deu.
No meio espírita, contracenando lado a lado com a pureza doutrinária, há a realidade da dureza monetária. Ambas implacáveis. Há uma única forma de acabar com a dureza monetária sem afetar a importância da pureza doutrinária. Essa única forma chama-se CRIATIVIDADE. Minha sugestão, que é o objetivo principal deste artigo, é que, em seu Centro Espírita, você utilize de uma das melhores ferramentas para aflorar a criatividade, e então implantar novos procedimentos para conseguir dinheiro. Essa ferramenta maravilhosa é denominada Brainstorming. Mas, o que é Brainstorming? É uma reunião onde, após o levantamento de um problema (no caso, "como arrecadarmos dinheiro?"), os participantes passam a dar sugestões as mais diversas possíveis visando solução (ou soluções) para o problema.
Os seguintes critérios devem ser obedecidos:
1) Cada participante tem total liberdade para dar qualquer tipo de idéia.
2) Nenhuma idéia apresentada pode ser censurada ou ironizada pelos colegas.
3) Deve-se estimular cada participante a dar o maior número possível de idéias.
4) Deve-se estimular o participante a dar até mesmo idéias totalmente absurdas. Pois sentindo-se que poderá falar o que quiser (sem ser censurado), o participante utilizará melhor do seu potencial criativo.
5) Ao término, há avaliação e seleção das idéias apresentadas. Se for conveniente a avaliação e seleção poderão ser processadas em outra futura reunião.
O Brainstorming só funciona se todos os passos acima forem seguidos. Por exemplo, não se pode dizer ao participante (quando ele dá uma idéia aparentemente sem nexo) "Ah! Essa sua idéia é um absurdo" ou "Isso que você sugeriu está totalmente contra os princípios do Espiritismo". Esses exemplos de intervenções acabam com a criatividade. É preciso estimular o participante a dizer absurdos, pois só assim a mente ficará totalmente livre de parâmetros ou paradigmas inibidores da criatividade. Aí, sim, estimulando que falem coisas absurdas, surgirão novas idéias. Você pode perguntar: "mas se as idéias apresentadas forem de fato absurdas?", eu respondo "peça para continuarem dando idéias mais absurdas ainda". É importante deixar claro que ao final do Brainstorming (vide item 5, acima), ou em outra reunião, haverá a avaliação e a seleção das idéias apresentadas e, então, a equipe terá a oportunidade de não acatar as idéias realmente absurdas.
Assim procedendo, será que surgirá uma idéia revolucionária, que fará seu Centro Espírita conseguir recursos financeiros suficientes para inserir uma coluna semanal no jornal de maior circulação de sua região?
Bem, a criatividade tem a capacidade de transformar uma possibilidade 0% em possibilidade 100%. É incrível o que conseguimos se deixarmos a criatividade aflorar. Mas, não dá para dizer que você conseguirá uma idéia que torne realidade sua coluna semanal no jornal citado. No entanto, também não dá para afirmar que você não conseguirá.
Mas, como então ter certeza de que é possível conseguir tal publicação semanal?
A força do dinheiro para publicar uma coluna espírita semanal no jornal Folha de São Paulo ou O Globo ou o Estadão (por exemplo) dependerá da força da união dos espíritas. Com UNIÃO e CRIATIVIDADE a força do dinheiro tornará realidade a missão que Kardec passou para nós.
A questão é que apareceu aí a expressão a "força da união dos espíritas" e, sejamos sensatos: a união dos espíritas - a tão almejada união – não está no campo do concreto. A união ainda está no campo do idealizado. Levará tempo para essa união concretizar-se. Por isto, a solução, por ora, é cada Centro Espírita fazer bem sua parte. Exijamos de nós antes de exigirmos dos outros.. Sugiro ao dirigente espírita adotar os seguintes procedimentos:
a) Una-se com o número possível de dirigentes de Centros Espíritas de sua região;
b) Tenham como meta publicarem uma coluna espírita semanal no jornal de maior circulação de sua região;
c) Estimule e oriente cada Centro Espírita da região utilizar do Brainstorming para que possam surgir idéias criativas relacionadas com recursos financeiros;
d) Aplique as idéias criativas e publique uma coluna semanal no maior jornal regional.
Os procedimentos acima são realizáveis, pois, em vez de exigirmos que os principais representantes do movimento espírita do Brasil unam-se para publicar uma coluna semanal no jornal nacional de maior circulação, passamos, pelo exemplo, a fazer regionalmente a nosso parte. E um dia, quando, regionalmente, a maioria dos Centros Espíritas estiver atuando de forma efetiva na divulgação da doutrina, certamente haverá um despertar para a necessidade de ampliar a região de influência e, então, ficará mais fácil a comentada publicação no maior jornal do país.
Lembremo-nos sempre que, melhor do que exigir dos outros, é fazermos bem a nossa parte, assim, pelo exemplo, conseguiremos o objetivo deste artigo: bem utilizar a favor da Doutrina da força do dinheiro.
Currículo do autor: Alkindar de Oliveira, Palestrante, Escritor e Consultor de Empresas radicado em São Paulo-SP, profere palestras e ministra treinamentos comportamentais em todo o Brasil. Juntamente com sua equipe de consultores, tem seu foco de atuação em diversas áreas de treinamento, como VISÃO SISTÊMICA, CULTURA DO DIÁLOGO, ORATÓRIA, LIDERANÇA, COACHING, RELACIONAMENTO, MOTIVAÇÃO, COMUNICAÇÃO ESCRITA, COMUNICAÇÃO VERBAL, CRIATIVIDADE, HUMANIZAÇÃO DO AMBIENTE EMPRESARIAL, VENDAS, FINANÇAS, EFICAZ COMUNICAÇÃO INTERNA, NEGOCIAÇÃO, PRODUÇÃO/CHÃO DE FÁBRICA, ETC.
Suas teses e artigos estão expostos em renomados veículos de comunicação, como: as revistas Você S/A e Bons Fluidos, da Editora Abril; revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, Editora Globo; revista "Venda Mais", Editora Quantum; e os jornais Valor Econômico, O Estado de São Paulo e Jornal do Brasil, etc.
Seus livros, abaixo, poderão ser adquiridos pelo site www.editoratruffa.com.br
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Alkíndar de Oliveira
As atitudes de determinados jovens (nossos filhos ou não) nos estimulam a pensar:
o que fazermos com esses jovens rebeldes?
Para ilustrar que a rebeldia do jovem é um fato a ser enfrentado, conto a seguir duas histórias reais.
A primeira história real:
Imagine certo professor que, ao estar ministrando determinada aula, percebe que a atenção dos alunos se dispersa como conseqüência do procedimento inusitado e inadequado de um deles. Aos olhos do professor este é um aluno problema. E, apesar de inteligente, pela sua displicência ele não se sai bem nas provas. Tem o hábito de falar em momentos errados, adota atitudes estranhas, e nesse dia em especial, colou algodão em seu rosto formando longos bigode e cavanhaque. Com esta expressão ridícula e engraçada, apoiou os queixos com as mãos, formando como que uma forquilha e, muito sério, fingiu estar prestando religiosa atenção à aula. A classe caiu em riso.
Esse jovem, depois de muitas traquinagens, fugiu da escola e também de sua casa (tendo pais falecidos era educado por seus avós). Para conquistar sua independência resolveu começar a trabalhar. Mas não parava em nenhum emprego. A primeira reprimenda que recebia do chefe, o fazia abandonar o emprego. O que se pode esperar de um jovem que tem esse rebelde procedimento?
A segunda história real:
Um homem de sucesso, ou o que poderíamos chamar, um empresário de sucesso, tinha o sonho de que o seu jovem filho viesse substituí-lo à frente de seus vários negócios. Mas, para sua decepção, seu filho escolheu outro caminho. Seu filho era um jovem rebelde.
Saia constantemente com os amigos para farras noturnas e bebedeiras, não tinha horário para o trabalho. E – pior - às escondidas do pai pegava objetos da empresa para distribuir aos amigos. Conflitos interpessoais eram comuns entre pai e filho.
Finalmente um dia o filho proporcionou alegria a esse pai. Sua rebeldia fez com que sentisse vontade de exercer a carreira militar e participar de uma guerra que acontecia naquela região. O pai sentiu orgulho do filho.
Veja os descaminhos da vida, o pai sentiu orgulho justamente pelo fato do filho adotar uma postura que tinha a ver com violência e morte!
A pergunta que faço é a mesma: o que se pode esperar de um jovem que tem esse rebelde procedimento?
Caros leitores, o nome do jovem da primeira história é Cairbar Schutel, e do segunda, Francisco Bernardone, mais conhecido como Francisco de Assis. Dois expoentes no trabalho caritativo. Dois dignos representantes dos ensinamentos do Mestre Jesus. Com essas duas histórias, percebe-se que o título deste artigo merece ser mudado. Mudemos então. Passemos de "O que fazermos com os jovens rebeldes?" para: "O que fazermos conosco, pais e professores de jovens rebeldes?", pois, enquanto espíritas sabemos que é grande a probabilidade do nosso filho rebelde ser um espírito mais evoluído do que os integrantes de nossa geração, em outras palavras, mais evoluídos do que nós. O que ele precisa simplesmente é receber ideal educação.
Repetindo e melhorando a informação anterior, é muito grande a probabilidade do nosso filho rebelde ser muito mais evoluído do que nossa geração. E quem nos fornece importante subsídio a essa constatação é Joanna de Angelis em seu livro Momentos de Harmonia, Editora Leal, lançado e editado em 1.991, Editora Leal, psicografia de Divaldo Franco. Diz a admirada Joana de Ângelis: "(...) dá-se neste momento a renovação do Planeta, graças à qualidade dos espíritos que começam a habitá-lo, enriquecidos de títulos de enobrecimento e de interesse fraternal".
Não obstante sejam espíritos "enriquecidos de títulos de enobrecimento e de interesse fraternal", como diz Joanna de Angelis, devemos considerar que chegam a um mundo de expiação e provas, cuja psicosfera densa influi energicamente de forma altamente contrastante com o ambiente de onde vieram.
Nossa Terra tem uma energia tão negativa (comparando com a energia das dimensões onde habitam espíritos superiores) que fez um espírito da envergadura de Santo Agostinho, viver na orgia até aos 33 anos de idade. Ele amava a sensualidade. Esta energia negativa do nosso planeta fez Francisco de Assis, quando convertido à mensagem cristã, não entender a recomendação de Jesus que disse a ele "Francisco reconstrua a minha igreja". Francisco de Assis interpretou as palavras do Mestre imaginando que tinha recebido a missão de reconstruir uma igrejinha de pedra, da sua cidade, que estava caindo aos pedaços! E, no entanto, Jesus estava dizendo metaforicamente para "reconstruir" a mensagem por Ele deixada.
Mas, então, "o que fazermos conosco, pais e professores de jovens rebeldes?" Comecemos por obedecer a orientação de Herculano Pires e de sua seguidora Dora Incontri, isto é, respeitemos, sem descuidos, a fase-adolescência do nosso filho, e enxerguemos no educando "um ser reencarnado", e esta nova perspectiva certamente nos dará subsídios para ações adequadas.
Uma ressalva final é muito importante: dê o melhor de si na educação do seu filho rebelde, mas se conscientize de que há espíritos que nascem rebeldes e morrem rebeldes. Isto é, há espíritos brilhantes no quesito inteligência, mas emocionalmente frágeis e, por isto, necessitam de várias encarnações para burilar seu desenvolvimento emocional. Faça bem sua parte de educador e, com consciência tranqüila, entregue ao tempo e ao Mestre o desenvolvimento do seu filho rebelde.
Currículo do autor: Alkindar de Oliveira, Palestrante, Escritor e Consultor de Empresas radicado em São Paulo-SP, profere palestras e ministra treinamentos comportamentais em todo o Brasil. Juntamente com sua equipe de consultores, tem seu foco de atuação em diversas áreas de treinamento, como VISÃO SISTÊMICA, CULTURA DO DIÁLOGO, ORATÓRIA, LIDERANÇA, COACHING, RELACIONAMENTO, MOTIVAÇÃO, COMUNICAÇÃO ESCRITA, COMUNICAÇÃO VERBAL, CRIATIVIDADE, HUMANIZAÇÃO DO AMBIENTE EMPRESARIAL, VENDAS, FINANÇAS, EFICAZ COMUNICAÇÃO INTERNA, NEGOCIAÇÃO, PRODUÇÃO/CHÃO DE FÁBRICA, ETC.
Suas teses e artigos estão expostos em renomados veículos de comunicação, como: as revistas Você S/A e Bons Fluidos, da Editora Abril; revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, Editora Globo; revista "Venda Mais", Editora Quantum; e os jornais Valor Econômico, O Estado de São Paulo e Jornal do Brasil, etc.
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VIVER BEM É SIMPLES, NÓS É QUE COMPLICAMOS, Editora Didier
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Alkíndar de Oliveira
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[Extraído do livro APRIMORAMENTO ESPÍRITA, Editora Truffa]
"Cada encarnação é como se fosse um atalho nas estradas da ascensão. Por este motivo o ser humano deve amar a sua existência de lutas e de amarguras temporárias, porquanto ela significa uma benção divina, quase um perdão de Deus". Emmanuel
Se de um lado a boa lógica nos diz que nossa última encarnação é sempre a mais importante, pois mais uma vez temos a oportunidade de nos redimir dos erros passados, creio que esta atual, pelas deduções mais abaixo, é especialíssima. Creio firmemente que é a nossa mais importante existência de todos os tempos. Se conscientizarmo-nos deste fato, faremos com que nossos pensamentos, sentimentos e atitudes tomem salutar direção. Por exemplo, poderemos deduzir de que, se temos Jesus como guia e modelo, é imprescindível – nesta nossa mais importante existência - termos como meta o amor incondicional. Pois é esta modalidade de amar que irá ditar o conteúdo dos nossos textos e de nossos procedimentos diários e, por conseqüência, melhor iremos aproveitar dos ensinamentos espíritas nesta fundamental e decisiva existência. Para que a conclusão do tema deste seja confirmada pelo(a) leitor(a), atentemos aos textos abaixo de Santo Agostinho e também às conclusões que vêm logo a seguir.
a) "(O planeta Terra) há chegado a um dos seus períodos de transformação, em que de orbe expiatório, mudar-se à em planeta de regeneração, onde os homens serão ditosos, porque nele imperará a lei de Deus". Santo Agostinho, O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo III, item 19
b) As características do Mundo de Regeneração: "O homem (...) ainda é de carne. (...) Ainda tem de suportar provas, porém, sem as pungentes angústias da expiação. (...) Eles (os mundos de regeneração) representam a calma após a tempestade, a convalescença após a moléstia cruel". Santo Agostinho, O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo III, item 17
c) "Quem pudesse acompanhar um mundo em suas diferentes fases, desde o instante em que se aglomeram os primeiros átomos destinados a constituí-lo, vê- lo-ia a percorrer uma escala incessantemente progressiva, mas de degraus imperceptíveis para cada geração, e a oferecer aos seus habitantes uma morada cada vez mais agradável, à medida que eles próprios avançam na senda do progresso". Santo Agostinho, O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo III, item 19
Dos depoimentos logo acima destaquei, em negrito, a expressão "degraus imperceptíveis", a qual denota que não perceberemos de maneira evidente a passagem do nosso mundo, de Expiação e Provas, para a próxima e determinante etapa, a de Mundo de Regeneração. Consoante a esta condição, o Espiritismo nos faculta a possibilidade, através de pesquisa e do raciocínio lógico, de passarmos a enxergar o que parece não estar evidente.
Se não há dúvida de que estamos num período de transição para um Mundo de Regeneração, vou além, tenho a convicção de que caminhamos a passos largos nessa bendita direção. Creio que toda esta atual convulsão mundial é importante prenúncio desta aprazível mudança, pois todos os sofrimentos atuais estão despertando o ser humano a procurar um significado à vida. A Terra, com sua revolução interior, movimentando as placas tectônicas nos alerta e nos desperta para nossa também necessária revolução interior, com o propósito de movimentarmos as placas endurecidas de nossos corações.
É saudável, caro(a) leitor(a), que duvide desta minha convicção de que caminhamos a passos largos para um Mundo de Regeneração. Ninguém tem a obrigação de crer na convicção de outrem. Mas, após as informações que vêm a seguir, procure liberar sua mente de idéias pré-concebidas que possam impedir o raciocínio dedutivo, para livremente poder refletir sobre os esclarecimentos oriundos de grandes mestres de nossa Seara. Comecemos pelo preposto imediato do nosso Mestre Jesus, Allan Kardec:
I - ALLAN KARDEC NOS DIZ QUANDO O ESPIRITISMO SE TORNARÁ CRENÇA COMUM EM TODO O MUNDO TERRENO:
Antes de expor o dito de Kardec, entendamos que a expressão constante no título logo acima, "crença comum", não necessariamente significa religião comum.
Pois, talvez por um longo período as diversas religiões hoje existentes continuarão a ter suas atuais denominações. No entanto, Kardec esclarece que futuramente o princípio essencial de todas elas será calcado nos fundamentos espíritas, uma vez que estes são provenientes de leis da natureza. E toda lei da natureza, depois de revelada, se torna incontestável. Veja o exemplo da eletricidade, a qual por muito tempo foi vista como feitiçaria e hoje universalmente compreendemo-la como lei natural. Lembremo-nos também da lei da gravidade, que não obstante por muito tempo desconhecida da humanidade, hoje é aceita sem qualquer contestação. O mesmo ocorrerá com os temas Reencarnação, Pluralidade dos Mundos Habitados e Comunicabilidade dos Espíritos, que, por serem leis naturais, no tempo certo todos seres humanos naturalmente irão crer. Portanto, o Catolicismo (por exemplo) continuará existindo, mas a diferença será que os seus seguidores irão crer na reencarnação, na pluralidade dos mundos habitados e em outros princípios e verdades já reveladas pelo Espiritismo.
Retornando ao assunto-título deste parágrafo, muitos de nós, espíritas, não tivemos olhos para enxergar o que está claro e límpido como um lago cristalino: Kardec já nos informou quando o Espiritismo será implantado na Terra. Na questão 798 d’O Livro dos Espíritos, a qual tem como foco quando haverá a implantação do Espiritismo na Terra, Kardec nos esclarece que "(...) durante duas ou três gerações, ainda haverá um fermento de incredulidade, que unicamente o tempo aniquilará".
Como a boa lógica nos diz que após um período de incredulidade a única alternativa será um período de credulidade, façamos as contas para esclarecermo- nos sobre quando chegaremos a esse alvissareiro período. Antes, é importante dizer que, mesmo a expectativa de vida na época de Kardec ser bem inferior aos 70 anos, o fato é que as pessoas consideravam esta idade como sendo o tempo de uma geração. Agora, sim, façamos as contas:
a) Se na época de Kardec uma geração correspondia a um período de 70 anos;
b) Se Kardec afirma que o período de incredulidade durará duas ou três gerações (140 a 210 anos);
c) Se após o período de incredulidade vem o período de credulidade:
d) Se O Livros dos Espíritos, que iniciou a Era do Espiritismo, foi editado em 1.857;
Então, fazendo as contas chega-se à seguinte conclusão: Conclusão-I: O Espiritismo passará a ser crença comum no período compreendido entre os anos de 1.997 a 2.067.
II – CHICO XAVIER, NOS INFORMA QUANDO A TERRA SERÁ UM MUNDO DE REGENERAÇÃO:
No livro Plantão de Respostas, Volume II, Chico Xavier diz:
"Emmanuel afirma que a Terra será um mundo regenerado por volta de 2.057".
Percebamos que o ano de 2.057 está dentro dos limites preconizado por Kardec, no item Conclusão-I, logo acima. O que nos leva a crer que, quando os princípios espíritas estiverem implantados em todo o planeta, haverá uma revolução cultural em tamanha proporção, que veremos o alvorecer do tão esperado Mundo de Regeneração.
Conclusão-II: O Mundo de Regeneração terá seu alvorecer por volta de 2.057, ano este dentro dos limites de tempo em que Kardec afirma que o Espiritismo será Crença Comum.
III – BEZERRA DE MENEZES, NOS INFORMA QUANDO O ESPIRITISMO SERÁ IMPLANTADO NA TERRA.
No livro (*)Atitude de Amor, Editora Dufaux, Psicografia de Wanderley Soares de Oliveira, Bezerra de Menezes nos esclarece que para o Espiritismo ser implantado na Terra houve um planejamento na espiritualidade (como não poderia deixar de ser), e que a implantação teve uma delimitação de três períodos distintos de 70 anos.
O primeiro período de 70 anos (de 1.857 a 1.927) teve como foco a consolidação do fato de que o Espiritismo não é uma crença fundamentada em idéias humanas, mas, sim, o Espiritismo é a Doutrina dos Espíritos. O segundo período (de 1.928 a 1.997) teve como objetivos a proliferação dos Centros Espíritas e a difusão do conhecimento espírita. Foi o período em que ficamos especialistas em fazer belos discursos, sem praticá-los! Passamos a ter conhecimento, mas, sem as correspondentes atitudes.
O terceiro e último período de 70 anos (1.998 a 2.067) é o que estamos vivendo neste momento! O que implica o quão essencial é crermos que nossa atual reencarnação é a mais importante de todas as existências que até hoje tivemos. Sobre este último período, diz Bezerra de Menezes que é o período das atitudes, isto é, este é o momento de praticarmos o que até agora aprendemos com o Espiritismo. Por exemplo, se temos um belo discurso sobre fraternidade, chegou a hora de sermos fraternos.
Como disse Richard Simonetti, "Chegou a hora do conhecimento descer da cabeça para o coração", ou como disse nosso também confrade Carlos Abranches: "Precisamos raciocinar com o coração e amar com o cérebro".
Conclusão – III: Bezerra de Menezes nos informa que a implantação do Espiritismo na Terra será no período de 1.997 a 2.067, período este dentro dos limites de tempo em que Kardec afirma que o Espiritismo será Crença Comum.
IV – CINCO RESPEITABILÍSSIMAS E VALOROSAS INSTITUIÇÕES ESPÍRITAS SERVEM DE CANAL PARA NOS INFORMAR QUE O MUNDO DE REGENERAÇÃO ESTÁ PRÓXIMO:
Imaginemos o que é receber uma mensagem espírita que reforça e valida as conclusões de todos os itens anteriores, e, além disto, traz em seu bojo o endosso de cinco instituições reconhecidas em nosso país pela sua importância e, principalmente, credibilidade:
Instituição-1) Bezerra de Menezes (é nosso irmão desencarnado, mas não deixa de ter o peso e o valor de uma "instituição" pelas suas contribuições sobejamente sabidas por nós espíritas);
Instituição-2) Divaldo Franco (é nosso irmão e médium encarnado, mas também não deixa de ter o peso e o valor de uma "instituição" pelas suas contribuições sobejamente sabidas por nós espíritas);
Instituição-3) Conselho Federativo Nacional
Instituição-4) FEB- Federação Espírita Brasileira
Instituição-5) Revista Reformador
Em janeiro de 2.005, a revista Reformador, traz um dos mais esclarecedores textos de Bezerra de Menezes sobre o momento atual do nosso mundo, do Espiritismo e também sobre nossas responsabilidades advindas dos fatos por ele mencionados.
A mensagem foi recebida na última reunião do Conselho Federativo Nacional da FEB do ano de 2.004. Nosso amado benfeitor espiritual utilizou-se da mediunidade psicofonica de Divaldo Franco para dizer com todas as letras, sem deixar dúvida alguma sobre o teor do que tinha a nos passar, que: "Não podemos negar que este é o grande momento de transição do Mundo de Provas e de Expiações para o Mundo de Regeneração".
Caro(a) leitor(a), para reforçar o ‘’obvio coloquei em negrito a expressão "este é o grande momento". Mas antes de reforçar o óbvio, pergunto- lhe: A palavra "este" tem relação com o passado, com o presente ou com o futuro? Desculpe-me pela pergunta tão simplória.
A verdade é que todos nós sabemos que tal palavra tem a ver com o momento "presente". Portanto, Bezerra não está se referindo ao futuro! Daí o fato de, no mesmo texto, Bezerra de Menezes complementar: "(...) Já não há mais tempo para adiarmos a proposta de renovação do planeta".
Mais uma dedução importante para nós espíritas: se Bezerra de Menezes afirma que já não há mais tempo para adiarmos a proposta de renovação do planeta, a lógica elementar nos leva à quarta conclusão, a seguir: Conclusão – IV: Bezerra de Menezes nos informa que este é o grande momento de transição do Mundo de Provas e de Expiações para o Mundo de Regeneração.
Momento este dentro dos limites de tempo em que Kardec afirma que o Espiritismo será Crença Comum.
V – OS ESPÍRITOS MARIA MODESTO CRAVO E JOANNA DE ÂNGELIS NOS ALERTAM SOBRE A RENOVAÇÃO QUE JÁ ESTÁ OCORRENDO EM NOSSO PLANETA!
Duas informações:
A primeira:
No livro Reforma Íntima Sem Martírio, lançado e editado nesta primeira década do século XXI (esta informação é importante), Editora Dufaux, psicografia de Wanderley Soares de Oliveira, o espírito Maria Modesto Cravo diz: "Uma geração nova regressa às fileiras carnais da humanidade para arejar o panorama de todas as expressões segmentares do orbe, interligando-as e projetando-as a ampliados patamares de utilidade. (...) É tempo de renovar".
A segunda informação:
No livro Momentos de Harmonia, lançado e editado em 1.991 (esta informação é importante), Editora Leal, psicografia de Divaldo Franco, o espírito Joanna de Ângelis diz: "(...) dá-se neste momento a renovação do Planeta, graças à qualidade dos espíritos que começam a habitá-lo, enriquecidos de títulos de enobrecimento e de interesse fraternal".
Caro(a) leitor(a), se você convive com crianças, pergunto-lhe: As crianças de hoje não são muito inteligentes? Sei qual vai ser sua resposta: "Sim, muito inteligentes!!!"
Por que são tão inteligentes? A resposta está na análise dos dois textos dos espíritos amigos acima: Informam-nos os amáveis espíritos Joanna de Angelis e Maria Modesto Cravo que, de poucas décadas para cá, os espíritos que estão nascendo em nosso planeta são muito especiais. São nobres de alma, são fraternais, e por natural dedução, inteligentes.
Esta alvissareira notícia de renovação do planeta, certamente a mais importante ocorrência depois da vinda de Cristo e do nascimento de Kardec, nos leva à quinta conclusão:
Conclusão – V: Os espíritos Joanna de Angelis e Maria Modesto Cravo nos informam que espíritos especiais (fraternos, nobres) estão retornando à Terra com o objetivo de arejar o panorama de todas as expressões segmentares do nosso planeta, com o objetivo de renová-lo, e esta renovação se dá dentro dos limites de tempo em que Kardec afirma que o Espiritismo será Crença Comum.
VI – O RESPEITADO MÉDIUM E ORADOR BAIANO, DIVALDO FRANCO, DISSE, EM PALESTRA PROFERIDA EM 1.999, QUE NO ANO DE 2.025 DUZENTOS MIL ESPÍRITOS ALTAMENTE EVOLUÍDOS RETORNARÃO À TERRA.
Caro(a) leitor(a), conforme a bem-vinda informação do título logo acima, mais a informação do item V, onde Joanna de Ângelis e Maria Modesto Cravo esclarecem-nos que espíritos nobres e fraternais (também inteligentes), estão retornando à Terra com o objetivo de ajudarem na renovação do planeta, podemos então formular a seguinte pergunta:
COMO SERÁ NOSSO PLANETA TERRA EM 2.060?
A resposta da questão acima, a teremos de forma dedutiva:
a) Em 2.060 os espíritos nobres, fraternos e inteligentes que, segundo os amáveis espíritos Joanna de Angelis e Maria Modesto Cravo, já estão retornando à Terra, terão até 70 anos de idade;
b) Em 2.060 os duzentos mil espíritos altamente evoluídos que reencarnarão em 2.025, segundo informação recebida (e divulgada) pelo respeitabilíssimo médium e orador Divaldo Franco, terão 35 anos de idade;
c) Em 2.060 os atuais líderes mundiais e indivíduos outros que tendem ao mal ESTARÃO DESENCARNADOS!
Conclusão – VI: No ano de 2.060 estarão habitando a Terra espíritos que, pela sua índole, tem todas as qualidades para habitar um Mundo de Regeneração, dentro dos limites de tempo em que Kardec afirma que o Espiritismo será Crença Comum.
PARA REFLETIRMOS:
Considerando que nós, habitantes atuais da Terra:
a) Eventualmente não fazemos parte dos espíritos que nas últimas décadas do século XX iniciaram o retorno a este planeta, com nobreza no coração e espírito de fraternidade;
b) Com certeza, não fazemos parte dos espíritos altamente evoluídos que reencarnarão em 2.025;
A questão é: Como ficamos nós?
Bem, a oportunidade nos foi dada.
Somos habitantes da Terra num momento muito especial, o que é uma dádiva divina. Esta é grande oportunidade que temos de iniciarmos a reparação dos nossos erros pretéritos. Precisamos com toda nossa força, com toda nossa vontade, com todo nosso empenho, aproveitar desta oportunidade de aqui estarmos habitando este planeta que logo-logo pode nos dar a condição de termos um ambiente onde a tendência ao bem será a tônica. Como alcançarmos esta graça? A única solução é iniciarmos já nossa regeneração espiritual. Sugiro três passos, para bem aproveitarmos dessa nossa atual existência:
Primeiro Passo:
Valorizarmos e agradecermos ao Mestre Jesus pela oportunidade de estarmos vivendo nossa mais importante encarnação de todas as existências que tivemos.
Sobre a importância da reencarnação, relembremos o que disse o espírito Emmanuel: "Cada encarnação é como se fosse um atalho nas estradas da ascensão. Por este motivo, o ser humano deve amar a sua existência de lutas e de amarguras temporárias, porquanto ela significa uma benção divina, quase um perdão de Deus".
Considerando que grande é a fila de seres que querem ter a oportunidade de reencarnar na Terra, e cientes de que poucos conseguem este retorno, então a afirmação acima, de Emmanuel, nos faz refletir como temos que agradecer por termos tido a oportunidade de sermos atuais moradores deste nosso amado planeta. Reflitamos: Por que dentre bilhões de espíritos que habitam as diversas dimensões do nosso planeta Terra, nós fazemos parte do percentual mínimo dos que vivem em sua superfície justamente na época da transição para o mundo de regeneração?
Segundo Passo:
Iniciarmos urgentemente um processo de auto-conhecimento.
A base de toda mudança comportamental é o auto-conhecimento. E aí está a maior dificuldade do ser humano. O auto-conhecimento não é "uma das maiores" dificuldades, é (repito) "a maior" dificuldade do ser humano. Por exemplo, se somos avarentos, dissemos que somos "econômicos"; se somos prepotentes, afirmamos que sabemos reconhecer o nosso valor!
Para nos conhecermos, o Budismo nos ensina dois especiais procedimentos: Atenção Plena: Que é a arte budista de observarmo-nos incansavelmente, procurando dirigir os olhos para nós mesmos. O que é um hábito que para ser desenvolvido exige esforço e grande força de vontade.
Interiorização: Que é o ato de enfrentarmos o nosso mundo interior e de admitirmos para nós mesmos a natureza de nossos sentimentos. Isto é, não falarmos "eu nunca sinto mágoa" ou "a raiva não faz parte de minha vida". Este proceder de negar nossos sentimentos inferiores chama-se auto-ilusão, um proceder altamente destrutivo. A partir do momento em que admitimos nossos sentimentos inferiores, abre-se uma porta para aprendermos a ter autocontrole e nos dá condição de iniciarmos o processo de mudança.
Complementa a "interiorização" o ato de estudarmos nossas reações perante a vida. Por exemplo: quando alguém nos chama de "incompetente" e sentimos vontade de estrangulá-lo, devemos perguntar a nós mesmos "se sei que sou competente, por que senti tamanha raiva quando meu colega chamou-me de incompetente?" Assim agindo estaremos nos dando a oportunidade de estudarmos e conhecer o porquê de nossas reações, o que é um importante passo para a mudança de comportamento.
Os dois procedimentos acima levam-nos a adquirir a maior riqueza que podemos ter: o auto-conhecimento, que é a base do desenvolvimento em todos os campos de nossa vida.
Sobre o tema auto-conhecimento, disse o espírito Ermance Dufaux (livro Mereça Ser Feliz, Editora Dufaux): "Não existe felicidade, sem pleno conhecimento de si mesmo. O mergulho nas águas abissais do mar íntimo é indispensável. E a convivência, nesse contexto, é a Escola Bendita. Saber os motivos de nossas reações frente aos outros, entender os sentimentos e idéias nas relações é preciosa lição para o engrandecimento da alma na busca de si próprio".
Terceiro Passo:
Transformarmos em vivência prática nosso discurso sobre convivência e fraternidade, principalmente em nossa casa espírita. Sobre o tema fraternidade, disse o espírito Ermance Dufaux (livro Unidos Pelo Amor, Editora Dufaux): "Antes dos projetos ‘além-paredes’, estimulemos a fraternidade, prioritariamente, ao próximo mais próximo, aquele que divide conosco as responsabilidades doutrinárias rotineiras em nossa casa espírita, encetando esforços pela convivência jubilosa e libertadora. Conviver fraternalmente deve ser a essência de nossa causa. O Centro Espírita, Escola das Virtudes Superiores, é o ambiente de disciplina e treinamento dos novos modelos de relações (...)." CONCLUSÃO:
No primeiro semestre do ano de 2.005 ouvi de uma presidenta de determinado Centro Espírita da cidade de São Paulo: "Dentro de nossa casa espírita havia muita intriga, muitas discussões e conflitos improdutivos. Um dia nossa equipe se reuniu e fizemos um acordo, o de sermos fraternos. Isto já faz um ano. Desde aquele dia até hoje, a fraternidade está presente entre nós. Sabe, nós descobrimos que ser fraterno é uma questão de escolha". Concluindo, podemos em nosso meio espírita escolher uma das duas opções seguintes:
a) Sermos iniciadores ou propagadores de conflitos improdutivos entre irmãos do mesmo ideal, como ainda ocorre atualmente, ou
b) Escolher sermos fraternos, aceitando nossas diferenças, isto é, exercitando a alteridade.
Sermos fraternos é - simplesmente - uma questão de escolha. Então, que nós que temos a dádiva de ter conhecido o Espírito Consolador, possamos escolher o caminho da fraternidade e, com isto, merecermos ser habitantes da Terra em sua nova e breve etapa: Mundo de Regeneração!
Currículo do autor: Alkindar de Oliveira, Palestrante, Escritor e Consultor de Empresas radicado em São Paulo-SP, profere palestras e ministra treinamentos comportamentais em todo o Brasil. Juntamente com sua equipe de consultores, tem seu foco de atuação em diversas áreas de treinamento, como VISÃO SISTÊMICA, CULTURA DO DIÁLOGO, ORATÓRIA, LIDERANÇA, COACHING, RELACIONAMENTO, MOTIVAÇÃO, COMUNICAÇÃO ESCRITA, COMUNICAÇÃO VERBAL, CRIATIVIDADE, HUMANIZAÇÃO DO AMBIENTE EMPRESARIAL, VENDAS, FINANÇAS, EFICAZ COMUNICAÇÃO INTERNA, NEGOCIAÇÃO, PRODUÇÃO/CHÃO DE FÁBRICA, ETC.
Suas teses e artigos estão expostos em renomados veículos de comunicação, como: as revistas Você S/A e Bons Fluidos, da Editora Abril; revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, Editora Globo; revista "Venda Mais", Editora Quantum; e os jornais Valor Econômico, O Estado de São Paulo e Jornal do Brasil, etc. É autor dos seguintes livros:
O PODER DO DIÁLOGO, Editora Planeta/Academia
DESENVOLVIMENTO ESPÍRITA, Editora Truffa
APRIMORAMENTO ESPÍRITA, Editora Truffa
DIALOGANDO, Editora Leon Denis (co-autoria com Cezar Braga Said)
LIDERANÇA SAUDÁVEL, Editora Planeta
O ESPÍRITA DO SÉCULO XXI, Editora EBM
TORNE POSSÍVEL O IMPOSSÍVEL, Editora Butterfly
VIVER BEM É SIMPLES, NÓS É QUE COMPLICAMOS, Editora Didier
ESPIRITUALIDADE NA EMPRESA, Editora Butterfly
Alkíndar de Oliveira
[Extraído do livro DESENVOLVIMENTO ESPÍRITA, Editora Truffa]
"Divulgar o Espiritismo por todos os meios e modos dignos ao alcance é tarefa prioritária." Bezerra de Menezes, médium Divaldo Franco (Reformador/JAN-05)
Percebe-se de forma clara que começam a surgir no meio espírita, expressivo número de dirigentes e trabalhadores que abriram os olhos à importância premente da divulgação espírita além-paredes. Por exemplo, em Fortaleza-CE já se tornou tradição o TEATRO TRANSCENDENTAL, que é um evento anual aberto ao público, produzido por espíritas e dirigido com alta qualidade técnica e artística. Em eventos como esse, subliminarmente – e também diretamente – os princípios espíritas são divulgados aos não-espíritas.
Peças teatrais espíritas de grande qualidade artística percorrem todo nosso País. Filmes espíritas começam a surgir. A mídia impressa descobre o Espiritismo.
Disse o espírito Marcelo Ribeiro (pelas mãos de Divaldo Franco): "O Espiritismo é o antídoto eficiente e rápido para os males que grassam, na Terra, derruindo o materialismo e promovendo a vida". Esta afirmação nos alerta que a divulgação dos princípios espíritas é um dos focos mais urgentes de nossa seara, como também reforça o amável irmão e mestre Bezerra de Menezes na introdução deste texto.
Se começa a surgir um número expressivo de seareiros abraçando a tarefa de divulgar o Espiritismo a quem não o conhece, por outro lado, ainda é muito maior o número de dirigentes e trabalhadores que não têm essa visão. Lembro-me quando um amigo espírita alertou-me dizendo que "nós espíritas estamos falando para nós mesmos". Este comentário me fez abrir os olhos – pela primeira vez – a essa realidade! O fato é que fazemos palestras para espíritas, congressos para espíritas, eventos para espíritas. Em contrapartida, Kardec deixa claro que, além do objetivo essencial do Espiritismo (que é o nosso desenvolvimento espiritual), ele – o Espiritismo – veio para propiciar as bases para uma nova sociedade. O desafio é: como formaremos uma nova sociedade se continuarmos falando para nós mesmos?
Você sabia, caro leitor, que nos Estados Unidos – um país não-espírita – são proferidas mais palestras sobre reencarnação abertas ao público do que no Brasil, que é o maior país espírita do mundo? Será que não nos está faltando ousadia para quebrarmos os limites físicos dos nossos Centros Espíritas e levarmos a mensagem espírita além-paredes?
Atualmente ficamos felizes por saber que grandes livrarias têm geralmente uma seção de livros espíritas. O que é bom. Mas o ideal é que além desta seção, os livros de alta vendagem – do espírito Emmanuel, por exemplo – ficassem também expostos nas bancas principais das livrarias, isto é, naqueles espaços onde estão os livros- destaque de diversos segmentos e temas. O que estamos fazendo para isto ocorrer?
Na ausência de nossa atuação eficaz na divulgação espírita aos não-espíritas, a espiritualidade toma a iniciativa de fazer sua parte. Por exemplo: induz não-espíritas a produzirem sérias reportagens em revistas de grande circulação como VEJA, ÉPOCA e ISTO É; a produzirem novelas com cunho espírita no canal de maior audiência do País (TV Globo); a produzirem filmes sobre temas espíritas, com sucesso mundial, vindos do país com maior capacidade técnica e diretiva de filmagens (os Estados Unidos). A espiritualidade está atuando. E nós, o que estamos fazendo em relação à divulgação aos não-espíritas? Continuaremos falando para nós mesmos? Insistiremos em fazer Congressos para nós mesmos?
Algo auspicioso na direção da divulgação, é o fato de espíritas brasileiros terem iniciado a confecção de filmes com teor espírita.
A seguir algumas informações com o propósito de estimular o movimento espírita brasileiro agir com ainda mais ousadia.
a) Allan Kardec nos orienta a fazermos publicidade nos jornais mais divulgados!
"Uma publicidade, numa larga escala, feita nos jornais mais divulgados, levaria ao mundo inteiro, e até aos lugares mais recuados, o conhecimento das ideias espíritas, faria nascer o desejo de aprofundá-los, e, multiplicando os adeptos, imporia silêncio aos detratores que logo deveriam ceder diante do ascendente da opinião". Allan Kardec (Projeto 1868 – Obras Póstumas)
Você sabia que na cidade do Rio de Janeiro, nas últimas décadas do século 19, havia uma coluna semanal espírita no jornal de maior circulação do País? O jornal chamava-se O País (seria a Folha de São Paulo de hoje) e o autor dos textos tinha o nome de Bezerra de Menezes, que utilizava do pseudônimo Max.
A triste realidade de hoje é que o feito de Bezerra de Menezes não está se repetindo. Não temos mais colunas espíritas periódicas no jornal de maior circulação do País. Imaginemos o que ocorrerá quando o Espiritismo tiver uma divulgação/publicidade periódica de 2 minutos na Rede Globo de Televisão? Ou quando tivermos uma página nas revistas semanais de maior circulação explicando "o que é" e "o que não é" Espiritismo? Imaginemos ainda o que ocorrerá quando tivermos um programa espírita em canal aberto de TV?
Questionemo-nos:
ESTAMOS FAZENDO PUBLICIDADE DO ESPIRITISMO
NOS JORNAIS MAIS DIVULGADOS?
b) Cairbar Schutel divulgava o Espiritismo no local de maior circulação pública de sua cidade!
"Vi Cairbar Schutel de relance: eu vinha do agreste com minha querida mãe e o trem se deteve em Matão. Era o trem da noite que havíamos tomado com destino a Minas Gerais. Eu era uma criança de grupo escolar e vi quando aquele homem de traje impecável, de brim, porte esbelto, com um maço de jornais debaixo do braço, ia colocando um exemplar em cada banco vazio. Curioso, tomei um deles. Era O Clarim. Mais tarde, através de fotografia tomei conhecimento de que o homem era Cairbar Schutel. Soube tempos depois que ele os esperava para distribuir a boa semente aos viajores fatigados que se destinavam às excursões mais distantes de São Paulo." Wallace Leal Rodrigues (Livro O Bandeirante do Espiritismo, Editora O Clarim – Eduardo Carvalho Monteiro e Wilson Garcia)
Questionemo-nos:
ESTAMOS DIVULGANDO O ESPÍRITISMO NOS LOCAIS
DE MAIOR CIRCULAÇÃO DE NOSSA CIDADE?
c) Marcelo Ribeiro (espírito) esclarece: Espiritismo, não é lícito impô-lo, nem justo deixar de apresentá-lo.
"O Espiritismo é um tesouro de alto valor que tem a missão de produzir lucros de amor e juros de paz. Ocultá-lo, sem o promover entre as criaturas, é o mesmo que enterrar uma fortuna, que assim perde a finalidade para a qual existe. Retê-lo, constitui crime de avareza, considerando-se a fonte de luz de que padecem as criaturas. (...) O Espiritismo é o antídoto eficiente e rápido para os males que grassam, na Terra, derruindo o materialismo e promovendo a vida. Difundi-lo, a rigor, é tarefa de quantos se identificam com as suas lições e nele encontram satisfação de viver. Não é lícito impô-lo, nem justo deixar de apresentá-lo." Marcelo Ribeiro, psicografia de Divaldo Franco (Livro Terapêutica de Emergência. Editora LEAL)
Questionemo-nos:
ESTAMOS SENDO JUSTOS, NÃO DIVULGANDO O ESPIRITISMO AOS NÃO-ESPÍRITAS?
d) Eurípedes Barsanulfo sugere levarmos suas palavras a toda a parte!
"Que vocês levem a nossa palavra a toda a parte. Aqueles que possam fazê-lo, transmitam-na através dos meios de comunicação. Precisamos contagiar nosso movimento com estas forças positivas, a fim de ajudarmos efetivamente o nosso País a crescer e caminhar no rumo do progresso." Eurípedes Barsanulfo, psicografia de Suely Caldas Schubert (Artigo Mensagem de Esperança)
Questionemo-nos:
ESTAMOS LEVANDO AS PALAVRAS DE EURÍPEDES A TODA A PARTE?
e) Herculano Pires nos mostra o tanto que temos a caminhar!
"Se os espíritas soubessem o que é o Centro Espírita, quais são realmente sua função e a sua significação, o Espiritismo seria hoje o mais importante movimento espiritual e cultural da Terra."
Questionemo-nos:
ESTAMOS FAZENDO NOSSA PARTE PARA QUE O ESPIRITISMO SEJA O MAIS IMPORTANTE MOVIMENTO ESPIRITUAL E CULTURAL DA TERRA?
f) André Luiz nos orienta a divulgarmos o Espiritismo em cada programa de rádio e televisão!
"Divulgar, em cada programa de rádio e televisão, ou programas outros de expansão doutrinária, conceitos e páginas das obras fundamentais do Espiritismo. A base é indispensável para qualquer edificação." André Luiz, psicografia de Chico Xavier (Livro Conduta Espírita. Editora FEB),
Questionemo-nos:
ESTAMOS DIVULGANDO O ESPIRITISMO EM CADA PROGRAMA DE RÁDIO E TELEVISÃO?
g) Vianna de Carvalho (espírito) nos induz a deixarmos de ser indiferentes em relação à divulgação espírita.
"Na hora da informática, com os seus valiosos recursos, o espírita não se pode marginalizar, sob pretexto pueris, em que disfarça a timidez, o desamor à causa ou a indiferença pela divulgação." Vianna de Carvalho, psicografia de Divaldo Franco (Livro Reflexões Espíritas. Editora LEAL)
Questionemo-nos:
ESTAMOS SENDO TÍMIDOS OU INDIFERENTES EM RELAÇÃO À IMPORTÂNCIA DA DIVULGAÇÃO AOS NÃO-ESPÍRITAS?
h) Allan Kardec nos orienta a popularizarmos o Espiritismo. "Dois elementos devem concorrer para o progresso do Espiritismo; estes são: o estabelecimento teórico da Doutrina e os meios para popularizá-la." Allan Kardec (Projeto 1868 – Obras Póstumas)
Diz Allan Kardec, no capítulo XVIII do livro A Gênese: "Pelo seu poder moralizador, por suas tendências progressistas, pela amplitude de suas vistas, pela generalidade das questões que abrange, o Espiritismo é mais apto, do que qualquer outra doutrina a secundar o movimento de regeneração".
Se o Espiritismo é, como diz Kardec, a Doutrina "mais apta a secundar o movimento de regeneração" (que se avizinha) será que devemos manter apenas conosco – seguidores do Espiritismo – este vastíssimo conhecimento que a Doutrina Espírita proporciona? Será que estamos exercendo a caridade que Emmanuel proclama: "O Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade – a caridade de sua própria divulgação?". (Livro Estude e Viva, psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira, FEB)
Questionemo-nos:
ESTAMOS UTILIZANDO-NOS DOS MEIOS ADEQUADOS PARA POPULARIZAR O ESPIRITISMO?
Uma importante observação:
A divulgação do Espiritismo aos não-espíritas não pode ter o objetivo de convertê-los à nossa Doutrina. Alguém já disse que "O Espiritismo não será a religião do futuro, mas, o futuro das religiões". O que equivale a dizer que as pessoas não precisam ser espíritas, mas todas devem ter conhecimento dos postulados espíritas, pois são leis naturais. Daí a importância da necessária, da premente e urgente, divulgação!
www.alkindar.com.br
Alkíndar de Oliveira
[Texto extraído do livro "TORNE POSSÍVEL O IMPOSSÍVEL", de Alkíndar de Oliveira, Editora Butterfly] Existem duas principais maneiras de tornar possível o impossível, a primeira:
utilizarmos do bom senso; a segunda: não utilizarmos do bom senso. Pode parecer paradoxal esta afirmação, e de fato ela a é. O lado positivo desta questão: a criatividade aflora com mais facilidade a partir de análises meticulosas de questões paradoxais.
Uma interessante informação: se fizermos a seguinte pergunta: "Qual é a qualidade que poucos possuem, mas todos julgam possuí-la?", a resposta mais óbvia será: bom senso. Faça uma pesquisa sobre este tema. Pergunte a dez pessoas do seu relacionamento se elas julgam ter bom senso. Essa é uma das poucas questões em que há unanimidade nas respostas. Todos os seus amigos, sem nenhuma exceção, irão dizer a você que são pessoas de bom senso. Mas, como você conhece-os bem, concluirá que não é bem assim... Se quiser continuar a pesquisa, faça a mesma pergunta a uma pessoa que você comprovadamente sabe que, se há uma qualidade que ela não possui, essa qualidade é o bom senso. Porém, essa pessoa totalmente desprovida de bom senso também dirá que tem essa qualidade.
Em meu livro Torne Possível o Impossível, Editora Butterfly, comento sobre o que é uma pessoa de bom senso: "É aquela pessoa ponderada. É aquela que, ao necessitar tomar uma decisão em relação a determinada questão, sabe ponderar, isto é tem habilidade para segmentá-la e atribuir pesos adequados a cada parte da questão. Na análise de um problema, a pessoa de bom senso enxerga à sua frente uma pizza fatiada. Cada fatia representa um ângulo do problema a ser analisado. E, assim, a pessoa de bom senso valoriza cada um dos ângulos e toma a decisão mais conveniente, que, como qualquer decisão, certamente desagradará a uns e outros (algo que a pessoa de bom senso tem plena consciência, pois ela sabe respeitar e entender as naturais diferenças de opiniões). A pessoa de bom senso também tem consciência de que – uma vez tomada determinada decisão – terá que ‘trabalhar’ os descontentes, pois, caso isso não seja feito, eles poderão influir negativamente no resultado da ação a ser executada. Sabe a pessoa de bom senso que o descontente em relação a determinada decisão geralmente torce (muitas vezes de forma inconsciente até) para a ocorrência do insucesso."
Vimos que "utilizar o bom senso" é a primeira das duas principais maneiras de tornar possível o impossível. Vamos à segunda maneira de tornar possível o impossível, que é não utilizar o bom senso. "Não utilizar o bom senso!!!!?" Uma vez que esta afirmação contraria o que afirmei em linhas anteriores, não é paradoxal fazer tal afirmação? Acontece que não necessariamente a lógica linear deve prevalecer. Conviver com paradoxos, agir muitas vezes de forma não-lógica (considerando o pensamento comum) devem ser características básicas do líder atual. O líder que sempre segue a corrente faz o que todos fazem. E quando uma empresa faz o que todas fazem, ela não inova. E quem não inova não consegue tornar possível o impossível.
Peço especial atenção para a afirmação a seguir: "não utilizar o bom senso". Perceba que não disse "não ter bom senso". Em vez de não ter bom senso, escrevi não utilizar o bom senso, o que é bem diferente. A pessoa de bom senso pode, por sua conveniência, não o utilizar às vezes. A pessoa de bom senso precisa ter consciência de que assim como em muitos momentos basta utilizar o bom senso, também existirão momentos outros — em número cada vez mais crescente — em que não utilizar o bom senso é a melhor saída. É aquele momento em que você desprende-se das normas, ignora as regras, enfim, reforçando, é o momento em que você contraria o senso comum.
Tornar possível o impossível é conseqüência da inovação. E a inovação é fruto da criatividade que, por sua vez, manifesta-se mais facilmente quando utilizamos de certa irreverência, quando nos libertamos de normas e regras. Por isso é importante deixar o bom senso de lado se quisermos criar um ambiente de certa irreverência.
Embora em alguns momentos possamos reprimir o bom senso para que a criatividade tenha espaço para aflorar, em outros devemos solicitá-lo a fim de colocarmos em ação as idéias inovadoras que nos ocorrerem. Quando utilizar o bom senso? Quando não utilizar o bom senso? O que irá determinar a crucial decisão será o nosso grau de sensibilidade.
Concluindo, utilizemos ou não o bom senso para o aflorar da criatividade, é importante que saibamos que ele sempre deve estar presente na hora de colocarmos em ação as idéias inovadoras que tivemos.
CURRÍCULO DO AUTOR:
Alkindar de Oliveira, Palestrante, Escritor e Consultor de Empresas radicado em São Paulo-SP, profere palestras e ministra treinamentos comportamentais em todo o Brasil.
Juntamente com sua equipe de consultores, tem seu foco de atuação em diversas áreas de treinamento, como VISÃO SISTÊMICA, CULTURA DO DIÁLOGO, ORATÓRIA, LIDERANÇA, COACHING, RELACIONAMENTO, MOTIVAÇÃO, COMUNICAÇÃO ESCRITA, COMUNICAÇÃO VERBAL, CRIATIVIDADE, HUMANIZAÇÃO DO AMBIENTE EMPRESARIAL, VENDAS, FINANÇAS, EFICAZ COMUNICAÇÃO INTERNA, NEGOCIAÇÃO, PRODUÇÃO/CHÃO DE FÁBRICA, ETC.
Publicações em revistas e jornais:
Suas teses e artigos estão expostos em renomados veículos de comunicação, como:
as revistas Você S/A e Bons Fluidos, da Editora Abril;
revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, Editora Globo;
revista "Venda Mais", Editora Quantum;
e os jornais Valor Econômico, O Estado de São Paulo e Jornal do Brasil, etc.
livros:
Como escritor é autor dos livros
• O PODER DO DIÁLOGO, Como se tornar um grande líder, Editora Planeta/Academia
• LIDERANÇA SAUDÁVEL, Editora Planeta
• TORNE POSSÍVEL O IMPOSSÍVEL, Editora Butterfly
• VIVER BEM É SIMPLES, NÓS É QUE COMPLICAMOS, Editora Didier
• ESPIRITUALIDADE NA EMPRESA, Editora Butterfly
Simão Pedro de Lima
(Patrocínio-MG)
Há, no movimento espírita, por parte de algumas pessoas, uma idéia de se atualizar o conteúdo das obras da codificação. Dizem que Kardec estaria, em parte, ultrapassado, principalmente levando-se em conta as novas conquistas da ciência. Há aqueles que dizem ser necessário reescrever a codificação ou, então, fazer nova edição "revista, corrigida e atualizada", ajustando as respostas ao conhecimento científico moderno. Também há uma ideia de se fazer novas perguntas aos Espíritos visando rever certas respostas tidas como erradas. Isso é necessário? Não seria um desvirtuamento?
Salvo melhor entendimento de minha parte, penso ser um assunto que demanda certo cuidado para dele se tratar. Exponho minha opinião, respeitando a quem pensa de maneira diferente e sujeitando-me a ser corrigido se, por ventura, incorrer em erro de fundamentação, de conteúdo ou de argumentação.
No livro Eclesiastes, no Velho Testamento, está escrito, no capítulo 3 que "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu". Pode-se dizer que cada escrito guarda relação com o conhecimento do seu tempo. Há elementos que, na época da codificação, eram vistos sob um prisma diferente do que hoje se vê. Os Espíritos passavam informações em conformidade com o conhecimento de então, tal qual o Cristo o fez, conforme ele mesmo nos disse: "muitas coisas eu ainda vos tenho que dizer, mas vós não podeis suportá-las agora...". (Jo 16: 12).
O conhecimento científico do século XIX estava se desabrochando e descobertas várias surgiram depois, principalmente no campo da física, química e biologia. A teoria de Darwin começava se esboçar, conceitos astronômicos modernos ainda estavam em embrião e por aí vai... É natural, então, que Allan Kardec ficasse inserido nesse contexto e que seus comentários guardassem relação com a época. Depois dele, no tempo imediato, outros pensadores avançaram no conhecimento científico-filosófico-espírita, dentre eles Leon Denis, Camille Flammarion, Ernesto Bozzano, Alexandre Aksakov, Gabriel Delanne, Charles Richet, Cesare Lombroso, Willian Crookes e outros.
No tempo presente e passado próximo, tivemos ainda, Hernani Guimarães Andrade, Herculano Pires, Hermínio Miranda, Carlos Imbassahy, Deolino Amorim, Jorge Andréa, Sérgio Felipe, dentre outros que, em diversos campos, deram sua contribuição para o esclarecimento dos fatos espíritas. Tivemos, também, testemunhos práticos da verdade espírita nas pessoas de Bezerra de Menezes, Eurípedes Barsanulfo e Chico Xavier. Da espiritualidade, por mãos laboriosas, Espíritos vários trouxeram-nos e, ainda nos trazem, informações preciosas, dentre eles, Emmanuel, André Luiz, Humberto de Campos, Joanna de Ângelis, Vianna de Carvalho, Victor Hugo, Manoel Philomeno de Miranda e vários outros.
Todos esses nomes contribuíram para a "atualização do pensamento espírita", sem necessitar fazer mudanças nas obras trazidas por Allan Kardec. Nenhum deles solicitou novas edições ou mesmo notas explicativas em rodapés de páginas. Nem por isso deixaram de nos trazer novos ensinos (complementares ou mesmo atualizações).
Temos obras valiosas da filosofia, que foram escritas ha séculos, seguindo padrões de cada época e nem por isso vemos pessoas querendo alterá-las. Protágoras, Tales, Demóstenes, Pitágoras e outros filósofos jônicos, eleáticos, atomistas buscavam o elemento primordial; e, todos, fizeram seus ensaios quanto a esse elemento, no entanto ninguém reescreve suas obras para mudar esses pontos. Sócrates, Platão, Pitágoras e outros não tiveram suas obras originais revisadas. De pintores famosos do renascimento, tivemos quadros inacabados, mas que ninguém, depois deles, se propôs a acabá-los. Em que pesem os "erros" conceituais nas obras de Newton, Galileu, Copérnico, Keppler, Falópio, Descartes, Kant, Nitch, Hegel; nenhum deles teve suas obras alteradas... Outras as atualizaram sem, com isso, precisar reescrevê-las.
Os evangelhos... quantos exegetas e hermeneutas, além de historiadores, apontaram "falhas" de estrutura ou construção historiográfica? Continuam, os evangelhos, intactos, servindo-nos de fonte inesgotável de bons ensinos. Apóstolos, dentre eles Saulo Paulo de Tarso, escreveram suas epístolas, suas orientações, trazendo alguns pontos que os evangelhos não abordaram, mas não se propuseram a contraditar nada do que já estava escrito. No Atos dos Apóstolos há os ágrafos, que são passagens sobre Jesus, que não se encontram nos evangelhos. Os escritores da fértil época do cristianismo nascente, dentre eles Orígenes, Atanásio, Antão, Agostinho e Crisóstemo deixaram bons escritos, bases interessantes para a exegese bíblica e, depois deles, mesmo os reformadores (aqui incluo todos os pensadores, quer protestantes ou não) não reescreveram suas obras, apenas deram seguimento ao conteúdo sem, com isso, fazerem ilações quanto a estarem certas ou erradas, atualizadas ou não.
Assim, não vejo o porquê de tanta celeuma. Deixemos a obra kardeciana intacta, da forma que foi escrita, sem notas de rodapé ou reedições "revistas e atualizadas".
(Fizeram isso, ou seja, atualizaram e revisaram a tradução bíblica de João Ferreira de Almeida e, com isso, acabaram com a profundidade semântica do texto). Que novos conhecimentos sejam trazidos a lume; que novas obras, bem fundamentadas no conhecimento científico-filosófico, surjam; que congressos e mais congressos apresentem experimentos científicos, mas que tudo isso seja publicado como obra nova, tal qual tivemos a obra de André Luiz, que nos descortinou o mundo espiritual sem, com isso, "alterar" nada nas obras kardecianas. Talvez seja vaidade intelectual naqueles que se sentem "ridicularizados" com as questões contidas nos livros kardecianos e que hoje não se coadunam com os novos conhecimentos científicos. Isso não diminui, não enfraquece, não ridiculariza a obra primeira, pelo contrário, dá-nos a oportunidade de mostrar que não há cristalização no pensamento espírita, pois obras novas, sérias, se inserem no conjunto espiritista, sem que, com isso, desrespeitem a originalidade das obras primeiras, kardecianas.
A base é o ensino trazido a Kardec e por Kardec. Os subsídios ou "complementos" serão frutos de novas e reais descobertas. Aprendamos mais com as obras novas que se mostrarem fundamentadas na boa lógica e nas reais descobertas científicas, sem, com isso, ser necessário mudar, revisar ou atualizar o conteúdo das obras kardecianas.
ESPIRITISMO "MEIO E FIM"
"Não olvideis que o objetivo essencial, exclusivo do Espiritismo é vosso Adiantamento". Allan Kardec (O Livro dos Médiuns, Cap. XXVI, item 292)
A nossa rica língua portuguesa traz-nos vocabulários que, numa análise apressada, podem confundir-nos sobre os seus reais significados. Por exemplo, muitas vezes confundimos o significado das palavras "importante" e "fundamental". Parece que o sentido de ambas as palavras é o mesmo, e na realidade elas têm sentidos diferentes e complementares. Para melhor entendermos os significados dessas palavras vejamos um exemplo: numa refeição o prata e os talhares são importantes, mas a comida é fundamental. Isto é, sem o prato e os talheres poderíamos até nos alimentar, mas sem comida, não. Outro exemplo: se como cristão quisermos evoluir espiritualmente, termos uma religião é importante, mas termos JESUS como Guia e modelo é fundamental. Isto é, cristãos que somos, sem uma religião formal poderíamos até crescer interiormente, mas sem JESUS como Guia e modelo, não.
Com as informações acima, podemos refletir: o ESPIRITISMO, e importante ou fundamental para a nossa evolução espiritual?
Para aumentar nossa possibilidade de acerto na resposta dessa questão, vejamos uma outra pergunta: sermos adeptos do ESPIRITISMO está fazendo com todos nós, seus seguidores, sejamos pessoas espiritualizadas? Ou ainda uma outra: se não conhecêssemos o ESPIRITISMO, não haveria nenhuma outra possibilidade ou caminho para chegarmos a JESUS?
Agora creio que já dá para concluir que cristãos que somos, o ESPIRITISMO é importante, mas fundamental é seguirmos JESUS. Portanto, para sermos espíritas, o ESPIRITISMO é o meio, seguir JESUS é o fim (no sentido de finalidade maior). Em outras palavras, se de maneira alegórica atingir o cume da montanha significa a vivência cristã, então para nós o ESPIRITISMO é a estrada (o meio) para chegarmos ao cume (o fim).
CONFUNDINDO O FIM COM O MEIO
Vejo como essencial a conclusão e a mensagem do parágrafo anterior, pois hoje em muitos de nós a DOUTRINA ESPÍRITA é maior do que nosso amor à JESUS!!! Explico: desentendemo-nos com irmãos nossos em defesa da DOUTRINA, enquanto nosso MESTRE prega a paz, fraternidade, amor!!! Muitos de nós amamos mais a CASA ESPÍRITA do que amamos os seus frequentadores!!! Muitos de nós hostilizamos nossos irmãos de fé, pelo amor à nossa DOUTRINA!!! Muitos de nós criamos inimizades em nosso meio "por amor à causa". Esquecendo-nos de que "A CAUSA E O AMOR".
Muitos de nós defendemos agressivamente a "PUREZA DOUTRINA" do ESPIRITISMO, esquecendo-nos, como disse Divaldo Franco, de que a ‘DOUTRINA ESPIRITA não precisa de defensores. Se ela é uma doutrina pura, ela é inatacável". Isto é, como espíritas conscientes precisamos não mais defender a pureza doutrinária, mas sim exercitarmos a vivência doutrinária. Enfim, estamos confundindo o "meio" com o "fim". Para muitos de nós, espíritas, a DOUTRINA está tornando-se mais importante do que sua finalidade!!!
Estamos colocando nossa "defesa da DOUTRINA" acima dos preceitos de KARDEC e do nosso MESTRE JESUS.
MENTE DE APRENDIZ
Por mais que as deduções apresentadas neste texto sobre nossa DOUTRINA sejam simplesmente a transcrição de fatos reais, nem sempre as vemos como verdade. Insistimos em não darmos crédito a esses fatos. Os nossos belos discursos "prontos" questionam a validade dos incontestáveis relatos acima. Com os fatos reais e nossos discursos prontos digladiando-se, por que não darmo-nos a oportunidade de termos uma visão ampliada da nossa real situação de espíritas militantes? Se quisermos ir ao encontro dessa indagação, creio que para bem aproveitarmos da bênção de sermos espíritas, é preciso que nossos pensamentos e atitudes sejam frutos da mente de aprendiz. O que geralmente não estamos habituados. Somos teimosos! Um exemplo: certa vez GALILEU reuniu os principais professores da Universidade de Pizza à frente da torre homônima para provar, cientificamente, que dois objetos com pesos diferentes lançados de uma mesma altura num mesmo momento, levariam o mesmo tempo para atingir o solo. GALILEU conseguiu provar aos estupefatos professores que o peso do objeto não e preponderante. Isto é, que qualquer que fosse o peso de cada um dos objetos, eles chegariam juntos ao solo. GALILEU provou tal fato. Sabe o que professores continuaram lecionando? Continuaram por muitos anos ensinando aos seus alunos o contrário do GALILEU havia cientificamente provado.
O exemplo citado comprava que nem sempre os fatos ou palavras persuasivas estimulam-nos a mudar. A saída para este impasse é, repito, adotarmos a mente de aprendiz.
Mas o que é mente de aprendiz?
Mente de aprendiz é a qualidade que faz com estudemos um livro, um tema ou assunto qualquer, com a mente aberta. É um difícil hábito a desenvolver. Difícil porque todas as nossas convicções estão sustentadas em nossos modelos mentais fortemente arraigados. Nunca lemos ou escrevemos algo de forma imparcial. A imparcialidade não existe. Sempre estaremos interpretando nossas leituras e, na escrita, interpretando nossas "verdades". Portando, se o nosso propósito for sermos eternos aprendizes, temos que (por exemplo), na leitura abstrair-nos ao máximo para que nossa natural parcialidade perturbe nossa aprendizagem.
Se, for de forma rotineira, nós não colocarmos em ação nossa mente de aprendiz, daqui a dez anos estaremos rindo (ou chorando), constrangidos das bobagens das nossas certezas de hoje.
A pessoa competente é aquela que sempre está perguntando a si mesma: "No que, ou em que, minha competência acoberta a minha ignorância"?
Quando SÓCRATES foi considerado pela pitonisa de Delfos como o ser mais inteligente da Terra, ele sabiamente, esclareceu: "Sabes por que me consideram mais sábio do que os outros? É porque eu conheço a minha ignorância. O conhecimento da própria ignorância é o início da sapiência".
É paradoxal, mas eis a realidade: é sinal de inteligência considerarmo-nos competentes (com boa auto-estima) e ao, mesmo tempo ignorantes.
OBJETIVO DESTE CAPÍTULO
O objetivo este capítulo é mostrar, aos integrantes do grupo "mente de aprendiz", o antídoto às atitudes exemplificadas no subitem mais acima: "Confundindo o fim com o meio". Nosso mestre e benfeitor BEZERRA DE MENEZES, mostra-nos qual é o antídoto para não confundirmos o "fim com o meio", isto é, ele mostra-nos como compreendermos o que é ser um verdadeiro espírita. A resposta dele está no tripé: FRATERNIDADE – ÉTICA DO AMOR – EDUCAÇÃO. O primeiro exercício para utilizarmos esse antídoto é conhecermo-nos. Pois o autoconhecimento é o primeiro degrau de nossa ascensão espiritual. E conhecermo-nos é um processo que demanda, sobretudo, HUMILDADE. A seguir, menciono alguns meios para quem quiser conhecer-se em relação à nossa DOUTRINA.
Enxergaremos erroneamente nossa religião como "fim" e não como "meio", se:
1 – Geramos conflitos destrutivos com nossos irmãos espíritas por causa do espiritismo;
2 – Colocamos nossos princípios religiosos acima do exercício da fraternidade entre irmãos;
3 – Queremos que os princípios de nossa Doutrina mudem os outros, em vez de primeiramente procurarmos através deles mudar a nós mesmos;
4 – Exercemos trabalho voluntário para "ajudar o próximo", sem aproveitarmos a oportunidade de nos auto-educarmos;
5 – Exercemos cargos de liderança espírita como "obrigação", sem sentirmos alegria pelo exercício da função e sem aproveitarmos a oportunidade para nos auto-educarmos.
Caros irmãos espíritas, se acaso identificarmo-nos em quaisquer da situações logo acima, chegou a hora de mudarmos. (Pág. 107 a 112).
ALKINDAR DE OLIVEIRA
LIVRO: APRIMORAMENTO ESPÍRITA
No dia 18 de dezembro de 2011, ocorreu a final do Campeonato Mundial de Futebol Interclubes. Finalistas: Barcelona e Santos. Para quem não conhecia a técnica e a habilidade do time espanhol, o resultado foi impressionante: Barcelona, quatro; Santos, zero. Esse placar, incomum quando dois times consagrados se enfrentam, foi conseqüência de evidente mudança de paradigma no estilo de um jogo de futebol. Mudança essa que, relacionada ao movimento espírita, estimula-nos a refletir: O que o time Barcelona pode ensinar ao movimento espírita?
Uma importante observação: este artigo foi escrito quando Guardiola era o técnico do Barcelona, o que – atualmente – já não acontece. Todo o comentário a seguir faz sentido se o leitor lembrar-se deste fato, pois sem o técnico Guardiola à frente, o Barcelona perdeu um pouco de sua majestade, mas continua surpreendendo. A lição fica: a forma do líder atuar – seja no futebol, seja no movimento espírita - é determinante!!!
Mas o que tem a ver "movimento espírita" com "time de futebol"?
Para responder a essa questão, minha tese é a de que entre um time de futebol e o movimento espírita há similaridades que, se visualizadas e aproveitadas, farão os dirigentes e líderes espíritas terem ações congruentes com a grandeza e importância do Espiritismo. Que fique claro que o time Barcelona nada tem a ensinar à Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec (exponho este adendo em negrito, para que o foco deste artigo não seja interpretado de forma equivocada. O assunto deste é o "movimento espírita", não a "doutrina espírita").
Aponto algumas sugestões para forjarmos líderes espíritas que possam se adequar à grandeza da Doutrina Espírita, em especial neste momento de transição pelo qual passa nosso planeta:
APRENDENDO COM O BARCELONA – I
ESTIMULE O "ESPÍRITO DE EQUIPE" NOS TRABALHADORES DA INSTITUIÇÃO ESPÍRITA
Comece por adotar um padrão técnico-comportamental que seja a base das atitudes de todos os integrantes da Instituição Espírita. Em minha análise, no Barcelona, o padrão técnico- comportamental sustenta-se em três pontos:
a) Regra fundamental: O espírito de equipe precisa sobrepor ao individualismo;
b) A equipe precisa ter o firme foco de criar contínuas oportunidades para – através de passes contínuos – os jogadores levarem a bola na direção do gol;
c) Sobrepor à regra anterior o foco de ficarem com a posse da bola na maior parte de tempo possível, mesmo que - para atingir este fim - a equipe, às vezes, não vá em direção ao gol (no movimento espírita, seus dirigentes e trabalhadores, às vezes, precisam saber dar um passo atrás, para terem impulso para seguirem em frente).
Comparativamente aos três pontos de sustentação do Barcelona, as instituições e o movimento espíritas poderiam ter como seu mais importante pilar sustentarem-se em três pontos:
1º. - Regra fundamental: O espírito de equipe precisa sobrepor ao individualismo;
2º. - A equipe de líderes da instituição precisa ter o firme foco de criar oportunidades para – através de constante diálogo entre seus integrantes – gerarem contínuas oportunidades com os focos a seguir:
Melhorar a qualidade do relacionamento entre trabalhadores e freqüentadores da instituição espírita;
Melhorar a qualidade do trabalho voluntário a favor do próximo;
Criar projetos consistentes e contínuos para divulgar o Espiritismo aos não espíritas;
Trabalhar a união dos espíritas;
Criar estrutura administrativa e financeira que permita às instituições espíritas não se colocarem como "pedintes", mas, sim, como "ofertantes".
3º. - Em momentos das naturais falhas de planejamento ou ações, a instituição espírita precisa aprender a retroceder. Consciente de que - às vezes - dar um passo atrás é sinal de sabedoria. Pois, assim como um corredor de maratona tem no seu pé de trás a base da impulsão; na instituição espírita, "o consciente passo para trás" pode recriar o impulso do crescimento e do desenvolvimento.
APRENDENDO COM O BARCELONA – II
MAIS IMPORTANTE DO QUE DAR PASSOS RÁPIDOS É DAR PASSOS CERTOS
Diferentemente da maioria dos times de futebol ao bater o escanteio, o jogador do Barcelona não envia a bola num único chute para a área do adversário, que é o procedimento tradicional e comum, além de ser o mais rápido. Descobriram que a jogada torna-se mais efetiva quando o jogador rola a bola para um companheiro que está bem próximo dele na zona do escanteio em vez de enviá-la para a área com um único chute e, eventualmente, ela cair no pé de um dos adversários. Então, sem pressa, um pequeno grupo de jogadores mantém – através de passes contínuos – o domínio da bola até, estrategicamente, aproximarem-se da área do adversário e chutá-la na direção do gol.
No clássico livro A Quinta Disciplina, Editora Best Seller, seu autor, Peter Senge, preconiza que uma das leis da Visão Sistêmica é "Mais rápido significa mais devagar". Com exemplos pertinentes, ele mostra no livro que ao executarmos algo com pressa, geralmente, temos que refazer o trabalho. Portanto, ao adotar o padrão comportamental exposto no item I, anterior a este, faça-o devagar. Cada vez mais, o mundo corporativo e não corporativo toma ciência dessa realidade: quando se trata de mudança comportamental, a melhor metodologia é evitar dar passos apressados. Aja como o Barcelona, não perca o foco, mas dê passos planejados e bem conscientes.
Atenção: como não há regra sem exceção, de quando em quando se questione: "Onde eu preciso dar passos rápidos?", "Onde eu necessito ir devagar?". Geralmente, precisamos ser rápidos na definição de estratégias e na aplicação das mesmas. Mas devagar, ao trabalharmos a mudança comportamental do outro, pois não obstante o necessário esforço para o outro subir degraus na questão comportamental, cada pessoa é dona da sua vontade. Mudemos nós mesmos, e trabalhemos para a mudança do outro, sabendo que às vezes a pessoa não quer mudar. No Barcelona o profissional que não quer mudar para melhor, deixa de fazer parte do time. No meio espírita, o trabalhador ou freqüentador que for resistente à mudança comportamental pode até ser enviado para outro grupo de trabalho, mas nunca expulso da instituição espírita.
Vimos que mudanças comportamentais rápidas, geralmente não são mudanças efetivas. No entanto - reforçando o já dito – precisamos sempre nos questionar: "Onde eu preciso dar passos rápidos" e "Onde eu necessito ir devagar". Exemplificando: é fato de que o time Barcelona, quando na zona do escanteio, não envia a bola para a área com um único chute (o que seria mais rápido, mas ela poderia cair no pé do adversário). A estratégia que adotam é – como já visto - um grupo de 3, 4 ou 5 jogadores manterem o domínio da bola e caminharem em direção ao gol (procedimento este menos rápido do que se chutassem diretamente ao gol). Mas, uma das importantes questões para caminharem segura e lentamente é a estratégia adotada por eles: o grupo de jogadores caminha mais lentamente do que se passassem a bola diretamente para o gol a partir da zona do escanteio, no entanto - para manterem a bola com eles - há uma estratégia modelar: os passes "entre eles" são rápidos! Pense nisto!
No trabalho no meio espírita evite a procrastinação, vulgarmente batizada de "enrolação". Dê passos rápidos, mas consciente da forma e da direção destes passos.
APRENDENDO COM O BARCELONA – III
A VERDADEIRA GENIALIDADE SUSTENTA-SE NA SIMPLICIDADE
No padrão de comportamento a ser adotado, tenha como ponto forte a simplicidade. Sobre a forma dos seus jogadores atuarem, assim falou o técnico Guardiola do Barcelona: (*)"Eles trocam passes e se associam através da bola para criar chances de gol. É simples."
Quando Gardiola se referiu ao estilo de jogo por ele implantado, vimos que ele comentou: "é simples". E de fato é simples. No entanto, alguém já disse que "difícil é fazer o simples". Pois para o Barcelona chegar à genial simplicidade no toque de bola, certamente, houve muito treinamento, muita resistência dos envolvidos, muita persistência do técnico, muitos erros de ambos (jogadores e técnico).
Parte considerável das instituições espíritas, por não adotarem a cultura da simplicidade, esmera-se em elaborar teses e procedimentos administrativos (que às vezes são tecnicamente necessários), sem, no entanto, investirem no essencial: o estímulo à boa convivência. Algo simples na forma, mas que pode tornar-se complexo se os líderes, em vez de terem domínio sobre o ego, serem por ele dominados. Não veja aqui, caro leitor, nenhuma crítica ao ego, mas, sim, uma referencia ao fato de que se não o dominarmos, sem percebermos, ele nos comanda causando "improdutivos conflitos".
Instituições espíritas onde a boa convivência entre os seus trabalhadores e freqüentadores seja um dos seus focos mais fortes, podem ser comparadas ao Barcelona (obviamente no quesito "eficiência administrativa"). Nesse caso, certamente, os "conflitos" não deixarão de estarem presentes, pois, na convivência humana, os conflitos são naturais e saudáveis, desde que estejam sustentados no campo das ideias, e não, como já comentado, sob comando do ego.
APRENDENDO COM O BARCELONA – IV
SINTETIZE OS PRINCIPIOS, A MISSÃO E A CULTURA DA INSTITUIÇÃO ESPÍRITA
Traduza o padrão de comportamento adotado pela instituição em um pequeno texto que sintetize os princípios, a missão e a cultura da instituição espírita. Texto esse focado em atitudes. Por exemplo: "Nossa instituição espírita sustenta-se em dois pilares:
I) Excelência e aprimoramento contínuo da qualidade do foco-base de nossa instituição que é: fazer o Espiritismo revelar-se em cada trabalhador, em cada freqüentador. Isto é trabalhar o "Espiritismo de dentro", não o Espiritismo de aparências;
II) Reconhecimento e respeito a tudo que nos envolve e nos sustenta: os conceitos doutrinários, o intercâmbio com o mundo espiritual, o intercambio com o mundo material, a melhoria contínua do trabalho interno e externo, a sustentação financeira, os trabalhadores voluntários, os funcionários, os freqüentadores, o meio ambiente e as ações no campo da responsabilidade social.
APRENDENDO COM O BARCELONA – V
FORME EQUIPES, MAS VALORIZE OS INDIVÍDUOS QUE AS ESTRUTURAM
Valorize de forma incomum a competência individual a serviço do desenvolvimento contínuo do trabalho em equipe. Em outras palavras, o trabalho em equipe precisa ser o foco principal, tendo como uma de suas mais importantes bases o estímulo ao contínuo desenvolvimento da competência individual. No Barcelona, o espírito de equipe salta aos nossos olhos, mas não há equipe no mundo que não seja formada por indivíduos. Reforçando, não há equipe genial que mereça essa denominação sem o estímulo contínuo ao desenvolvimento dos indivíduos que a forma.
APRENDENDO COM O BARCELONA – VI
NO CAMPO COMPORTAMENTAL, MINISTRE TREINAMENTOS AOS SEUS COLABORADORES
A formação dos trabalhadores da instituição precisa ser uma meta sempre perseguida. Contínuos treinamentos internos, que enxerguem no trabalhador espírita um ser humano que merece respeito e afeto, é a melhor maneira de criar uma cultura perene que seja, na instituição, um dos seus pontos mais fortes. Este é o momento das instituições espíritas investirem em treinamento do seu pessoal, por exemplo formar trabalhadores voluntários em cursos pertinentes. Disse o técnico do Barcelona: "Nós formamos nossos jogadores" (*). "Do time titular que começou jogando contra o Santos, apenas os laterais Daniel Alves e Abidal não foram formados pela equipe." (*)
APRENDENDO COM O BARCELONA – VII
CONSCIENTIZE-SE DE QUE NADA HÁ TÃO GRANDE QUANTO A HUMILDADE
Adote a humildade como padrão de comportamento. O técnico do Barcelona, campeão mundial do ano de 2011, tem consciência de que essa conquista os colocaram como o melhor time do mundo, mas seu comentário - após terem vencido o campeonato - exala simplicidade e humildade: "Tomara que, com o tempo, possamos ser incluídos como um dos grandes da história do futebol, como o Santos de Pelé e outras tantas equipes." (*). Falsa humildade? Não. Bom senso. Quem está em primeiro lugar não precisa declarar sua posição, ela é referendada pelas suas conquistas e visualizada pelos seus concorrentes.
A SEGUIR, COMPLEMENTANDO E CONCLUINDO...
A instituição espírita que procurar adotar os sete procedimentos citados conseguirá maior sucesso neste intento, se observar e cumprir com as etapas a seguir:
a) Tenha por princípio partir da cultura atual da instituição alterando-a devagar, paulatinamente e persistentemente, tendo consciência de que cultura não se muda por decreto ou por vontade superior, mas, sim, de maneira estratégica. Por exemplo, formando pequenos grupos que tenham o foco de, paulatinamente, multiplicar na instituição "a vontade de efetivar a mudança".
b) Trabalhe em seu pessoal de apoio as naturais resistências às mudanças, pois faz parte da natureza humana a resistência ao novo. É primordial a conscientização dessa realidade por quem esteja a frente do projeto de mudança, pois, se assim agirmos, alteraremos o conceito: de "este meu pessoal é complicado" para "este meu pessoal é como eu, resistente à mudança".
c) Ao iniciar o processo de adoção dos sete procedimentos, evite a discussão entre os integrantes, pois na discussão o emocional prevalece, e quando isso ocorre, a razão não encontra morada. Também evite o debate. O debate é bem-vindo onde naturalmente há adversários, por exemplo: no meio político (quando em épocas de eleições) e no meio jurídico. Mas, numa instituição espírita, o debate não é bem vindo, principalmente pelo fato de criar adversários. Haja vista que, debatendo, teremos vencedores e perdedores, sendo que estes últimos trabalharão contra, para que um dia possam mostrar ao outro que eles – os vencedores dos debates - estavam errados.
d) Evitando a discussão e o debate, adote na instituição a Cultura do Diálogo, pois, no diálogo, não há pessoas perdedoras ou ganhadoras, e sim, ideias vencedoras.
Adotando os procedimentos sugeridos neste texto, para a instituição espírita chegar a ser modelar será apenas uma questão de tempo. Ou se preferir, caro leitor, de persistência, pois 100% dos projetos, planos ou idéias vencedoras são frutos da persistência!
Obs.: Os comentários deste artigo, com asteriscos, foram extraídos do jornal O Estado de São Paulo, edição 19 de dezembro de 2011.
Currículo do autor: Alkindar de Oliveira, Palestrante, Escritor e Consultor de Empresas radicado em São Paulo-SP, profere palestras e ministra treinamentos comportamentais em todo o Brasil. Juntamente com sua equipe de consultores, tem seu foco de atuação em diversas áreas de treinamento, como VISÃO SISTÊMICA, CULTURA DO DIÁLOGO, ORATÓRIA, LIDERANÇA, COACHING, RELACIONAMENTO, MOTIVAÇÃO, COMUNICAÇÃO ESCRITA, COMUNICAÇÃO VERBAL, CRIATIVIDADE, HUMANIZAÇÃO DO AMBIENTE EMPRESARIAL, VENDAS, FINANÇAS, EFICAZ COMUNICAÇÃO INTERNA, NEGOCIAÇÃO, PRODUÇÃO/CHÃO DE FÁBRICA, ETC.
Suas teses e artigos estão expostos em renomados veículos de comunicação, como: as revistas Você S/A e Bons Fluidos, da Editora Abril; revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, Editora Globo; revista "Venda Mais", Editora Quantum; e os jornais Valor Econômico, O Estado de São Paulo e Jornal do Brasil, etc.
É autor dos seguintes livros:
- O PODER DO DIÁLOGO, Editora Planeta/Academia
- DESENVOLVIMENTO ESPÍRITA, Editora Truffa
- APRIMORAMENTO ESPÍRITA, Editora Truffa
- DIALOGANDO, Editora Leon Denis (co-autoria com Cezar Braga Said)
- LIDERANÇA SAUDÁVEL, Editora Planeta
- O ESPÍRITA DO SÉCULO XXI, Editora EBM
- TORNE POSSÍVEL O IMPOSSÍVEL, Editora Butterfly
- VIVER BEM É SIMPLES, NÓS É QUE COMPLICAMOS, Editora Didier
- ESPIRITUALIDADE NA EMPRESA, Editora Butterfly
Há vários anos ministro seminários espíritas em diversas regiões do país. De poucos anos para cá percebo um fato extremamente marcante: as instituições espíritas estão vivenciando, ou procurando vivenciar, um favorável processo de mudança. Em todos os níveis.
Este produtivo processo está presente desde a Casa Máter, Federação Espírita Brasileira, às demais entidades federativas estaduais, quanto às instituições representativas regionais, os Centros Espíritas e as entidades espíritas especializadas de âmbito nacional. Vê-se com muita freqüência que, na ocorrência de debates intelectuais entre espíritas, agora se procura inserir a fraternidade. Estamos descobrindo que a fraternidade está acima dos princípios religiosos, o que em outras palavras significa: criarmos conflitos por questões religiosas é não entendermos o significado da religiosidade. Estamos descobrindo que Jesus prefere ver-nos fraternos, sem uma religião específica, do que religiosos, mas sem fraternidade.
Acredito que um dos pontos fundamentais desta bem vinda mudança em nosso meio são as atitudes da atual presidência e diretoria da FEB, que têm o caráter desenvolvimentista e são adeptos de que, seguindo Kardec, haja liberdade de ação em cada Centro ou Instituição Espírita.
Aliás acredito que a atual diretoria da FEB percebeu que a demanda por mudanças surgiu da base. Isto é, a demanda surgiu a partir da insatisfação dos freqüentadores dos Centros Espíritas. E felizmente percebe-se, pelas atitudes tomadas, que a FEB se atualiza em termos de estilo de liderança. O estilo antigo, de instituição responsável por gerar regras e procedimentos, atualiza-se para o novo modelo de liderança, a de apoiadora de novas idéias e projetos que, preferencialmente, venham dos próprios Centros Espíritas. Não é mais “façam isto”, mas, sim, “façam o que julgarem ser melhor para o Centro Espírita, tomando o especial cuidado de manter os princípios doutrinários”.
Descobre-se, finalmente, que as instituições espíritas não necessitam de tutores, mas, sim, pedem apoio e união. Descobre-se também que as instituições representativas não são o fundamento do movimento espírita, mas, sim, os Centros Espíritas é que são determinantes na formação do homem de bem. Perde a FEB por esse novo estilo de liderança? Muito pelo contrário, ganha muito. E pela atitude moderna, sobe num honroso patamar, pois o verdadeiro líder é aquele que serve. E isto a FEB está descobrindo. Descobre-se finalmente que o novo estilo de liderança não é mais daquele líder que vai à frente, mas, sim daquele que vai atrás, apoiando e incentivando o espírito de equipe.
O que se vê hoje, reforço, é que o discurso sobre fraternidade está finalmente tendendo a tornar-se prática e vivência. Mas, não nos iludamos, ainda há muito por fazer. Existem segmentos paralisados, ricos no discurso e pobres na prática.
Percebe-se que estamos simplesmente no alvorecer das atitudes fraternas, pois, elas ainda não são, em grande parte, fato consolidado. Mas, a beleza deste momento é que o processo de mudança teve início!
Um dos objetivos deste artigo, além de refletirmos sobre este especial momento pelo qual passamos, é também o de fazer um “balanço” entre nossas atitudes de espíritas e as atitudes de outras religiões, que em pontos fundamentais, estão sendo mais atuantes do que nós. Portanto a questão é: neste momento de mudanças que já estão ocorrendo em nosso meio, por que não exercitarmos a humildade e aprendermos com as outras religiões no que estão fazendo de bom e de correto?
Por sermos adeptos de uma Doutrina abrangente (imagine, o Espiritismo reúne em seus fundamentos a filosofia, a ciência, a religião!!!), repito, por sermos adeptos de uma Doutrina abrangente, muitos de nós nos acostumamos a valorizar o “prédio”, sem construirmos o “alicerce”. Ficamos numa agradável zona de conforto (agradável, até certo tempo).
Valorizamos a beleza do “prédio” (o Espiritismo); admiramos sua arquitetura bem elaborada, encostamo-nos em suas fortes paredes, mas nem sempre adotamos os procedimentos ou não utilizamo-nos das ferramentas que facilitam o aflorar de nossa essência divina, que é o objetivo máximo do Espiritismo. Em outras palavras, é o seu “alicerce”. Reforça este parecer, Allan Kardec, no Livros dos Médiuns, capítulo XXVI, item 292, questão 22: “Não olvideis que o objetivo essencial, exclusivo do Espiritismo, é vosso adiantamento”.
A verdade é que, em relação ao Espiritismo, muitas vezes agimos como crianças numa festa, nos lambuzamos com o bolo. Mas não nos alimentamos direito. Creio que aprender com outras religiões, no que estão fazendo de correto em relação ao “alicerce”, é um salutar e necessário procedimento. E este é o propósito principal deste artigo.
Bob Buford, adepto da religião protestante, é um dos mais importantes empresários dos Estados Unidos. Por circunstâncias da vida, num dado momento passou a direção de sua empresa a profissionais do mercado, e tomou um caminho que lhe fazia mais sentido: o caminho da espiritualização. Nesse meio tempo escreveu o livro A Arte de Virar o Jogo no Segundo Tempo da Vida, Editora Mundo Cristão. Nesse livro ele narra a sua trajetória.
Toda a mensagem do livro tem por base uma metáfora inteligente, simples e prática. Ele diz que nossa vida pode ser comparada a um jogo de futebol: tem o primeiro tempo, o intervalo e o segundo tempo. O primeiro tempo é quando temos como foco o sucesso; o intervalo é quando passamos a refletir mais profundamente sobre o que estamos fazendo de nossa vida; o segundo tempo é quando substituímos o sucesso (do primeiro tempo) pelo significado.
Explica o autor que não necessariamente o segundo tempo se faz presente numa idade mais avançada, tanto é que ele próprio escolheu entrar no segundo tempo quando tinha 35 anos de idade.
Importante: o autor, pela sua excelente condição financeira, teve e tem a condição de dedicar-se quase que integralmente a causas religiosas. No entanto, ele explica no livro o óbvio: para bem atuarmos no segundo tempo não precisamos abandonar o nosso trabalho, aliás, nossa atividade profissional pode ser um dos mais importantes palcos da nossa atuação.
Para aprendermos com o autor, adepto do protestantismo (repito), transcrevo a seguir parte do capítulo 16 do referido livro, que – pelo seu conteúdo – é leitura recomendável (basta dizer que a apresentação do livro é de Peter Drucker). Veremos como nos Estados Unidos algumas religiões estão adotando modernos treinamentos para a liderança religiosa e para o voluntariado, que podem nos levar a motivação para construirmos em nosso movimento espírita estruturas educacionais mais condizentes com a grandeza do Espiritismo. Não que já não estejamos caminhando nesta direção, mas, com as atitudes que iremos ler a seguir, é bem provável que cheguemos à conclusão de que - em relação a ao fato de ofertar treinamentos aos espíritas - muitos de nós não estamos sabendo bem aproveitar da riqueza espiritual que o Espiritismo nos proporciona. Mas, ainda está em tempo!
Palavras de Bob Buford:
“O nosso Senhor nos ensinou a sermos como crianças (despreocupadas), a evitarmos as preocupações excessivas (evitar o controle por parte de demandas e posses) e não deixar que sejamos controlados por muitos mestres. E na carta que Paulo escreveu à igreja de Roma, o apóstolo explica a importância de controlar a vida interior para ter uma vida cheia de satisfação: „Os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz‟. (Romanos 8:5, 6). A ironia é que a Igreja se tornou um desses mestres que fazem com que muitos dos que estão no primeiro tempo se sintam desesperadamente escravizados. A alegria que deveria resultar de servir aos outros em nome de Cristo está ausente, porque a maior parte daquilo que fazemos em prol da igreja é feito por obrigação. E isso acontece porque no primeiro tempo nós ainda não descobrimos quem somos, que é que realmente gostamos de fazer e como até as tarefas mais desagradáveis podem ser experiências libertadoras e gratificantes quando se desprendem da essência do nosso ser. Para a maioria das pessoas, o trabalho na igreja não é um sorvete com cobertura de chocolate, e sim os brócolis e espinafre que mamãe as obrigava a comer quando eram crianças.
Quando tiver descoberto a missão da vida, você estará numa posição muito melhor para retomar o controle sobre seus esforços de boa vontade no ministério da fé. Ao invés de se alastrar relutantemente até mais um „final de semana de testemunho‟, por exemplo, terá a liberdade de preferir deixar que a luz da sua fé brilhe naturalmente enquanto você joga bridge toda noite de segunda-feira com os colegas de trabalho. Assim, terá retomado o controle de maneira a juntar o seu desejo de servir a Deus, a sua paixão por um jogo de baralho e a sua demanda de desfrutar uma atividade de lazer com pessoas afins.
É alentador ver como algumas igrejas estão se tornando adeptas a combinarem a paixão com o talento. Robert Bellah, co-autor do livro de sucesso Habits of the heart (Hábitos do coração), caracteriza esta capacidade como uma função para „instituições de mediação‟. Muitas igrejas estão criando posições de „diretores de recursos de voluntariado‟ ou estabelecendo „equipes de ligação‟ para ajudar as pessoas a descobrirem como aplicar o melhor de si à tarefa de fortalecer o ministério da fé através da igreja. Por exemplo, aqui em Dallas, a igreja presbiteriana de Park City lançou mão recentemente do que eles chamam de Programa de Ligação, que já criou mais de 2500 oportunidades de serviços distintos.
A igreja comunitária de Willow Creek, na região metropolitana de Chigaco, desenvolveu um programa chamado Network [rede] (hoje usado por muitas igrejas em todo o país), para ajudar as pessoas a enxergarem a sua configuração individual, visando colocá-las em tarefas adequadas de trabalho voluntário.
A igreja comunitária de Saddleback Valley, em Mission Vielo, Califórnia, ajuda as pessoas a encontrarem sua SHAPE [perfil] (iniciais inglesas das palavras descritas a seguir): Dons espirituais („Spiritual gifts‟); Coração, paixões („Heart, passions‟); Habilidades („Abilities‟); Personalidade („Personality‟); Experiência, know-how („Experience, know how‟)
Para que os cristãos que estão no segundo tempo consigam reais avanços em termos de concretizarem as suas missões de vida, muitas igrejas mais deverão adotar esta abordagem para envolver pessoas. O meu ministério de fé, Leadership Network, tem uma unidade de pessoas que trabalham para criar a Rede de Treinamento em Liderança, um programa que realiza treinamentos de cinco dias para diretores de recursos de voluntariados em igrejas”.
Caro leitor, pelas palavras de Bob Buford, que transcrevi, fica claro que o movimento protestante nos Estados Unidos está sabendo bem enfatizar o treinamento dos seus líderes e dos freqüentadores de seus templos. Por que não aprendermos com eles quaisquer que sejam as nossas crenças?
Por que não criarmos em nossas comunidades espíritas treinamentos contínuos de liderança? Por que não criarmos Centros de Projetos de Voluntariado? E trazendo estas reflexões para nosso campo íntimo, por que, como Bob Buford, não acreditarmos que viver religiosamente é adotar atitudes construtivas também fora do templo religioso, por exemplo, num descontraído e saudável encontro de lazer com amigos?
Currículo do autor: Alkindar de Oliveira, Palestrante, Escritor e Consultor de Empresas radicado em São Paulo-SP, profere palestras e ministra treinamentos comportamentais em todo o Brasil. Juntamente com sua equipe de consultores, tem seu foco de atuação em diversas áreas de treinamento, como VISÃO SISTÊMICA, CULTURA DO DIÁLOGO, ORATÓRIA, LIDERANÇA, COACHING, RELACIONAMENTO, MOTIVAÇÃO, COMUNICAÇÃO ESCRITA, COMUNICAÇÃO VERBAL, CRIATIVIDADE, HUMANIZAÇÃO DO AMBIENTE EMPRESARIAL, VENDAS, FINANÇAS, EFICAZ COMUNICAÇÃO INTERNA, NEGOCIAÇÃO, PRODUÇÃO/CHÃO DE FÁBRICA, ETC.
Suas teses e artigos estão expostos em renomados veículos de comunicação, como: as revistas Você S/A e Bons Fluidos, da Editora Abril; revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, Editora Globo; revista "Venda Mais", Editora Quantum; e os jornais Valor Econômico, O Estado de São Paulo e Jornal do Brasil, etc.
É autor dos seguintes livros:
- O PODER DO DIÁLOGO, Editora Planeta/Academia
- DESENVOLVIMENTO ESPÍRITA, Editora Truffa
- APRIMORAMENTO ESPÍRITA, Editora Truffa
- DIALOGANDO, Editora Leon Denis (co-autoria com Cezar Braga Said)
- LIDERANÇA SAUDÁVEL, Editora Planeta
- O ESPÍRITA DO SÉCULO XXI, Editora EBM
- TORNE POSSÍVEL O IMPOSSÍVEL, Editora Butterfly
- VIVER BEM É SIMPLES, NÓS É QUE COMPLICAMOS, Editora Didier
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Uma nova geração está chegando com muita força no meio empresarial e religioso. É conhecida como Geração Y. E ao contrário do que muitos líderes empresariais e religiosos pensam, não são irresponsáveis, são, sim, questionadores. Não aceitam a liderança imposta, aceitam a liderança conquistada. Não trabalham para fazer carreira numa empresa e ali trabalhar por toda a vida, mas, sim, trabalham para fazerem algo com sentido num ambiente prazeroso e crescerem profissionalmente de forma rápida. Se não encontram estas circunstancias na empresa em que trabalham, demitem-se, procuram novas empresas. Os jovens desta geração têm muita pressa. Por isto são tachados de inconstantes e irresponsáveis. Benditas inconstância e irresponsabilidade. Ricardo Khauaja, Diretor de Recursos Humanos da Whirpool Latin America diz que “para os mais antigos, a velocidade da Geração Y é estímulo para sair da zona de conforto”.
A empresa que não propicia bom ambiente vê jovens rebeldes e “mal educados”. E realmente assim podem ser taxados, pois esta nova geração não é composta de anjos. São pessoas que tendem ao bem, o que já significa um grande progresso para a humanidade, mas não necessariamente são pessoas boas. Têm – como todos nós – o seu lado mal, pois a dualidade está presente em todas as pessoas. Como a psicologia explica, somos bons e maus, humildes e orgulhosos, democráticos e autocráticos. Nós somos nós e nossas circunstâncias. Isto é, há circunstâncias específicas que nos estimulam a colocar em ação nosso “lado” bom e outras circunstâncias que nos induzem a agirmos com a força no nosso lado mau. Então, como somos nós e nossas circunstâncias, num ambiente ruim, materialista, o “pior” desta nova geração irá sobressair.
Mas se a empresa propicia um ambiente prazeroso, de desafios, de respeito ao próximo, de respeito aos funcionários, aos clientes, à comunidade e ao meio ambiente, irá perceber que irá aflorar o que há de melhor neste jovem da nova geração. E a empresa muito irá ganhar com isto. Pois esta nova geração é muito especial, haja vista – como já foi dito - que nela prepondera o bem. E, para o bem da humanidade, a ética tem um valor especial para a Geração Y.
Eline Kulloc, Presidente do Grupo Foco reforça que “é uma geração com elevada autoestima, ensinada a ser independente e a ter pressa, o que explica a irritação que sentem quando não promovidos a gestores em dois anos. (...) Para as empresas, o ideal é mesclar as gerações, entendendo suas diferenças de forma a promover um dialogo produtivo.” Em outras palavras, a geração anterior e a nova têm ambas a aprender uma com a outra. O imediatismo da geração nova deve ser somado ao planejamento rigoroso da geração anterior, o que paradoxalmente irá gerar projetos melhor elaborados, implicando na adoção de passos “certos”, que são mais importantes do que passos “rápidos”, o que resultará em benefícios em prazos mais curtos.
A antropóloga Regina Novaes, do Ibase, retrata com fidelidade a característica desta nova geração (jornal Estado de São Paulo de 14 de junho de 2009), disse ela: “A visão negativa da juventude, retratada como irresponsável, é ultrapassada. O reconhecimento dos jovens sobre o que é importante, como a dificuldade de acesso ao trabalho, o ensino e a violência, impressiona”.
Somente o diálogo entre as gerações fará com que o mundo corporativo e institucional bem aproveite do que há de bom na geração nova e também na geração mandante.
Enquanto isto, no campo da espiritualidade um novo desafio surge às religiões não-reencarnacionistas. Os jovens da nova geração são na grande maioria adeptos da tese reencarnacionista. Já nasceram com esta convicção. Esta crença não é produto do ensino familiar ou educacional. É conseqüência apenas do raciocínio lógico da nova geração. Pesquisa presente na revista Época (Editora Globo), de 15 de junho de 2009, constata esta realidade, de cada 10 jovens praticamente 7 acreditam na reencarnação, ou, mais precisamente, a pesquisa informa que 67% dos jovens acreditam na reencarnação. No entanto, num paradoxo incrível, quase 100% dos jovens, para ser mais exato, 97%, adotam religiões não-reencarnacionistas!
Reforçando, são reencarnacionistas, mas freqüentam religiões que não tem esta visão! Esta constatação leva-nos a duas reflexões: a) As religiões não-reencarnacionistas precisam aprender com o raciocínio lógico dos jovens, e adotarem a reencarnação como um fato incontestável. Ou perderão seus fiéis da nova geração.
b) O Espiritismo, e também outras doutrinas reencarnacionistas, precisam se aproximar das doutrinas não-reencarnacionistas para levarem a elas – com humildade e respeito – a realidade das vidas sucessivas, pois o “campo está aberto”.
Na condição de espírita, questionemo-nos: qual deverá ser nossa estratégia para num processo urgente e contínuo, cooperarmos com as demais religiões em relação à tese reencarnacionista? Allan Kardec, o codificador do Espiritismo, afirmou que as religiões irão mudar pela base. Por exemplo, no catolicismo não será o Papa que irá decretar esta realidade reencarnacionista, mas, sim, os padres de cada paróquia, bem como no protestantismo os pastores protestantes, tenderão a aceitar esta tese pela pressão dos seus adeptos. A pressão da mudança virá de “baixo” para “cima”. Fazendo com que um dia os líderes maiorais não tenham como fugir da realidade reencarnacionista.
Cabe-nos, portanto, enquanto espíritas, nos aproximarmos da base das religiões, por exemplo, presenteando padres e pastores com os livros kardequianos, caso tenhamos liberdade para este tipo de atitude, sem ferir o direito de opção do outro. Além do que é fundamental que nesta nossa atitude estejam presentes a fraternidade, a humildade e o profundo respeito à crença alheia.
A seguir exponho informações que estão no meu livro Aprimoramento Espírita (Editora Truffa), que dão base à tese deste artigo.
O Espiritismo não será a religião do futuro, mas nós espíritas acreditamos que seus princípios relacionados com as leis naturais, como reencarnação e comunicabilidade com os espíritos, passarão a fazer parte da crença das demais religiões. Não vemos esta ocorrência futura como um conquista dos espíritas, mas, sim, como a oportunidade da consagração do necessário, porque não dizer imprescindível, exercício do ecumenismo.
Como em todas as religiões a mediunidade está presente, chegará o dia em que as religiões irão abrir os olhos em relação ao útil conteúdo filosófico e científico da Doutrina Espírita. Irão descobrir o quanto poderão enriquecer o aspecto mediúnico presente em cada crença religiosa, com o conhecimento que o Espiritismo dispõe nesta área.
O Catolicismo continuará existindo. O Protestantismo e outras religiões continuarão existindo. No entanto, o Espiritismo, que também continuará existindo, irá contribuir com as religiões, em geral, no seu aspecto científico e filosófico. Na era do papa João Paulo II muitos padres católicos tomaram a iniciativa de estudar o Espiritismo. De forma ainda velada, é verdade. Mas já está se tornando lugar comum o estudo do Espiritismo no meio católico. Um dos fatores que muito ajudou na quebra deste paradigma foi a visão inovadora do falecido papa católico.
Vimos, por exemplo, o papa João Paulo II, dizer de forma clara e inequívoca sobre a importância da pesquisa e do estudo: “Vejo a filosofia como o caminho para conhecer verdades fundamentais sobre a existência do homem, indispensável para aprofundar a inteligência da fé. Meu pensamento vai para as terras do oriente, ricas de tradições religiosas e filosóficas muito antigas, em particular Índia, China, Japão e outros países da Ásia e da África.” Neste comentário percebe-se como o sábio papa diplomaticamente propôs aos católicos a pesquisarem os costumes de áreas geográficas do mundo onde a reencarnação é aceita. Foi apenas um acaso?
Quando, com muita sabedora e profunda humildade, o então líder dos católicos incitou-os a conhecerem outras faces da verdade, sinto-me a vontade para dizer que um dia o Espiritismo, nas suas faces filosófica e científica, será estudado pelas religiões que queiram dar um embasamento forte aos seus princípios.
A seguir algumas informações que são transcrições de fatos e não de suposições:
Você sabia que um dos melhores livros sobre o assunto reencarnação foi escrito por um católico: A Reencarnação Segundo a Bíblia e a Ciência, Editora Martin Claret, José Reis Chaves. Vale a pena lê-lo.
Você sabia que, dentre tantas, duas grandes autoridades espiritualistas do mundo moderno, Dalai Lama e o médico indiano Deepak Chopra, são adeptos da tese reencarnacionista? (Veja o livro Como Conhecer Deus, Editora Rocco, Deepak Chopra).
Você sabia que a tese reencarnacionista tem o respaldo de sábios antigos e da ciência dos nossos tempos? Alguns deles: Pitágoras, Buda, Sócrates, Platão, Orígenes, Santo Agostinho, Ramakrishma, Giordano Bruno, Maomé, Gandhi, Alfred Russel Wallace, Espinosa, Flamarion, Kardec, Brian Weis, Chico Xavier. Você sabia que até o ano de 553 a tese reencarnacionista era plenamente aceita por todos os cristãos?
Você sabia que o motivo da tese reencarnacionista ter sido banida no polêmico Concílio de Constantinopla II (ano 553) deveu-se ao fato de o Papa ter imaginado que poderia usar melhor da sua autoridade se a crença de uma única existência imperasse? Como poderiam considerarem-no infalível, se ele ainda teria pela frente novas reencarnações para aperfeiçoar-se?
Você sabia que pesquisa da extinta TV Manchete concluiu que a maioria dos católicos crê na reencarnação?
Você sabia que nos Estados Unidos – um país de protestantes – 60% dos seus habitantes crêem na reencarnação? Certa vez um líder protestante confidenciou a um amigo meu “Estou vendo que vou ter que estudar o Espiritismo”. Meu amigo disse “Então fale isto aos fiéis de sua igreja!”. A resposta rápida foi “Deus me livre! Até agora disse que Espiritismo era coisa de demônio!”. Ainda nem tanto como os católicos, mas os protestantes também estão começando a estudar o Espiritismo. Você sabia que em uma das mais importantes cidades do Estado de São Paulo há um grupo de católicos carismáticos estudando o Livro dos Médiuns (livro espírita que explica os mecanismos da mediunidade) e, pasme, com concordância (velada) do padre que os dirige?
Você sabia que, segundo pesquisa do Jornal Folha de São Paulo, o Espiritismo, ao contrário do que muitos imaginam, é dentre todas as religiões a que tem praticantes com melhor nível cultural? Caro leitor, não veja nessa informação sinal de prepotência de minha parte. Veja-a apenas como uma confirmação de que pessoas que estudam e tem o hábito da leitura passam a compreender que o Espiritismo não é o que a maioria dos brasileiros imagina.
Caro(a) leitor(a) não-espírita, se tiver interesse em conhecer o Espiritismo, sugiro começar pelo O Livro dos Espíritos, que é um livro de perguntas e respostas, e o Evangelho Segundo o Espiritismo, ambos de Allan Kardec. Se optar por estas leituras, não deixe de ler a Introdução dos mesmos. Mas você não precisará deixar a sua religião, se ela estiver lhe satisfazendo.
Currículo do autor: Alkindar de Oliveira, Palestrante, Escritor e Consultor de Empresas radicado em São Paulo-SP, profere palestras e ministra treinamentos comportamentais em todo o Brasil. Juntamente com sua equipe de consultores, tem seu foco de atuação em diversas áreas de treinamento, como VISÃO SISTÊMICA, CULTURA DO DIÁLOGO, ORATÓRIA, LIDERANÇA, COACHING, RELACIONAMENTO, MOTIVAÇÃO, COMUNICAÇÃO ESCRITA, COMUNICAÇÃO VERBAL, CRIATIVIDADE, HUMANIZAÇÃO DO AMBIENTE EMPRESARIAL, VENDAS, FINANÇAS, EFICAZ COMUNICAÇÃO INTERNA, NEGOCIAÇÃO, PRODUÇÃO/CHÃO DE FÁBRICA, ETC.
Suas teses e artigos estão expostos em renomados veículos de comunicação, como: as revistas Você S/A e Bons Fluidos, da Editora Abril; revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, Editora Globo; revista "Venda Mais", Editora Quantum; e os jornais Valor Econômico, O Estado de São Paulo e Jornal do Brasil, etc.
É autor dos seguintes livros:
- O PODER DO DIÁLOGO, Editora Planeta/Academia
- DESENVOLVIMENTO ESPÍRITA, Editora Truffa
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- LIDERANÇA SAUDÁVEL, Editora Planeta
- O ESPÍRITA DO SÉCULO XXI, Editora EBM
- TORNE POSSÍVEL O IMPOSSÍVEL, Editora Butterfly
- VIVER BEM É SIMPLES, NÓS É QUE COMPLICAMOS, Editora Didier
- ESPIRITUALIDADE NA EMPRESA, Editora Butterfly
Em evento espírita que ocorre mensalmente, tendo como instrutor o especial educador "espírito Carlos" (assim o denominamos), nós, os participantes, ouvimos dele - constantemente - que somos espíritos infantilizados. O querido espírito Carlos consegue com mestria unir o amor com ensinamentos diretos que às vezes ferem nossa sensibilidade, mas muito nos educam. Quando dele ouvi - pela primeira vez - que somos espíritos infantilizados, não gostei. Mas com o tempo descobri que sou - somos - pois você leitor também o é, espírito infantilizado. Há mais de uma década esse querido espírito e benfeitor bate nesta tecla. Coincidentemente, relendo o excelente livro RELEMBRANDO A VERDADE (Editora IDE, espírito Públio, psicografia de André Luiz Ruiz), deparei-me no capítulo 5 com a mesma citada expressão: "somos espíritos infantilizados".
Veja só, a mesma informação, agora vinda por meio de outro médium e de outro espírito. Como o auto-conhecimento é o primeiro passo da nossa evolução e como geralmente não nos conhecemos, para fins de melhor nos conhecermos, exponho a seguir parte do citado capítulo.
Antes de entrar no assunto propriamente dito, é importante reforçar que realmente não nós conhecemos, por exemplo:
a) Se somos inflexíveis e mal educados em atitudes que ferem os outros deixando- os nervosos e descontrolados, afirmamos que para malhar o ferro é preciso deixá-lo em brasa;
b) Se somos orgulhosos, afirmamos que sabemos reconhecer o nosso valor, etc., etc.
É fato: não nos conhecemos. Nosso cônjuge e nossos filhos são quem melhor nos conhece. A seguir teremos informações que nos ajudarão a irmos na direção do nosso auto-conhecimento.
"(...) Considerada a mãe Terra como o ponto de passagem da infância bisonha para a adolescência da inteligência, podemos afirmar que nós, que estamos estagiando no orbe, somos espíritos infantilizados pelo pouco conhecimento e pelo pouco domínio de nossas próprias forças. Da mesma maneira que o conhecido pré-primário é uma etapa inicial na longa trajetória da escola, a Terra se destina, na ordem dos mundos, a esse patamar básico para que, nas suas experiências, os espíritos despertem para realidades primordiais.
As crianças que começam a freqüentar as aulas do primário em um estabelecimento de ensino terreno, vêm de um período pré-escolar onde não tinham compromisso com nada. Eram bebês dengosos, sem noções mais profundas de disciplina.
Ao ingressar na rotina escolar, a criança é obrigada a acordar cedo, a vestir seu uniforme, a preparar sua bolsa, a cuidar de suas coisas num ambiente onde não estará protegida pelos pais. Terá que enfrentar situações que, antes, deixaria que os genitores resolvessem no lugar dela. Natural que o acomodado ser infantil reclame dessa modificação de procedimentos e se queixe de ir à escola, principalmente no começo da experiência pedagógica.
(...)
Por enquanto a Terra é a classe da balbúrdia e das rebeldes crianças bagunceiras.
No entanto, nela aprenderemos lições importantes como:
Cuidar do nosso uniforme, que é o nosso corpo físico;
Nos levantarmos da inércia, para atender as necessidades materiais e alimentares;
Nos virarmos sozinhos, deixando no mundo invisível os amigos que nos apóiam e nos estimulam;
Temos que dividir a carteira com os outros, que são os irmãos da jornada humana;
Temos que chegar no horário da aula, aprendendo a regular nossas rotinas de espírito, disciplinando nosso voluntarismo;
Temos que organizar nossos cadernos, desenvolvendo a noção de ordem na essência de nossos espíritos;
Temos lição de casa para fazer, desenvolvendo a idéia do esforço e do estudo para a cristalização do aprendizado;
Temos que enfrentar opiniões diferentes das nossas, aprendendo a superar diferenças e conciliá-las sem brigas;
Temos a figura do professor, que é o porto seguro para nossa ignorância.
Todavia, acima e além de disso tudo que aprendemos, desenvolvemos na classe primária da Terra a noção de responsabilidade pessoal e de autoridade moral, quando identificamos que, acima do professor bom e generoso, que nós não acatamos nem obedecemos como deveríamos, na escola existe... a Diretoria.
Na Terra temos o pré-primário no qual desenvolvemos as noções importantes para a alma a fim de que, nos mundos melhores, depois de termos assimilados as importantes lições que nos orientam os passos iniciais, passemos a colaborar mais e melhor com os professores, a respeitá-los e admirá-los, ao mesmo tempo em que paremos de ter medo do Diretor, nos esforçando para sermos seus fiéis e devotados servidores, a benefício do bem-estar e do equilíbrio de toda a escola do Universo que Ele criou e dirige."
Currículo do autor: Alkindar de Oliveira, Palestrante, Escritor e Consultor de Empresas radicado em São Paulo-SP, profere palestras e ministra treinamentos comportamentais em todo o Brasil. Juntamente com sua equipe de consultores, tem seu foco de atuação em diversas áreas de treinamento, como VISÃO SISTÊMICA, CULTURA DO DIÁLOGO, ORATÓRIA, LIDERANÇA, COACHING, RELACIONAMENTO, MOTIVAÇÃO, COMUNICAÇÃO ESCRITA, COMUNICAÇÃO VERBAL, CRIATIVIDADE, HUMANIZAÇÃO DO AMBIENTE EMPRESARIAL, VENDAS, FINANÇAS, EFICAZ COMUNICAÇÃO INTERNA, NEGOCIAÇÃO, PRODUÇÃO/CHÃO DE FÁBRICA, ETC.
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- ESPIRITUALIDADE NA EMPRESA, Editora Butterfly
I) Eu, a partir desta data, entendo cada vez mais que se Kardec, homem de visão que era, colocou a tolerância como um dos pilares do tripé da sustentação e do crescimento do movimento espírita (relembrando: trabalho, solidariedade e tolerância), é porque ela – a tolerância – é o calcanhar de Aquiles da união.
II) Eu, a partir desta data, passo a entender cada vez mais o real significado da palavra tolerância, que conforme o dicionário Larousse é a “disposição de admitir, nos outros, modos de pensar, de agir e de sentir diferentes dos nossos”. Saberei, nos momentos de indecisão, fazer a seguinte pergunta a mim mesmo: “Estou admitindo, nos outros, modos de pensar, de agir e de sentir diferentes dos meus?”.
III) Eu, a partir desta data, passo a entender que a minha tolerância se faz necessária junto aos diferentes, isto é, junto àqueles que não comungam com os meus modos de pensar, agir e sentir, pois a lógica me diz que, junto aos que pensam como eu penso, agem como eu ajo ou sentem o que eu sinto, a tolerância é totalmente desnecessária.
IV) Eu, a partir desta data, passo a conscientizar-me que a única forma de iniciar o processo de união do movimento espírita é valorizar a união pelas diferenças, pois unir semelhantes é fácil e natural. Além do que, com este atual comportamento, formaremos castas, facções, e nunca teremos união. O desafio é unir os dirigentes que, não obstante sejam todos espíritas, tenham divergências de opiniões e ações.
V) Eu, a partir desta data, passo a ter a convicção de que se eu não começar por unir-me aos diferentes não estarei contribuindo com a união e a unificação do movimento espírita. Creio ainda que a “unificação” precisa ser vista como unificação de sentimentos, e não de instituições.
VI) Eu, a partir desta data, passo a compreender cada vez mais que se Jesus aceita-me e ama-me como eu sou, com todas as minhas vacilações, tenho que – no mínimo - aceitar o outro como é. Tenho consciência de que tenho o direito de discordar das ações do próximo, mas tenho o dever de aceitá-lo. E também sei que esta eventual discordância não necessariamente deverá ser objeto do nosso diálogo, a não ser que o outro tome esta iniciativa. Mas mesmo nesta circunstância, colocarei sempre a fraternidade em primeiro plano.
VII) Eu, a partir desta data, não confundirei meu conceito de pureza doutrinária com as atitudes eventualmente não adequadas de irmãos dirigentes de outros Centros Espíritas. Passo cada vez mais a ter a convicção de que a Doutrina Espírita tem sua pureza exposta nos livros de Alan Kardec e em outros livros célebres, e que não me cabe exigir a mesma pureza dos homens que dirigem os Centros Espíritas.
VIII) Eu a partir desta data passo a exercitar a alteridade, que é definida como o estabelecimento de uma relação de paz com os diferentes; a capacidade de conviver bem com a diferença da qual o outro é portador.
IX) Eu a partir desta data passo a ter consciência de que unir aos diferentes pode gerar-me, no início, uma grande contrariedade interior, pois terei que mudar meus paradigmas. E é sempre um grande desafio mudar paradigmas.
X) Por fim, melhor compreenderei que enquanto eu tiver a união como foco inicial, ela não ocorrerá. Pois, a união espírita é natural conseqüência de dois pré-requisitos:
a) Ser tolerante com quem não tenho afinidade ou não comungo do mesmo pensamento e atitudes;
b) A prática de projetos comuns – e conjuntos - entre as casas espíritas. Por exemplo: divulgação espírita; vivência do ecumenismo; atividades assistenciais/promocionais. Tendo os procedimentos “a” e “b”, logo acima, a união naturalmente se estabelecerá, o que faz deduzir-me que a união no meio espírita começa em mim, isto é, na minha mudança de pensamentos e de atitudes.
Currículo do autor: Alkindar de Oliveira, Palestrante, Escritor e Consultor de Empresas radicado em São Paulo-SP, profere palestras e ministra treinamentos comportamentais em todo o Brasil. Juntamente com sua equipe de consultores, tem seu foco de atuação em diversas áreas de treinamento, como VISÃO SISTÊMICA, CULTURA DO DIÁLOGO, ORATÓRIA, LIDERANÇA, COACHING, RELACIONAMENTO, MOTIVAÇÃO, COMUNICAÇÃO ESCRITA, COMUNICAÇÃO VERBAL, CRIATIVIDADE, HUMANIZAÇÃO DO AMBIENTE EMPRESARIAL, VENDAS, FINANÇAS, EFICAZ COMUNICAÇÃO INTERNA, NEGOCIAÇÃO, PRODUÇÃO/CHÃO DE FÁBRICA, ETC.
Suas teses e artigos estão expostos em renomados veículos de comunicação, como: as revistas Você S/A e Bons Fluidos, da Editora Abril; revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, Editora Globo; revista "Venda Mais", Editora Quantum; e os jornais Valor Econômico, O Estado de São Paulo e Jornal do Brasil, etc.
É autor dos seguintes livros:
- O PODER DO DIÁLOGO, Editora Planeta/Academia
- DESENVOLVIMENTO ESPÍRITA, Editora Truffa
- APRIMORAMENTO ESPÍRITA, Editora Truffa
- DIALOGANDO, Editora Leon Denis (co-autoria com Cezar Braga Said)
- LIDERANÇA SAUDÁVEL, Editora Planeta
- O ESPÍRITA DO SÉCULO XXI, Editora EBM
- TORNE POSSÍVEL O IMPOSSÍVEL, Editora Butterfly
- VIVER BEM É SIMPLES, NÓS É QUE COMPLICAMOS, Editora Didier
- ESPIRITUALIDADE NA EMPRESA, Editora Butterfly
As técnicas retóricas são essenciais ao orador espírita. Elas colocam ordem nas frases. Fazem com que a fala do orador seja agradável aos ouvidos. No entanto, as técnicas retóricas, por melhor que sejam, não necessariamente são persuasivas. Isto é, não necessariamente, mesmo usando-as corretamente, o orador conseguirá atingir seu objetivo.
Não obstante sejam importantíssimas, as técnicas retóricas alcançam, em termos de força de comunicação, não mais do que 20% do resultado final. Ao iniciante no assunto oratória, esclareço que as técnicas retóricas são várias, mas a principal é aquela que orienta que a seqüencia da fala precisa ter três partes, a saber:
Introdução: A parte em que você utiliza de algum recurso para captar a atenção do público, por exemplo, contando uma história que tenha relação com o tema;
Assunto Central: A parte em que você expõe o assunto propriamente dito, com argumentações e fatos persuasivos;
Conclusão: A parte em que você termina sua fala com uma frase forte, objetiva e, como não poderia deixar de ser, efetivamente conclusiva.
Muitos oradores acreditam que, se bem aplicarem as técnicas retóricas, suas falas serão brilhantes e persuasivas. E aí está o grande engano. A eloqüência é o fator fundamental.
Eloqüência, o fator fundamental.
A probabilidade de conseguir efetivos resultados aumenta consideravelmente se o fator fundamental se fizer presente na comunicação com o público. Este fator é a eloqüência. Em termos de força de comunicação, as técnicas retóricas, conforme já comentado, alcançam não mais do que 20%. A eloqüência completa os 100%.
Isto é, atinge a grande marca dos 80%.
O orador espírita necessariamente precisa ser eloqüente.
O bom comunicador se preocupa – acertadamente – em utilizar de técnicas retóricas para conseguir atingir seus objetivos. No entanto, quantos utilizam corretamente das técnicas retóricas e não motivam o público a agir de acordo com os seus propósitos? Na verdade, há pouca valia em utilizar-se das mais eficientes técnicas retóricas se a eloqüência não se fizer presente. Uma boa comunicação, sem eloqüência, nada mais é do que uma fala agradável de ouvir. Mas, resultados?... Aí já são outros quinhentos.
Mas o que é eloqüência ou: o que é ser eloqüente?
De forma simples e direta, ser eloqüente é conseguir resultados positivos através da comunicação.
Dá trabalho ser eloqüente. Exige disciplina, mudança de atitudes e persistências nessas novas atitudes. Mas, se o orador espírita seguir e cumprir com os procedimentos abaixo comentados, e persistir nessas novas atitudes, fácil será ser eloqüente, pois a eloqüência passará a ser um novo e produtivo hábito.
Como ser eloqüente?
Como pré-requisito é preciso que o comunicador tenha desenvolvido habilidades na arte do uso de técnicas retóricas. E como requisito, deve o orador utilizar-se dos seis procedimentos ou fatores a seguir.
I- Conhecimento
O primeiro fator da eloqüência é o conhecimento do tema. O orador precisa conhecer o tema mais do que o público o conhece. Falar com conhecimento de causa é não ser preciso “procurar” palavras: estas espontaneamente irão surgir.
II- SOS
O segundo fator é o que denomino de SOS: Sentir – Olhar – Sorrir. É preciso falar com sentimento (nada de passar um relato frio, sem vida), é preciso olhar nos olhos dos ouvintes e é preciso falar esboçando um leve sorriso. Sobre o olhar nos olhos, o orador que se comunica visualmente com o ouvinte (olhando nos olhos) tem de imediato quatro principais vantagens: valoriza o público, tem condições de se sentir a receptividade de sua fala, sua naturalidade fica evidente e as palavras vestem suas idéias com grande facilidade.
A pessoa que, na comunicação, utiliza desses três procedimentos (que formam a sigla SOS) passa ao interlocutor simpatia e confiança, que são duas qualidades imprescindíveis à boa comunicação.
Vale a pena insistir na importância força do sentimento, na força da emoção. Posso dizer, sem medo de errar, que falar com emoção é a regra básica da boa comunicação. Sentir o que está dizendo faz sua mensagem ser transmitida por todos os poros do seu corpo. Colocando sentimento sua fala será muito mais expressiva, uma vez que naturalmente a emoção faz aflorar a necessária gesticulação, além de melhorar o ritmo da voz. Ingredientes estes que dão colorido à fala.
Os gestos expressivos, conseqüência do sentimento colocado pelo orador, dão vida à fala, impõem sua presença, estimulam o surgimento de frases fortes, cativam o público. Nesse caso, acompanha a boa gesticulação também a boa expressividade fisionômica, que é uma das melhores maneiras de passar para o público sua sinceridade, convicção e emoção.
O ritmo da voz, também conseqüência do sentimento colocado pelo orador, entretêm e comove o ouvinte. (Ritmo da voz é o conjunto das alternâncias da intensidade e da velocidade e a correta utilização das pausas).
III-Construção e seqüencia de frases
O terceiro fator é a construção e seqüência de frases. O bom comunicador precisa criar algumas frases que bem reafirmem as partes de sua oratória, que valorizem suas argumentações e que sejam estimuladoras. A boa construção das frases e a adequada seqüência das mesmas, propiciam o necessário diferencial qualitativo.
IV-Objetividade
O quarto fator é a objetividade. O bom comunicador pode até ter curtas falas paralelas ao tema, para deixar a comunicação mais leve e natural. Mas o que o público mais quer, é o uso da objetividade. O ouvinte ali está para ser bem informado. E a boa informação só ocorre se a objetividade se fizer presente.
V-Concisão
O quinto fator é a concisão. Ser conciso é falar o necessário e o suficiente. O contrário de ser conciso é ser prolixo, isto é, aquela pessoa que fala demais, que não sabe a hora de parar. O ouvinte quer concisão, pois ela – a concisão – ajuda sobremaneira na retenção do que está sendo passado.
O orador conciso, isto é, aquele que fala apenas o necessário e o suficiente, não cansa o público, portanto, o orador conciso colhe com maior facilidade os frutos da boa retórica.
VI-Empatia
O sexto e último fator é a empatia. Esta é a qualidade das qualidades. Se a seqüência desses fatores determinasse a importância de cada um deles, a empatia figuraria em primeiro lugar. Empatia é a capacidade que todo comunicador tem (ou deve desenvolver) de colocar-se no lugar do ouvinte. Você não fala para paredes ou cadeiras. Você fala para seres pensantes, divagadores por natureza. Se o ouvinte não se interessar pelo assunto aí sim você passará a falar para paredes ou cadeiras. Essa qualidade deve estar presente no bom comunicador. Isto é, é preciso ser empático, o que significa ter a preocupação de, ao transmitir sua mensagem, colocar-se no lugar do outro, saber como e o quê o outro gostaria de ouvir.
Utilizando desses seis fatores você será um orador eloqüente, o que, com certeza, irá ao encontro dos objetivos dos mentores espirituais preocupados com a qualidade da divulgação da Doutrina Espírita.
Faça seu próprio teste: Sou um orador eloquente?
1) Preparo-me adequadamente, para bem dominar e conhecer o tema?
[ ] SIM [ ] NÃO
2) Coloco sentimento na fala, para que a expressividade (voz, gestos, postura) possa aparecer?
[ ] SIM [ ] NÃO
3) Saio do lugar comum, construindo boas frases e colocando-as na seqüência ideal?
[ ] SIM [ ] NÃO
4) Falo de maneiro objetiva, fazendo com que, ao final da fala, o público não tenha dúvida sobre qual foi o tema básico desenvolvido?
[ ] SIM [ ] NÃO
5) Sou conciso, isto é, evito a prolixidade (o falar além do necessário)?
[ ] SIM [ ] NÃO
6) Utilizo da empatia, isto é, coloco-me no lugar do público?
[ ] SIM [ ] NÃO
Se todas as respostas forem “SIM”, parabéns! Você é um orador eloqüente.
Currículo do autor: Alkindar de Oliveira, Palestrante, Escritor e Consultor de Empresas radicado em São Paulo-SP, profere palestras e ministra treinamentos comportamentais em todo o Brasil. Juntamente com sua equipe de consultores, tem seu foco de atuação em diversas áreas de treinamento, como VISÃO SISTÊMICA, CULTURA DO DIÁLOGO, ORATÓRIA, LIDERANÇA, COACHING, RELACIONAMENTO, MOTIVAÇÃO, COMUNICAÇÃO ESCRITA, COMUNICAÇÃO VERBAL, CRIATIVIDADE, HUMANIZAÇÃO DO AMBIENTE EMPRESARIAL, VENDAS, FINANÇAS, EFICAZ COMUNICAÇÃO INTERNA, NEGOCIAÇÃO, PRODUÇÃO/CHÃO DE FÁBRICA, ETC.
Suas teses e artigos estão expostos em renomados veículos de comunicação, como: as revistas Você S/A e Bons Fluidos, da Editora Abril; revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, Editora Globo; revista "Venda Mais", Editora Quantum; e os jornais Valor Econômico, O Estado de São Paulo e Jornal do Brasil, etc.
É autor dos seguintes livros:
- O PODER DO DIÁLOGO, Editora Planeta/Academia
- DESENVOLVIMENTO ESPÍRITA, Editora Truffa
- APRIMORAMENTO ESPÍRITA, Editora Truffa
- DIALOGANDO, Editora Leon Denis (co-autoria com Cezar Braga Said)
- LIDERANÇA SAUDÁVEL, Editora Planeta
- O ESPÍRITA DO SÉCULO XXI, Editora EBM
- TORNE POSSÍVEL O IMPOSSÍVEL, Editora Butterfly
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Linguagem: Maneira particular de se exprimir de um grupo, julgada em relação à uma norma , à forma ou ao sentido. Dicionário Larousse
O título desse texto, aliado à estrita definição da palavra linguagem, logo acima, podem levar-nos a um equívoco: a de julgar que seja lícito exigir padrões de comportamento e de linguagem aos seguidores da Doutrina Espírita. Exigir, nunca.
Haja vista que o mal mais fácil de ser alastrado em qualquer grupo, por mais sério que seja este, é a institucionalização de normas, que se tem o seu parcial mérito, tem também o grande demérito de burocratizar o que não deve e não pode ser burocratizado: o trato com a alma.
Sobretudo, respeitemos o livre-arbítrio. Também afastemo-nos, com todas as nossas forças, da descabida vestimenta de defensores da pureza doutrinária nos outros.
Defendamos, sim, a pureza Doutrinária em nós, através do empenho em aplicarmos os conceitos espíritas. Que nunca esqueçamos que a melhor forma de educarmos – ou deseducarmos - o próximo é o exemplo de nossa conduta.
Percebe-se que infelizmente o Movimento Espírita está em parte burocratizado. A institucionalidade é uma realidade. Em determinadas instituições representativas o culto ao externo prevalece ao interno. O personalismo é um fato.
Felizmente chegou a hora da Transformação do Movimento Espírita. Atenção: as afirmações desse parágrafo não são minhas, são do Dr. Bezerra de Menezes. Portanto, para não burocratizarmos ainda mais o Movimento Espírita, as idéias abaixo jamais podem ser confundidas com exigências.
Devemos vê-las no campo de sugestões. Não de exigências.
1) Sobre o atual personalismo no movimento espírita.
O personalismo é uma das mais fortes manifestações negativas do ego. Ouvi certa vez de um budista que quando não estamos bem com os outros é o ego manifestando-se.
Disse ele que o ego é irreal, não existe. É como a escuridão, só existe na ausência da luz. Quando bem nos conhecermos, quando a luz divina for nossa manifestação natural, o ego não terá espaço para manifestar-se. Sobre o personalismo no movimento espírita, diz o Dr. Bezerra de Menezes:
* “Ninguém pode vendar os olhos a título de caridade, porque deliberadamente o apego institucional marcou esse segundo período de nossas lides, em muitas ocasiões, com enfermiças atitudes de desamor como forte influência atávica de milenares vivências. Isso era previsível e, por fim, repetimos velhos erros religiosos... (...) Há de se ter em conta que nos referimos ao institucionalismo como grilhão pertinente a todos nós, sem jamais vinculá-la a essa ou àquela entidade organizativa em particular, porque semelhante marca de nosso psiquismo, por muito tempo ainda, criará reflexos indesejáveis na obra do bem.
O institucionalismo é fruto da ação dos homens; ele em si não é o nosso adversário maior e sim os excessos que o tornam nocivo.”
2) Sobre a importância do afeto.
Grande parte dos Centros Espíritas não demonstram alegria e entusiasmo em receberem novas pessoas. Sabemos que é significativo o número de pessoas que chegam ao Centro Espírita pela DOR, isto é, em momentos em que estão fragilizadas e carentes. Por isto necessitam sentirem-se acolhidas. Acolhidas com o real afeto, afeto verdadeiro.
Receberem um "Seja bem vindo" dito com um sorriso no rosto é muito importante. Na saída do passe sentirem a energia positiva de frases como: "Vá, com Deus" é estimulante.
3) Sobre as orações de abertura das atividades espíritas.
Nas orações iniciais ou finais de um evento espírita, temos por hábito começar dizendo: “Neste instante deixemos os nossos problemas fora deste ambiente...”. Por que deixarmos nossos problemas fora do ambiente espírita? Por que exigir que aquela pessoa que chegou com um grande problema tenha ela a força para esquece-lo imediatamente, mesmo que seja de forma momentânea?
Se o ambiente espírita é apropriado para orientar, consolar e encaminhar, por que não adotarmos uma outra maneira de iniciar nossa orações? Poderíamos, por exemplo, adotar essa forma:
“Irmão amigo, se você tiver algum problema que o atormente, vivencie-o em sua mente. Traga-o para este ambiente. Sinta como ele lhe faz mal. Perceba como ele lhe prejudica. Agora, lembre-se de Jesus, o Mestre que disse ‘Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida’. Lembre-se de que nosso Mestre por nada nos censura, que Deus, nosso Pai, nos aceita como somos, com todos os nossos acertos e com todos nossos erros. Repita mentalmente, irmão amigo, as palavras que vem a seguir. Repita-as com muita emoção, pois quando colocamos emoção no pensamento mais facilmente abrimos o canal da oração. Fale mentalmente como se Jesus estivesse à sua frente, pois que de fato Ele está:
‘Jesus Mestre querido, tu que disseste Não Temas Eu Estou Contigo, dê-me forças para que eu também possa estar contigo. Sei que estás sempre próximo, mas sei que tenho que fazer minha parte, caminhando em sua direção. Dê-me forças para que eu possa ir ao seu encontro e que essa oração inspire-me para que eu encontre a melhor maneira de resolver esse problema que tanto me atormenta.’
Agora, ainda mentalizando Jesus, continuemos nossa oração, agradecendo por tudo de bom que Jesus e os bons amigos nos propiciam...” (a partir desse momento o orador profere as mais apropriadas palavras de ânimo e agradecimento para a ocasião e circunstância).
Um dos motivos de pedir ao irmão que lembre-se do seu problema, em vez de esquecê-lo, é que a psicologia afirma que só vencemos um problema vivenciando-o. Por exemplo, quem tem medo de falar em público (e a maioria das pessoas o têm) só irá dominar esse medo começando a falar em público. Desta forma, esquecer dos nossos problemas – no momento inicial da oração – parece ser uma forma inadequada de enfrentar a questão de frente.
4) Sobre os textos de divulgação distribuídos nas entradas dos Centros Espíritas.
Há panfletos de divulgação de nossa Doutrina, geralmente distribuídos na porta de entrada, que traz as seguintes informações:
“Espiritismo, a terceira revelação.”;
“A Doutrina que responde aos questionamentos fundamentais do ser humano.” Etc..
Expressões como as acima não são necessariamente atraentes para quem visita um Centro Espírita pela primeira vez. Elas passam uma imagem de prepotência, de ares de superioridade. A linguagem que atrai o visitante é aquela em que, mais do que valorizar o Espiritismo, valoriza-se a grata presença dele no recinto. É o necessário afeto inicial.
5) Sobre o pedido feito aos freqüentadores dos Centros Espíritas: “Nosso Centro Espírita está precisando de trabalhadores voluntários.”
Muito mais produtivo do que divulgar “Nosso Centro Espírita está precisando de trabalhadores voluntários.” é mudar para “Nosso Centro Espírita, através da oferta do trabalho voluntário, está propiciando oportunidades a quem procura um sentido para a vida.” O que, além de ser um comunicado mais atrativo, traduz a mais pura realidade e tira do Centro Espírita a imagem de “pedinte”, substituindo-a pela imagem de “ofertante”.
6) Sobre a linguagem utilizada em entrevistas em rádio, jornal e TV.
“Conhecereis os meus discípulos por muito se amarem.” Tem sido comum nas entrevistas de confrades espíritas, os mesmos colocarem ênfase nas questões científicas e filosóficas de nossa Doutrina, em detrimento ao aspecto religioso da mesma. Se Jesus, na frase acima, evidenciou a importância do amor, é porque os aspectos amoroso, religioso e transcendental mais nos aproximam de Deus.
Os espíritas, sem ser regra geral, são conhecidos por serem pessoas boas e caridosas. No entanto, quando entrevistados, projetam a imagem de pessoas que mais valorizam o conhecimento do que o amor ao próximo.
Discute-se a reencarnação, o intercâmbio com o mundo espiritual, mas, muitas vezes, nas entrevistas, não são abordados a importância do afeto, o fato de que somos todos irmãos, o fato de que todas as religiões têm sua importância e valor, etc..
O “amai-vos e instrui-vos” do Espírito Verdade, foi por muitos de nós simplificado para “instrui-vos”. Chegada é a hora de do retorno ao original “amai-vos e instrui-vos”.
Para que estejamos em sintonia com a mensagem de Cristo, importante é, nas entrevistas em rádio, jornal e televisão:
a) Ser sobretudo amável;
b) Ser humilde, sem ser submisso;
c) Mencionar sempre o nome de Jesus. Pois, muitos não espíritas consideram-nos não cristãos, e surpreendem- se quanto mencionamos o nome do Mestre;
d) Respeitar as instituições em geral. Pois, respeitando a religião alheia, abrimos portas para que a nossa também seja respeitada;
e) Ser sincero, sem ofender;
f) Ser objetivo, sem ser agressivo;
7) Sobre a afirmação “o serviço de unificação é urgente, porém, não apressado”.
Dr. Bezerra de Menezes, autor da frase em destaque, logo acima, esclarece-nos como podemos estar interpretando- a de forma muito equivocada. Vamos ao seu pronunciamento:
* “Afirmamos outrora que o serviço da unificação é urgente, porém, não apressado. Verificamos no tempo que alguns corações sinceros e leais, entretanto, sem larga vivência espiritual, inspirados em nossa fala, elegeram a lentidão em nome da prudência e a acomodação passou a chamar-se zelo, cadenciando o ritmo das realizações necessárias ao talante de propósitos personalistas na esfera das responsabilidades comunitárias. O receio da delegação, a pretexto de ordem e vigilância, escondeu propósitos hegemônicos em corações desavisados, conquanto amantes do Espiritismo. Em verdade, a tarefa é urgente, não apressada, mas exige ousadia e dinamismo sacrificial para encetar as mudanças imperiosas no atendimento dos reclames da hora presente, e o hábito de esperar a hora ideal converteu-se, muita vez, em medida emperrante.”
[Tolerância: o pilar da união e da unificação do movimento espírita]
INTRODUÇÃO
Lembra-se daquele samba antigo que dizia: “O que dá prá rir dá prá chorar, depende só de peso e medida”? Pois é, cabe-nos a sensatez de, para o bem da unificação, entendermos que existem argumentações para todos os gostos. Em outras palavras, existem muitas faces da verdade. Por exemplo, é possível encontrar dezenas de argumentações a favor do bingo no meio espírita (para fins beneficentes) e dezenas de argumentações contrárias; é possível encontrar dezenas de argumentações a favor da oferta de cerveja em festas espíritas beneficentes e dezenas de argumentações contrárias. E – incrível - todos argumentam com uma lógica surpreendente!!!
Participando de seminário com o orador Divaldo Pereira Franco, ouvi dele o seguinte comentário: “A Doutrina Espírita não precisa de defensores. Se ela é uma doutrina pura, ela é inatacável”. Essa inteligente afirmação levou-me às seguintes reflexões: Jesus precisa de defensores?
Os ensinamentos de Jesus precisam de defensores? Todos nós sabemos que a resposta a cada uma das perguntas acima é a mesma: não. Jesus e seus ensinamentos não precisam de defensores. Ambos falam por si.
Se assim é, por que a Terceira Revelação, por que o espírito Consolador, isto é, por que o Espiritismo precisaria de defensores? E o que fazemos nas discussões no meio espírita quando surgem temas polêmicos? Geralmente procuramos defender a pureza doutrinária do Espiritismo.
Conscientizemo-nos: Nossa Doutrina não precisa de defensores, precisa sim - e muito - de trabalhadores e de divulgadores que procurem vivenciá-la.
Sejamos sensatos. Insistir em ser dono da verdade é gerar uma discussão inútil, improdutiva e, principalmente, prejudicial à causa da unificação. Cabe-nos respeitar as opiniões contrárias. Respeitar não necessariamente significa concordar, mas, sim, aceitar um ponto de vista que nos é contrário. Esse procedimento, isto é, o procedimento de aceitar um ponto de vista de outra pessoa, mesmo não concordando com o seu teor, chama-se (todos nós sabemos) tolerância. E vale a pena repetir o real significado da palavra tolerância, que, conforme o dicionário Larousse, é a “disposição de admitir, nos outros, modos de pensar, de agir e de sentir diferentes dos nossos”.
Allan Kardec e a convivência em grupo
“Se um grupo quiser estar em condições de ordem, de tranqüilidade, é preciso que nele reine um sentimento fraterno. Todo grupo ou sociedade que se formar sem ter por base a caridade efetiva não terá vitalidade; enquanto que os que se formarem segundo o verdadeiro espírito da doutrina olhar-se-ão como membros de uma mesma família que, não podendo viver todos sob o mesmo teto, moram em lugares diversos”. Revista Espírita de 1862- p.34
Allan Kardec e o verdadeiro espírita
“Tendo por objetivo a melhora dos homens, o Espiritismo não vem procurar os perfeitos, mas os que se esforçam em o ser, pondo em prática os ensinos dos espíritos. O verdadeiro espírita não é o que alcançou a meta, mas o que seriamente quer atingi-la”. Revista Espírita de 1861- p.394
Como era Allan Kardec
“A tolerância absoluta era a regra de Allan Kardec. Seus amigos, seus discípulos pertencem a todas as religiões: israelitas, maometanos, católicos e protestantes das mais diferentes seitas; pertencem a todas as classes: ricos, pobres, cientistas, livres-pensadores, artistas e operários, artistas e operários, etc”. Comentário de E. Muller, contemporâneo e amigo de Kardec.
PLANO DE AÇÃO PESSOAL DO DIRIGENTE ESPÍRITA
OBJETIVO: O EXERCÍCIO DA TOLERÂNCIA.
MINHAS NOVAS ATITUDES:
I) VISITAS MENSAIS A OUTROS CENTROS ESPÍRITAS
Além de continuar visitando os dirigentes espíritas que tenho afinidade, irei visitar mensalmente pelo menos um colega (também dirigente espírita) que tenha como característica adotar ações e/ou ter opiniões sobre as quais eu discordo.
Objetivos dessa visita: exercitar a tolerância e procurar criar um vínculo de amizade, que é o primeiro passo para tornar realidade a união entre nós espíritas.
Nesses contatos terei o especial cuidado de nunca me colocar como dono da verdade e, se houver resistência à minha visita, irei vê- la como algo absolutamente natural. Pois é próprio da natureza humana oferecer resistência ao novo.
Saberei que é a persistência nas visitas, aliada ao meu procedimento amigável (sem críticas e sem qualquer cobrança), que irão fortalecer a convivência. No entanto, se mesmo persistindo nas visitas amigáveis a resistência continuar existindo, saberei que é melhor recolher-me, e por um período não mais insistir na visita.
[É importante procurar fazer desses encontros uma rotina. Se houver abertura, é conveniente entregar cópia da DECÁLOGO DA UNIÃO NO MEIO ESPÍRITA (presente no artigo 24). Nas visitas deve-se evitar discutir sobre suas diferenças. É fundamental procurar ressaltar e valorizar as semelhanças. É importante que na conversa fique explicito que o unificação no Espiritismo só irá ocorrer se os dirigentes espíritas valorizarem suas semelhanças e mutuamente respeitarem suas diferenças.]
II) ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE AÇÃO CONJUNTO
Depois de algumas reuniões com o colega dirigente espírita, procurarei transformar esses encontros em ações concretas. Discutirei com ele um plano onde poderíamos atuar juntos. Por exemplo, na divulgação do espiritismo, no exercício do ecumenismo ou em qualquer outro objetivo sobre o qual pensemos da mesma maneira. Em relação aos temas que não concordamos não vou estabelecer planos de ação conjunta.
[Terei a convicção de que somente diálogos e reuniões não irão muito ajudar na unificação. É preciso que eu e os outros dirigentes tenhamos planos concretos de ação conjunta.]
III) RESPEITO ÀS REGRAS DE BOA CONVIVÊNCIA
Eu, no encontro que terei com os dirigentes espíritas que pensam e agem de forma diferente às minhas convicções, respeitarei as seguintes regras:
a) Serei um bom ouvinte;
b) Valorizarei o trabalho do colega, elogiando-o no que merece ser elogiado;
c) Não farei comentários sobre o que considero ser os seus erros;
d) Não me comportarei como dono da verdade;
e) Entenderei que cada dirigente, que cada Centro Espírita, está num determinado estágio evolutivo e respeitarei esse estágio; f) Reforçarei nossas semelhanças;
[Nestes encontros com dirigentes que agem de forma contrária às minhas convicções, tomarei o especial cuidado de nunca orientá-los sobre normas de conduta, exceto se houver esta solicitação por parte deles. Mas mesmo nesta circunstância, colocarei a fraternidade em primeiro plano.]
IV) MINHAS CRENÇAS:
a) Eu, a partir desta data, tenho consciência de que nem todos os meus encontros serão produtivos e, que será natural alguns colegas dirigentes resistirem a essa aproximação. Aceitarei isso como um fato absolutamente natural. Se Jesus em pouco mais de 2.000 anos não conseguiu ainda o seu intento, como eu, em uma existência, poderei conseguir 100% de bons resultados?
b) Eu, a partir desta data, passo a ter a convicção de que nós espíritas devemos funcionar como um time. Sei que num time de futebol existem 11 indivíduos diferentes: um nervoso, outro paciente, outro exaltado, outro muito educado, outro sem moral, outro com boa moral, outro bruto, mas todos vestindo a mesma camisa, aceitando as diferenças individuais e procurando alcançar o mesmo objetivo. Portanto, terei a convicção de que todo time é formado por pessoas diferentes que abraçam a mesma causa, vestem a mesma camisa. E assim deve ser o movimento espírita. Só alcançaremos a meta do Espiritismo, se deixarmos de ser meio time de um lado e meio time do outro lado. Temos que, com nossas semelhanças e nossas diferenças, fazer parte de um só time.
c) Eu, ao final de cada ano, contabilizarei as adesões que consegui. Se de 10 tentativas eu conseguir 3 bons resultados, terei o seguinte pensamento: “Se não tivesse tomado a iniciativa de aplicar este Plano de Ação não teria 3 novos adeptos à essa causa da união. Teria zero! Portanto, não tive 7 insucessos, mas sim 3 sucessos”.
Dentre várias cidades que caminham nessa bendita direção, tive a feliz oportunidade de conhecer uma delas que é um caso exemplar de união entre espíritas. Um modelo a ser seguido. O objetivo principal deste texto é aproveitar da experiência desse grupo de casas espíritas que se uniu, para passar ao leitor os procedimentos que foram adotados para que tal evento ocorresse. Mas antes de falar sobre estes procedimentos vejamos algumas considerações.
POR QUE A UNIÃO ENTRE AS CASAS ESPÍRITAS É NECESSÁRIA?
Sem nunca nos esquecermos de que n’O Livro dos Médiuns (cap. XXVI, item 292, questão 22), Kardec nos esclarece de que o objetivo essencial e exclusivo do Espiritismo é nosso particular desenvolvimento espiritual, por outro lado o próprio mestre de Lion reforça que o Espiritismo tem como um dos seus mais importantes objetivos cooperar na formação de uma nova sociedade terrena. Em sintonia com esta abrangente proposta, é vital que façamos um questionamento a nós mesmos: Como ajudar na formação de uma nova sociedade, se uma de nossas marcantes e inadequadas características é falarmos somente para nós mesmos?
Reflitamos:
Fora do nosso meio, somos atuantes na divulgação espírita?
Temos programas de TV nos principais canais abertos do país?
Temos programas de Rádio nas principais emissoras comerciais?
Vê-se hoje colunas espíritas nos jornais de maior divulgação do país?
Sabemos que as respostas às questões acima não são alentadoras. No entanto, as reflexões que delas brotam nos levam a encontrar a resposta à pergunta “Por que a união entre as casas espíritas é necessária?“: podemos deduzir que, além do exercício da fraternidade que a união enseja, que é o seu efeito mais importante, ela – a união – propiciará as condições materiais, isto é, os recursos financeiros para investirmos na divulgação do Espiritismo ao grande público não-espírita, contribuindo, então, para a formação de uma nova sociedade. Daí a importância da união.
Uma importante observação:
Para que nós espíritas não nos coloquemos como os únicos artífices do embasamento de uma futura sociedade justa e mais espiritualizada, transcrevo lúcida opinião do confrade Cezar Braga Said (Revista Reformador/novembro/06, Editora FEB, pág. 18). Em seu comentário, que abaixo transcrevo, o citado articulista tem como foco nossa mudança interior, que é o primeiro e fundamental passo para a formação de uma nova sociedade, haja vista que não há como chegarmos a uma sociedade onde todos convivam em paz, se esta – a paz – não reinar em nosso interior.
Diz Cezar Said: “Admitir o Espiritismo como caminho único para conquista da paz interior é assumir uma postura nitidamente fundamentalista e contrária à opinião dos Espíritos Superiores”. Nosso companheiro Cezar Said expõe em seu artigo a fonte que avaliza seu comentário, Allan Kardec, conforme afirmação do insigne Codificador na nota à questão 982 d’O Livro dos Espíritos: “(...) O Espiritismo ensina o homem a suportar as provas com paciência e resignação, afasta-o dos atos que possam retardar-lhe a felicidade, mas ninguém diz que, sem ele, não possa ela ser conseguida”.
Portanto, para que cada vez mais tenhamos consciência de que, além do Espiritismo, outras religiões e filosofias irão formar pares para atingirmos a almejada chegada do Mundo de Regeneração, trabalhemos a união entre nós espíritas... com humildade.
O QUE RETARDA A UNIÃO?
O que ainda retarda o avanço desse processo de União - que felizmente começou - são duas essenciais atitudes ainda vigentes em expressiva parcela de nossas casas espíritas: o personalismo e o dogmatismo.
No livro Unidos Pelo Amor, Editora Dufaux, psicografia de Wanderley Soares de Oliveira, o eminente irmão maior Bezerra de Menezes no alerta e nos orienta: “Criatividade e desapego são credencias de luz ante as lufadas do dogmatismo e do personalismo”. De forma clara e inequívoca, o benfeitor Bezerra de Menezes diz que se formos criativos e desapegados, a tendência natural será o fim do personalismo e do dogmatismo ainda reinante em nosso meio e que, repetindo e reforçando, tanto retarda nossa união.
UM MODELO A SER SEGUIDO
No ano de 2006, visitando uma das cidades do querido estado de Minas Gerais, deparei-me com um grupo de espíritas que conseguiu unir acima de 95% das casas e da liderança espírita daquela região (100% seria a perfeição!). Interessei-me em estudar o porquê daquela cidade ter conseguido este intento tão almejado por todos nós. E descobri uma feliz “coincidência”. Seus líderes exerceram o desapego e a criatividade, procedimentos estes citados por Bezerra de Menezes como os instrumentos para abolir o personalismo e o dogmatismo.
Friso que na cidade a que me refiro, não só a união entre os espíritas se faz presente, mas também o ecumenismo. Sobre o ecumenismo, ocorre até de oradores espíritas serem convidados por líderes de outras religiões a proferirem palestras em suas comunidades. Religiosos estes adeptos de religiões que, em muitas outras cidades, seus líderes são fortes e agressivos combatentes do Espiritismo.
Perdoe-me, caro leitor, em não lhe satisfazer sua natural curiosidade: “que cidade é esta?”. Creio que mais importante do que citar o nome da cidade, é passar as lições a serem aprendidas por todos nós. Mas para efeito de facilitar a leitura deste texto, irei batizá- la de cidade visitada.
DESAPEGO E CRIATIVIDADE, EIS OS INSTRUMENTOS DA UNIÃO E DO ECUMENISMO.
Aprendamos como a união ocorreu na cidade visitada: seus líderes espíritas observaram que cada Centro Espírita tinha diversas atividades, no entanto cada um deles se destacava principalmente em uma dessas atividades. Explicando melhor, o Centro Espírita “A” ofertava Evangelização Infantil, Campanha do Quilo, Atendimento aos Idosos, etc., mas a eficácia e os bons resultados estavam mais presentes na Evangelização Infantil; por outro lado o Centro Espírita “B” oferecia todas as atividades citadas, mas a eficácia e os bons resultados estavam mais presentes na Campanha do Quilo. E assim sucessivamente.
Em face da realidade descrita, o que fizeram os líderes espíritas da cidade visitada? Eles chegaram a um acordo, que relato a seguir. Quando o Centro Espírita “B”, que melhor trabalha a Campanha do Quilo, fosse angariar alimentos para esta atividade, todos os demais Centros Espíritas se uniriam para cooperar com o Centro Espírita “B”; quando o Centro Espírita “A”, que melhor trabalha a Evangelização Infantil, ofertasse essa atividade, todos os demais Centros Espíritas se uniriam para levar as crianças ao Centro Espírita “A”.
Caro leitor, pergunto-lhe: que nome melhor define este procedimento dos Centros Espíritas? Pense um pouco e chegará a conclusão que a palavra certa é desapego.
Em vez dos diversos Centros Espíritas ofertarem “tudo” à comunidade, exerceram a criatividade e o desapego. Passaram várias atividades para os outros Centros Espíritas, e ficaram apenas com aquela atividade em que fossem os melhores. Simples, não? Simples, sim, mas muito difícil de praticar, se não exercermos o desapego.
Caro leitor, aparentemente saindo do nosso tema, você sabia que, o motor de um carro Ford (por exemplo) tem componentes de mais de 100 fornecedores diferentes? Mas, por que esta atitude da Ford? Bem, se a Ford quisesse construir um motor com componentes fabricados por ela mesma, certamente o motor não teria a imprescindível alta qualidade, pois é impossível ser especialista em tudo.
O que faz então a Ford? Ela adquire o carburador da empresa que melhor o fabrica; as velas da empresa que melhor o fabrica; os pistões da empresa que melhor os fabricam, etc., etc., e através da união harmônica de diversos especialistas, chega a expressivo resultado final.
Percebeu, caro leitor, que em relação à união das Casas Espíritas, o exemplo acima da Ford (ou de qualquer outra empresa) foi o procedimento que a cidade visitada adotou em relação à união espírita? Por que não adotarmos esta estratégia? Isto é:
a) Por que não nos desapegarmos de tantas atividades que ofertamos?
b) Por que não nos reunirmos inicialmente com dois ou três líderes espíritas de nossa região e propormos a estratégia adotada pela cidade visitada?
Atenção: Não nos iludamos. Não pensemos que num primeiro momento seja possível adotar esta estratégia entre todos os Centros Espíritas de nossa região. Se conversarmos fraternalmente com dez Centros Espíritas de nossa região divulgando a proposta, e apenas três aderirem ao projeto, ótimo. O importante é começar. As adesões de outros Centros Espíritas tenderão a vir com o tempo.
UNIÃO NO MEIO ESPÍRITA É “CONSEQÜÊNCIA”
Propagar que nós espíritas “precisamos nos unir” é a forma mais inadequada de conseguirmos efetivamente a união. E, infelizmente isto é o que mais fazemos.
Ao contrário do que pode parecer, deixo claro que não podemos ser contrários aos discursos que propagam a importância da união, pois tudo começa no discurso. Tanto é que nosso amado Bezerra de Menezes tem nos brindado com belíssimos e diversos discursos sobre este tema. Certamente o discurso é o importante primeiro passo na concretização da união. Quando no parágrafo anterior afirmei que a forma mais inadequada de conseguirmos efetivamente a união é propagar que nós espíritas “precisamos nos unir”, quis dizer que este tipo de discurso perde o sentido quando chega aquele momento em que efetivamente nos dispomos a sair da idealização, a sairmos do “sonho”, isto é, quando chega aquele momento em que realmente queremos “fazer acontecer” a união. Quando este sagrado momento chegar, é preciso que mudemos nosso discurso, conforme a sugestão a seguir:
De: Precisamos vivenciar a união no meio espírita.
Para: Precisamos praticar duas principais atitudes em relação à nossa convivência com as outras casas espíritas:
a) exercitar a tolerância entre a liderança;
b) termos projetos comuns.
Se formos tolerantes no nosso meio espírita e tivermos projetos comuns, a tão almejada união será simples e natural conseqüência! Portanto, a receita é:
a) Exercer a tolerância entre a liderança espírita;
b) Termos projetos comuns entre diferentes casas espíritas;
Através do exercício da criatividade e do desapego, a cidade visitada é exemplo de prática e vivência dos dois itens logo acima. E com isto conseguiu a união entre as casas espíritas!
Atenção: Comentei sobre um modelo de união espírita que deu certo, isto não quer dizer que este seja único. Certamente há muitas outras formas de conseguirmos a união no meio espírita, mas, qualquer que seja o modelo que adotemos, uma qualidade sempre será necessária: o exercício da tolerância!
ADENDO:
O foco de todo o texto acima foi “como conseguirmos a união das casas espíritas”, mas não podemos deixar de comentar como a cidade visitada também conseguiu implantar o Ecumenismo. Isto é, como as diversas religiões daquela cidade passaram a conviver de forma harmônica.
Se a criatividade e o desapego foram fundamentais para acontecer a união entre os espíritas da citada em referência, a criatividade foi essencial para a vivência do ecumenismo. Relato a seguir como tal intento concretizou-se:
Tornou-se tradição na cidade visitada um evento ecumênico anual patrocinado pelo movimento espírita. Os líderes de diversas religiões, e toda a comunidade, são convidados a participarem desse evento, onde há deliciosos chás e biscoitos. Como, além do objetivo ecumênico, este evento visa arrecadar recursos para obras assistenciais, cada participante contribui com determinado valor monetário. Além dos chás e biscoitos são apresentados conjuntos musicais espíritas que, não só energizam favoravelmente o ambiente, como também mostram aos não-espíritas que as músicas espíritas têm muita sintonia com os preceitos das demais religiões, falam sobre Jesus, e não sobre galinha preta; falam sobre amor, e não sobre como “amarrar” o inimigo para conseguir objetivos escusos...
Mas vejo que um dos pontos altos do evento, é uma palestra proferida por um orador espírita convidado. Esta palestra trata de temas pertinentes com o desenvolvimento espiritual, no entanto, em respeito aos líderes e aos adeptos de outras religiões presentes no evento, nada se comenta sobre o Espiritismo. Nesta palestra os integrantes das demais religiões sabem que o orador é espírita. Na apresentação do orador é mencionado o fato dele ser espírita.
Durante o transcorrer da palestra, os ouvintes não-espíritas percebem que ele profere nomes e termos que também estão presentes em sua igreja ou instituição religiosa, como “Jesus”, “Deus”, “amor”, “afetividade”, e outros. Com esta forma do orador desenvolver o tema da palestra, acaba o estigma de que Espiritismo é coisa de demônio ou tem a ver com galinha preta na esquina. Vencido este preconceito, o Ecumenismo tende a passar a ser realidade, que foi o que ocorreu na cidade visitada.
Com este evento anual a cidade visitada conseguiu mostrar à comunidade não-espírita a singeleza, o espírito fraterno, as bases sólidas e a racionalidade do Espiritismo. E conforme Kardec explica logo a seguir, a melhor forma de eliminar os críticos do Espiritismo é através de sua divulgação: “Uma publicidade, numa larga escala, feita nos jornais mais divulgados, levaria ao mundo inteiro, e até aos lugares mais recuados, o conhecimento das idéias espíritas, faria nascer o desejo de aprofundá-los, e, multiplicando os adeptos, imporia silêncio aos detratores que logo deveriam ceder diante do ascendente da opinião” - (Obras Póstumas, Projeto 1868)”. No caso, por meio do seu evento anual os líderes espíritas da cidade visitada divulgam o Espiritismo de forma discreta e eficaz, e com isto ao mesmo tempo em que estimulam o desaparecimento dos seus detratores, incentivam a pratica do ecumenismo.
Finalizando, um outro fator que facilitou que pessoas de outras religiões aceitassem o Espiritismo na cidade visitada, foi a forma que muitas dessas pessoas não-espíritas começaram a raciocinar depois que passaram a conviver com os espíritas. Diziam: “se fulano(a) é uma pessoa boa, honesta e é espírita...se ciclano(a) é honesto e uma boa pessoa e é espírita.... se beltrano(a) é gente boa e é espírita....esse negócio não pode ser coisa ruim”. Este proceder atesta o que Kardec asseverou no livro Obras Póstumas, quando informounos que a conduta dos espíritas é que chamaria a atenção das pessoas. Conclusão: se formos exemplos de conduta, com mais facilidade o ecumenismo passará a ser realidade.
Alguns espíritas sentem uma verdadeira ojeriza quando alguém coloca o estilo de liderança empresarial, como modelo à liderança espírita. Sentem-se, esses irmãos espíritas, indignados por justapor a uma entidade religiosa, técnicas empresariais que visam, sobretudo, o lucro financeiro. Essa visão tem razão de ser. Ou melhor, essa visão teve razão de ser. Durante muito tempo a liderança empresarial foi calcada no respeito imposto, e não no respeito conquistado. Durante muito tempo o líder empresarial via cada funcionário como uma máquina útil à finalidade da empresa, e não como um ser humano merecedor de consideração. Durante muito tempo o líder não era líder. Era gerente, era chefe. Ele não liderava, ele mandava. Foram os tempos onde as idéias administrativas e gerencias de Frederick Taylor imperavam.
Hoje tudo mudou. Ou melhor, hoje tudo está mudando numa velocidade impressionante.
Hoje os líderes empresariais descobriram que a única forma de manter a empresa viva e em crescimento, é valorizar o trabalho em equipe. E para valorizar o trabalho em equipe é preciso, por conseqüência, valorizar os integrantes da equipe, que são seres humanos, e não máquinas. A visão de liderança sofreu uma mudança de 180 graus.
Era, no passado, sensatez do líder espírita sentir verdadeira ojeriza por alguém falar em adotar no seu Centro Espírita, modelo de liderança empresarial. Pensava sabiamente o líder espírita de ontem: “e o respeito ao ser humano como fica?” Se, no recente passado, a citada prevenção do líder espírita, era sinal de sensatez, hoje essa prevenção, ou preconceito, não é mais sinal de sensatez. Mas sim, de desconhecimento. Desconhecimento dos procedimentos da atual liderança empresarial. Pois, de forma tênue, mas gradativa e firme, os princípios do nosso Mestre Jesus estão começando a ser aplicados em muitas empresas. Não duvide. É fato o que estou dizendo. Dentro de alguns anos muitos irão enxergar que as “modernas” técnicas de liderança nada mais são do que corolários dos princípios preconizados por Jesus. Vejamos um exemplo:
Os pesquisadores e autores norte-americanos Kouzes e Posner, conforme relatado em seu livro O Desafio da Liderança, chegaram, depois de intensa e séria pesquisa, aos cinco procedimentos do líder eficaz, a saber:
1) DESAFIAR O ESTABELECIDO;
2) INSPIRAR UMA VISÃO COMPARTILHADA;
3) PERMITIR QUE OS OUTROS AJAM;
4) APONTAR O CAMINHO;
5) ENCORAJAR O CORAÇÃO.
Raciocine comigo: será que esses procedimentos, descobertos não por religiosos, mas sim por pesquisadores empresariais, não tem relação direta com o estilo de liderança do nosso Mestre Jesus? Vejamos a correlação que há entre cada um dos procedimentos acima e a visão de liderança do nosso Mestre:
1) DESAFIAR O ESTABELECIDO
Se há um ser que tenha, de forma plena desafiado o estabelecido, este ser foi Jesus.
2) INSPIRAR UMA VISÃO COMPARTILHADA
Durante toda sua vida terrena Jesus conviveu de forma intensa com seus doze discípulos (sua equipe), para que todos adquirissem uma visão única do que é viver em plenitude. Jesus, em suas reuniões, tinha sempre o objetivo de inspirar uma visão compartilhada. E sua sede pela visão compartilhada ia muito além de estendê-la somente à sua equipe (seus discípulos). Sua idéia de visão compartilhada era universal, isto é, Seu objetivo era e é que toda a humanidade compartilhe com Ele sua visão de mundo.
3) PERMITIR QUE OS OUTROS AJAM
Durante toda sua vida terrena Jesus preparou sua equipe. Jesus preparou os seus discípulos para que? Para que agissem.
Jesus sabia que para que suas palavras e ações encontrassem eco, era necessário – e imprescindível - permitir que outros agissem. O objetivo de Jesus sempre foi descentralizar o Seu trabalho, tendo cada vez mais adeptos que agissem de acordo com o espírito humanitário que pregava e exemplificava.
4) APONTAR O CAMINHO
Quando Jesus disse ser necessário “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, ele soube apontar o caminho, e de forma magistral.
5) ENCORAJAR O CORAÇÃO.
Jesus, em sua passagem terrena, amou a todos, em todos os instantes.
Jesus pregou e viveu o amor em sua plenitude. Jesus, como ninguém, soube encorajar o coração de quem O seguia.
Bem, agora, vamos nos conscientizar de uma vez por todas, se antes era sinal de sensatez ter preconceito na utilização, dentro do Centro Espírita, dos procedimentos da liderança empresarial, hoje, já não é mais sinal de sensatez, mas sim, de desconhecimento (ou de teimosia!). A diferença básica entre o líder empresarial e o líder espírita, é que aquele visa o lucro financeiro, e este – o líder espírita – visa o lucro do dever cumprido em relação aos objetivos do Espiritismo. Portanto, leiamos, além dos livros espíritas, os bons livros não-espíritas sobre liderança. Iremos muito aprender.
Encerro este com uma dica fundamental para o exercício eficaz da liderança espírita: aplique no meio espírita as cinco atitudes expostas neste texto e se surpreenderá pelos efetivos resultados.
Currículo do autor:
Alkindar de Oliveira, Palestrante, Escritor e Consultor de Empresas radicado em São Paulo-SP, profere palestras e ministra treinamentos comportamentais em todo o Brasil.
Juntamente com sua equipe de consultores, tem seu foco de atuação em diversas áreas de treinamento, como VISÃO SISTÊMICA, CULTURA DO DIÁLOGO, ORATÓRIA, LIDERANÇA, COACHING, RELACIONAMENTO, MOTIVAÇÃO, COMUNICAÇÃO ESCRITA, COMUNICAÇÃO VERBAL, CRIATIVIDADE, HUMANIZAÇÃO DO AMBIENTE EMPRESARIAL, VENDAS, FINANÇAS, EFICAZ COMUNICAÇÃO INTERNA, NEGOCIAÇÃO, PRODUÇÃO/CHÃO DE FÁBRICA, ETC.
Suas teses e artigos estão expostos em renomados veículos de comunicação, como: as revistas Você S/A e Bons Fluidos, da Editora Abril; revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, Editora Globo; revista "Venda Mais", Editora Quantum; e os jornais Valor Econômico, O Estado de São Paulo e Jornal do Brasil, etc.
É autor dos seguintes livros:
- O PODER DO DIÁLOGO, Editora Planeta/Academia
- DESENVOLVIMENTO ESPÍRITA, Editora Truffa
- APRIMORAMENTO ESPÍRITA, Editora Truffa
- DIALOGANDO, Editora Leon Denis (co-autoria com Cezar Braga Said)
- LIDERANÇA SAUDÁVEL, Editora Planeta
- O ESPÍRITA DO SÉCULO XXI, Editora EBM
- TORNE POSSÍVEL O IMPOSSÍVEL, Editora Butterfly
- VIVER BEM É SIMPLES, NÓS É QUE COMPLICAMOS, Editora Didier
- ESPIRITUALIDADE NA EMPRESA, Editora Butterfly